5 de Novembro
de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência
Brasil - Manaus - Termina hoje (5) o Fórum
Latino-Americano Amazônia - Sustentabilidade
& Imprensa, promovido pela Revista Imprensa,
que reúne na capital amazonense jornalistas
para discutir a importância da ação
dos meios de comunicação e das redações
jornalísticas na preservação
da floresta amazônica. O ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, deve participar do encerramento
do fórum.
Para o diretor da Revista Imprensa,
jornalista Sinval Leão, a Amazônia
se constitui atualmente uma pauta mundial, mas tem
sido tratada de forma pontual. Ele ressalta que
o objetivo do evento é avançar na
cobertura.
"A pauta Amazônia é
uma peça fundamental no jornalismo contemporâneo,
mas acaba sendo reduzida a uma pauta pontual na
medida em que é reduzida a situações
específicas e factuais e que talvez não
expliquem tudo o que o leitor, ouvinte ou telespectador
deveriam saber".
Para a comunicadora e radialista
Mara Régia di Perna, o encontro em Manaus
se constitui em um momento único, no qual
a própria região Amazônica é
a principal beneficiada. Mara Régia foi a
primeira a apresentar suas experiências com
coberturas amazônicas, na abertura do evento,
na segunda-feira (3).
"A partir desse colóquio,
poderemos ter uma dimensão maior das potencialidades
e oportunidades que a Amazônia nos dá
para exercer o jornalismo diário no rádio,
na mídia imprensa ou em qualquer outro veículo
de comunicação".
Na opinião do editor da
National Geographic Brasil, Mathew Shirts, o meio
ambiente ainda é uma pauta difícil
de “emplacar” porque nem sempre apresenta ao veículo
de comunicação o sucesso esperado
em termos de rentabilidade.
"Apesar das dificuldades encontradas, nossa
proposta é inspirar as pessoas a cuidarem
da natureza".
+ Mais
Pesquisadores discutem no Paraná
avanços em monitoramento de florestas
5 de Novembro de 2008 - Lúcia
Nórcio - Repórter da Agência
Brasil - Curitiba - Especialistas e pesquisadores
de vários países discutem até
sexta-feira (7), em Foz do Iguaçu (PR), os
avanços recentes em sistemas de observação
e monitoramento de florestas e as melhores experiências
desenvolvidas atualmente no mundo nessa área.
Os participantes do encontro,
que começou ontem (4), analisam formas de
trabalho do Global Earth Observation System of Systems,
com sede em Genebra, Suíça, que busca
fornecer informações detalhadas da
Terra. Esse sistema reúne instituições
de pesquisa interessadas em ampliar a capacidade
de monitoramento ambiental do planeta e congrega
71 países e a Comissão Européia.
O encontro em Foz do Iguaçu
é promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) e pelo Grupo de Observação
da Terra (GEO). Segundo a assessoria de imprensa
do Inpe, nenhum país possui um sistema qualificado
de monitoramento como o do Brasil, que é
reconhecido internacionalmente. Baseado em imagens
de satélites, o sistema brasileiro monitorara
o desmatamento na Amazônia.
O chamado TerraAmazon é
utilizado no cálculo anual do desflorestamento
feito pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento
na Amazônia Legal (Prodes). O programa, que
existe há 20 anos, cobre os quatro milhões
de quilômetros quadrados de áreas florestais
com freqüência anual. Seu resultado mostra
a taxa média e a estimativa da extensão
do desflorestamento da Amazônia brasileira
e tem orientado a formulação de políticas
públicas para a região.
Outro projeto de iniciativa brasileira
de cooperação internacional na área
de observação da Terra envolve a oferta
gratuita de imagens de satélite para a África.
Recentemente, o Inpe ofereceu imagens do satélite
sino-brasileiro (em parceria com a China) para todo
o continente africano. A distribuição
das imagens contribui para que governos e organizações
monitorem desastres naturais, desmatamento, ameaças
à produção agrícola
e riscos à saúde pública.