Panorama
 
 
 

ESPECIALISTAS DE QUATRO PAÍSES DISCUTEM A GESTÃO COMPARTILHADA DO AQÜÍFERO GUARANI

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

05/11/2008 - Técnicos brasileiros, argentinos, paraguaios e uruguaios discutem, em Ribeirão Preto, a gestão sustentável da maior reserva de água subterrânea da América Latina - Representantes dos quatro países da área de abrangência do Aqüífero Guarani, que constitui a maior reserva de água subterrânea da América do Sul, abriram em (4/11), em Ribeirão Preto, SP, um encontro técnico para discutir a gestão sustentável do manancial. Trata-se do II Congresso Aqüífero Guarani, que se estende até a sexta-feira (7/11), com um extenso programa de palestras e debates.

O objetivo do encontro entre especialistas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, por onde se estendem os 1,2 milhão de km2 da reserva, é a discussão sobre os estudos e pesquisas desenvolvidos no âmbito do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, que envolve os quatro países, sob a coordenação de uma secretaria geral patrocinada pela Organização dos Estados Americanos – OEA.

O projeto, que conta com apoio financeiro do Banco Mundial, busca a ampliação do conhecimento hidrogeológico sobre o sistema, visando o ganho de eficiência no gerenciamente e preservação do aqüífero. Iniciado em 2001, a ação intergovernamental já logrou a implantação de uma rede de monitoramento e de um sistema de informações, além de promover a capacitação de técnicos, divulgação do conhecimento e educação ambiental das comunidades localizadas na área de abrangência do aqüífero.

Na abertura do evento, o secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, ressaltou a importância do projeto que propiciou avanços no diagnóstico e conhecimentos sobre as reservas de água. “Precisamos desenvolver medidas efetivas de proteção do aqüífero. Temos no Estado de São Paulo 1,6 milhão de hectares de áreas de afloramento do Guarani e, por esse motivo, precisamos elaborar normas para o licenciamento de atividades em função desse recurso hídrico“, disse.

O secretário lembrou, ainda, que a preocupação com a questão dos recursos hídricos levou o Governo do Estado, no início da atual gestão, a transferir a atribuição da outorga do uso da água para o sistema ambiental, definindo uma política de sustentabilidade na exploração dos recursos hídricos. Nesse quadro institucional, a Secretaria do Meio Ambiente já implementou o sistema de cobrança pelo uso da água nas bacias dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí e do Rio Paraíba do Sul, complementando a cobrança federal. “A próxima bacia onde será implementada a cobrança será a do Sorocaba-Médio Tietê“, lembrou.

Dirigindo-se aos congressistas, Graziano salientou que é necessário ampliar os conhecimentos sobre o Aqüífero Guarani e envolver a população nas ações de proteção. Com esse objetivo, segundo Graziano, a Secretaria do Meio Ambiente lançou uma cartilha sobre águas subterrâneas elaborada por técnicas do Instituto Geológico, em linguagem para leigos.

O congresso

O II Congresso Aqüífero Guarani está sendo realizado pelo Instituto Geológico, órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em parceria com a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Sociedade Regional de Defesa do Meio Ambiente – SODERMA, com o apoio da Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente Urbano, no Ministério do Meio Ambiente.

Nesta quarta-feira (5/11), estão previstos uma visita técnica aos locais de afloramento e poços no Aqüífero Guarani e um painel técnico sobre “Experiências de Gestão de Aqüíferos Transfronteiricos“, com a participação de especialistas brasileiros, argentinos, paraguaios e uruguaios, além de uma palestra de Abdel Kader Dodô, da Tunísia, que vai abordar a questão das reservas subterrâneas na região do Saara, que abrangem vários países.

Na quinta-feira (6/11), estão previstos debates sobre “Modelo conceitual, funcionamento e potencialidades do Aqüífero Guarani“ e “Participação indígena na proteção do Aqüífero Guarani“. Na sexta-feira, a programacão prevê atividades sobre “Plano de ações estratégicas para a gestão do Aqüífero Guarani“ e “Plano de ação estratégica para a gestão do Aqüífero Guarani – Ribeirão Preto“, além da elaboração de uma “Carta de Ribeirão Preto“ e as Recomendações do Congresso.
Texto: Newton Miura Fotografia: José Jorge

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Pesquisa do Projeto Cenários 2020 está disponibilizada

06/11/2008 - Você já questionou como será o cenário ambiental de São Paulo em 2020? Municípios vão dispor seus resíduos em aterros sanitários adequados? Nossos rios e praias estarão despoluídos? Essas perguntas fazem parte da pesquisa online, www.cenarios2020.sp.gov.br, do projeto Cenário Ambientais 2020, que já está disponível para respostas. O objetivo do projeto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA é fazer a prospecção do cenário ambiental futuro do Estado e elaborar propostas de políticas públicas de médio e longo prazo a partir dele. O acesso do site é livre e qualquer representante da sociedade pode responder as 28 questões e contribuir com o projeto.

O Projeto Cenários Ambientais 2020 apresenta uma fase de diagnóstico ambiental do Estado, outra de construção de cenários ambientais e uma terceira de elaboração de propostas de políticas públicas. “Os cenários ambientais serão um instrumento de planejamento ambiental do Estado para antecipar e focar as ações da SMA”, afirma Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e do projeto.

Os internautas respondem a pesquisa de acordo com o cenário apresentado que acreditam ser o mais provável. Uma das perguntas, por exemplo, é qual a probabilidade de que o consumo de energia elétrica, em média, por residência, seja reduzido em pelo menos 20%? A pessoa indica essa probabilidade numa escala de 0 a 100%, além da importância desse evento numa escala de 1 a 9, sendo 9 o nível mais importante.

O processamento dos dados da consulta, incluindo a ponderação do grau de especialidade de cada pessoa que responder, permitirá a elaboração dos cenários: o mais provável ou de referência e o ideal. Por meio de dispositivos informatizados será possível fazer o recorte destes cenários por Bacia Hidrográfica, renda, ou outros critérios estabelecidos.

A pesquisa ficará disponível até o dia 23 de novembro de 2008. “Após o período de três semanas de disponibilidade da pesquisa, todas as respostas serão processadas e os cenários mais prováveis serão ranqueados. A partir dos primeiros faremos uma análise qualitativa.”, explica Casemiro Tércio Carvalho. Será realizada uma segunda rodada da pesquisa, a partir das médias de respostas dadas anteriormente. O participante será questionado se mantém a primeira resposta. “É uma maneira de calibrar e obter melhores respostas”, afirma.

Ouça a entrevista com Casemiro Tércio Carvalho sobre a pesquisa Cenários Ambientais 2020 no link:
http://www.ambiente.sp.gov.br/audio/entrevistatercio.zip
Texto: Ludmilla Fregonesi Fotografia: José Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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