6 de Novembro
de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Especialistas
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen)
e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), além
de técnicos das áreas de saúde,
radiação, mineração
e energia nuclear, estarão presentes em Caetité
(BA), amanhã (7), na audiência pública
convocada pelo Ministério Público.
Na ocasião, segundo a Industrias
Nucleares do Brasil (INB), os técnicos demonstrarão
que são falsas as denúncias do Greenpeace
sobre a contaminação por radiação
da água no município baiano onde estão
localizadas jazidas de urânio da INB.
Ainda de acordo com a INB, os
técnicos demonstrarão os “os graves
erros” contidos no relatório do Greenpeace,
que acusou a INB de contaminar a água em
Caetité.
“As análises das águas
de poços situados na região, feitas
pelo Instituto de Gestão das Águas
e do Clima – INGA (entidade do governo do estado
da Bahia), comprovaram não haver nenhuma
contaminação nos pontos onde o Greenpeace
afirmou ter encontrado elevada concentração
de urânio”, diz, em nota, a INB.
Segundo as informações
divulgadas, em um único poço - cujas
águas não foram analisadas pela ONG
e que fica a cerca de 10 km da mina - o Inga detectou
teores ligeiramente mais elevados de urânio.
Esses teores, no entanto, como
a Agência Brasil havia informado ontem (5),
são 10 vezes inferiores aos limites estabelecidos
pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
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Empresa contesta que poços
de Caetité estejam contaminados por urânio
5 de Novembro de 2008 - Nielmar
de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - A Indústrias Nucleares
do Brasil (INB) divulgou hoje (5) nota em que se
defende das acusações da organização
não-governamental Greenpeace de que a água
das redondezas de Caetité (BA) estaria contaminada
por urânio, devido a excesso do mineral em
poços da empresa.
Segundo a INB, análises
realizadas pelo Instituto de Gestão das Águas
e Clima (Inga) comprovou que a presença de
urânio nos poços da área de
mineração da estatal está restrita
a um único poço, localizado a 10 quilômetros
da mineração e tem índices
10 vezes inferiores ao limite máximo permitido.
A empresa garantiu que a dose
do urânio detectada – de 0,03 milisievert
- é 10 vezes inferior ao limite estabelecido
para a atividade de mineração pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear, que
é de 0,3 milisievert.
Na nota, a INB sustenta que ainda
não foi possível avaliar o causador
da contaminação na região de
Caetité e que os resultados preliminares
não indicam se a contaminação
encontrada foi provocada pela atividade de mineração
ou se é natural, devido à presença
do urânio no solo da região. “A radioatividade
presente na água pode vir de contaminação
natural pela situação geológica
do local”, registra o Inga, em seu relatório.
A INB disse, ainda, que as análises
demonstraram não haver nenhuma concentração
maior do mineral em outros poços. “Portanto,
as águas não representam nenhum risco
à saúde da população,
pois, segundo especialistas, é normal que
numa região uranífera, o teor do mineral
seja mais elevado em alguns pontos que em outras”.
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Fiscais do Ibama e do ICMBio paralisam
atividades
5 de Novembro de 2008 - Da Agência
Brasil - Brasília - Fiscais do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes
(ICMBio) de todo o país paralisaram hoje
(5) as atividades para protestar em favor da reestruturação
do plano de carreira e da criação
do cargo de Fiscal Ambiental Federal. A intenção
da categoira é que a nova atividade conte
com pelo menos 3 mil funcionários. Os fiscais
também reinvidicam a criação
de uma universidade corporativa para realizar cursos
de capacitação.
A paralisação foi
promovida pela Associação Nacional
dos Fiscais Federais do Meio Ambiente (Anffema).
Segundo o presidente da associação,
Geraldo Magela de Figueiredo, a carreira de especialista
em meio ambiente do Ibama e do ICMBio possui cinco
cargos com diferentes atribuições
- auxiliar administrativo, técnico administrativo,
técnico ambiental, analista administrativo
e analista ambiental. No entanto, não há
um cargo específico para atender a atividade
de fiscalização.
Segundo ele, os servidores reinvidicam
a criação da atividade de fiscal ambiental
federal há sete anos. “Nós atuamos
numa atividade exclusiva de Estado e vemos com muita
fragilidade essa questão de sermos nomeados
por portarias ou por um dirigente da instituição”,
afirmou Figueiredo.
A Anffema tenta agendar um encontro
com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para
tratar das reinvidicações. Para Figueiredo,
essa conversa é essencial, pois pode fortalecer
as negociações sobre a regularização
da atividade de fiscal.
“O ministro Minc tem falado na
mídia sobre a criação de 3
mil cargos no Ibama e no Instituto Chico Mendes,
inclusive para atender a atividade de fiscalização”,
disse.
O Ministério do Meio Ambiente
e o Ibama ainda não tem posição
sobre a possível criação do
cargo de fiscal ambiental federal. A assessoria
do ministério informou que ainda não
há data para que o encontro como ministro
seja realizado e adiantou que Minc não estará
em Brasília nos próximos dias.
A diretoria do Ibama informou
que a questão está sendo analisada
em conjunto com os Ministérios do Meio Ambiente
e do Planejamento.