28/10/2008
- A Câmara Ambiental do Comércio de
Derivados de Petróleo está elaborando
um programa de treinamento para profissionais do
setor e de empresas de consultoria, com a finalidade
de capacitá-los no gerenciamento de ações
corretivas em áreas contaminadas por vazamentos
de combustíveis, com base na avaliação
de risco à saúde. O plano de capacitação
foi definido nos dias 23 e 24 de outubro, no Novotel
Jaraguá São Paulo Conventions, em
São Paulo, em seminário organizado
pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras
de Combustíveis e de Lubrificantes - SINDICOM,
em parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental - CETESB.
O treinamento, intitulado Programa
de Implementação do ACBR (PIA), terá
como base o documento Ações Corretivas
Baseadas em Risco Aplicadas a Áreas Contaminadas
com Hidrocarbonetos Derivados de Petróleo
e Outros Combustíveis Líquidos – Procedimentos,
desenvolvido pela Câmara Ambiental do Comércio
de Derivados de Petróleo e aprovado pela
CETESB em 2006 e nos procedimentos para gerenciamento
de áreas contaminadas aprovados pela CETESB
em junho de 2007.
Para a estruturação
do programa de treinamento estiveram reunidos representantes
da CETESB, companhias distribuidoras de combustíveis
e empresas de consultoria, além de consultores
da Shell Global Solutions que participaram do programa
de capacitação desenvolvido pela USEPA,
agência de proteção ambiental
do governo dos Estados Unidos. Rodrigo Cunha, gerente
do Departamento de Desenvolvimento Institucional
Estratégico da CETESB, que fez a apresentação
dos procedimentos atuais que a agência ambiental
paulista vem adotando no gerenciamento de ações
de remediação de áreas contaminadas,
está otimista quanto à implementação
do programa de capacitação.
“Por meio do programa de capacitação
estamos oferecendo os esclarecimentos necessários
à aplicação dos procedimentos
adotados pela CETESB, o que provavelmente resultará
em uma maior eficiência das medidas de intervenção
nas áreas contaminadas por combustíveis,
a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos após
a adoção do PIRI (Partnership in RBCA
Implementation) pela EPA”, disse Cunha. O programa
de gerenciamento aplicado pela EPA foi apresentado
por Curtis Stanley, especialmente convidado para
o encontro.
A Câmara Ambiental do Comércio
de Derivados de Petróleo está em atividade
desde 1996 e, como as demais 13 câmaras ambientais,
possui caráter consultivo, tendo como meta
promover a melhoria da qualidade ambiental por meio
da interação permanente entre o poder
público e os setores produtivos e de infra-estrutura
do Estado, no caso as entidades representativas
das empresas responsáveis pelo comércio
de combustíveis e lubrificantes no Estado.
Texto: Renato Alonso