Manaus
(06/11/2008) – No próximo domingo (09) está
programada a soltura de uma fêmea de Gavião-Real
(Harpia harpyja) no município de Barreirinha/AM.
A soltura consiste em mais um capítulo de
uma história que começou em dezembro
de 2007. Mas a história não termina
por aqui, o próximo capítulo será
o monitoramento do animal, as atividades de educação
ambiental da população local e o concurso
nas escolas do município, para elegerem um
nome indígena para esta ave tão exuberante.
Tudo teve início quando
em dezembro de 2007 um morador da comunidade Granja
do Rio Andirá, em Barreirinha/AM, encontrou
o animal próximos a galhos secos de uma árvore
caída às margens do rio Andirá.
O comunitário resgatou o animal e o levou
para a Secretaria de Meio Ambiente de Barreirinha
que a levou para o Escritório do Ibama em
Parintins/AM.
O animal estava com graves lesões
nas garras o que impossibilitava a soltura imediata,
portanto foi encaminhado ao Centro de Triagem de
Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Manaus/AM
para tratamento. A equipe do Projeto Gavião-Real,
coordenado pela pesquisadora Tânia Sanaiotti
do INPA também foi contactada para acompanhar
e auxiliar nos cuidados com a ave.
O animal permaneceu durante seis
meses sob os cuidados e supervisão dos médicos
veterinários do Cetas/Ibama/AM que empenharam
muitos esforços para que fosse possível
a reabilitação do Gavião-Real.
As garras estavam severamente lesionadas com infecção
nos ossos e articulações. Como era
um animal jovem, conseguiram combater a infecção,
apesar do tempo decorrido.
Após esse período,
e tendo em vista o fim da infecção
óssea e sua boa recuperação,
a ave foi encaminhada ao Projeto Gavião-Real,
do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
- Inpa, que iniciou o processo de reabilitação
para devolver o animal ao seu local de origem, pois
a fêmea é jovem e ainda tem uma longa
vida reprodutiva para contribuir com sua espécie
na natureza. Ela foi mantida em um recinto isolado
no Inpa, em uma área que estimulava seu ambiente
natural.
Durante quatro meses seu comportamento
foi observado, especialmente aqueles relacionados
ao vôo e à sua capacidade de capturar
presas para alimentação. Na última
avaliação, os pesquisadores concluíram
que era chegada a hora da soltura, do novo vôo
para a liberdade.
O envolvimento de vários
atores, comunitários e institucionais, a
união de esforços, ações
em parcerias e muito trabalho possibilitaram que
esta seja uma história bem sucedida de reabilitação
animal e que deve ser comemorada, uma vez que experiências
como essas são raras no país, ainda
mais em se tratando de uma espécie ameaçada
de extinção.
Natália A de Souza Lima e Carlos Roberto
Abrahão
Ibama/AM
Fotos: Robson Esteves Czaban
+ Mais
Ibama realiza curso de identificação
de madeiras para fiscais no ES
Vitória (05/11/2008) Os
servidores da área técnica do Ibama
e órgão parceiros como a Polícia
Ambiental Militar e a Polícia Rodoviária
Federal, vão participar de um curso de identificação
de madeiras. As aulas serão ministradas pelos
professores José Tarcísio da Silva
Oliveira e Renata Mauri da Universidade Federal
do Espírito Santo-UFES.
Esta ação é
a primeira etapa para a intensificação
das fiscalizações de produtos florestais
que vão ser realizadas nas rodovias do Espírito
Santo a partir do ano que vem. O curso que começa
nesta quinta (6) e vai até o domingo (9),
busca a capacitação dos fiscais para
reconhecerem as principais essências florestais.
O curso terá duração
de 20 horas e tem como objetivos principais o conhecimento
básico de anatomia, a apresentação
da estrutura anatômica e o reconhecimento
através de observações macroscópicas
as principais madeiras comercializadas no Estado.
As aulas serão divididas em módulos
como a anatomia de coníferas, folhosas, definição
de anatomia, por exemplo.
O Ibama neste ano teve diversas
Operações específicas de Fauna,
Pesca, e Transporte de Produtos Perigosos. No ano
de 2009, a Instituição pretende ampliar
as áreas temáticas de abordagem, a
flora será um dos focos abordados. Desta
maneira, o Ibama não vai depender quase que
exclusivamente dos denúncias realizadas pela
Linha Verde.
Luciana Carvalho
Ascom/Ibama/ES