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JUSTIÇA FEDERAL PAULISTA APROVA ACORDO DO MPF QUE PREVÊ REDUÇÃO DE ENXOFRE DO DIESEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

5 de Novembro de 2008 - Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O juiz federal José Carlos Motta, da 19ª Vara Federal Cível de São Paulo, aprovou e homologou o acordo feito entre o Ministério Público Federal (MPF) e várias empresas fabricantes de veículos. O acordo estabelece ações de compensação em função do não-cumprimento da Resolução 315/02 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que previa a utilização do diesel S-50 – que reduz em 90% a poluição emitida pelos veículos – a partir de janeiro de 2009.

Segundo o Ministério Público Federal, com a homologação, o acordo já está valendo e terá que ser cumprido conforme os prazos estabelecidos no documento.

Pelo acordo, a comercialização de um diesel menos poluente e com menor quantidade de enxofre só será possível em 2012. A partir desse ano, já será produzido o diesel S-10 (ainda menos poluente que o S-50). A previsão inicial é de que ele só fosse entrar em vigor em 2016. Também está prevista a retirada do diesel S-2000, o mais poluente disponível no país com 2000 partes de enxofre por milhão, até 2014.

A resolução também determina que o governo terá que estudar mecanismos para renovar a frota de veículos e para melhorar e ampliar a inspeção veicular.

O acordo foi assinado no último dia 30 entre o MPF, o governo de São Paulo, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Petrobras, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 17 fabricantes de veículos e motores.

Hoje (5), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que houve “omissão” por parte do governo e da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em relação ao cumprimento da Resolução 315/02 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

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Brasil precisa aprimorar transporte para melhorar qualidade do ar, diz coordenador da OMS

5 de Novembro de 2008 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O Brasil está caminhando em uma direção muito definida, mas o grande desafio é reduzir os índices de poluição do ar, melhorando o sistema de transporte nas grandes metrópoles, compatíveis com uma qualidade do ar muito boa, afirmou o médico e coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Carlos Dora, um dos participantes do Seminário Internacional Políticas Públicas e Padrões de Qualidade do Ar na Macrometrópole Paulista, hoje (5), em São Paulo.

Segundo ele, um ótimo exemplo a ser seguido é a cidade de Bogotá, na Colômbia, onde foram feitas intervenções urbanas e implantado um transporte de superfície eficaz, que usa ônibus de alta capacidade circulando em corredores exclusivos. Além disso, foram feitas pistas para as bicicletas e espaços melhores para os pedestres. “Isso oportuniza que as pessoas ocupem o espaço urbano e que vivam com qualidade de vida melhor. Não só melhora a saúde no sentido de diminuir a poluição do ar, como diminui o ruído e os acidentes de trânsito, já que o transporte público causa muito menos danos do que o individual”.

Dora ressaltou que o Brasil tem condições de implantar projetos semelhantes ao da Colômbia e que isso só depende vontade política e visão e não somente de recursos financeiros, porque o investimento que se faz em um projeto dessa envergadura é muito menor do que os gastos da saúde pública para os tratamentos das doenças causadas pela poluição. “O que falta aqui é um pouco de pesquisa e documentação, examinar os cenários sobre o que fazer em São Paulo como alternativa de transporte, que seja limpo, eficiente, chegue na hora para motivar a população a utilizá-lo”.

O médico explicou que o ar considerado limpo pela OMS é aquele que chega a ter 20 microgramas (mcg) de poeira dispersa no ar por metro cúbico. A Região Metropolitana de São Paulo tem hoje 50 mcg por metro cúbico. “ A discussão é justamente se se deve diminuir e para quando e, por outro lado, quais são as estratégias a adotar para chegar lá”. Segundo ele, EUA e China registram índices mais altos de mcg por metro cúbico, enquanto países como Suíça e outros países do Norte da Europa já chegaram na meta estipulada pela OMS.

Dora reforçou ainda que mais importante ainda do que estabelecer a meta é saber como alcançar essa meta, abrangendo não só o transporte, mas outros setores poluentes como a construção civil e a indústria. “Tem que olhar o espaço urbano e identificar e elencar as fontes de poluição para ver como vai trabalhar com elas. Isso é um trabalhado que a Cetesb faz e tem condições e é muito bem equipada para isso, comparada às agências internacionais”.

De acordo com Dora, morrem por ano cerca de 1 milhão de pessoas em todo o mundo por doenças decorrentes da poluição. Para se ter uma idéia, segundo dados da OMS a aids mata cerca de três milhões de pessoas anualmente e os acidentes de trânsito 1,2 milhão. “As mortes causadas por doenças da poluição têm uma magnitude importante."

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Estações de monitoramento do ar existentes em São Paulo são suficientes, afirma técnica

5 de Novembro de 2008 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As 38 estações de monitoramento e avaliação da qualidade do ar espalhadas pelo estado de São Paulo, principalmente nas grandes metrópoles, são suficientes e adequadas para essa função.

A análise é de Maria Helena Martins, gerente de Tecnologia de Avaliação da Qualidade do Ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, (Cetesb) do estado de São Paulo.

Ao participar hoje (5) do Seminário Internacional Políticas Públicas e Padrões de Qualidade do Ar na Macrometrópole Paulista, Maria Helena disse que o sistema está bastante avançado para o monitoramento da qualidade do ar nos locais onde está distribuído.
Segundo ela, as estações são automáticas e medem em tempo real os diversos poluentes nocivos à saúde, além de registrar parâmetros meteorológicos como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade. Os dados são enviados para a central da Cetesb e disponibilizados para a população.

Maria Helena explicou que a qualidade do ar pode ser classificada como boa, regular, inadequada, má ou péssima e que quando está inadequada já é suficiente para que a população da Região Metropolitana de São Paulo comece a sentir problemas respiratórios e cansaço. “Dependendo do poluente e do nível que se tem, temos um efeito para a saúde”.

De acordo com ela, os problemas aumentam no período de inverno devido ao material particulado, enquanto na primavera e verão os prejuízos são decorrentes da concentração elevada de ozônio.

A coordenadora da Cetesb, argumentou que uma série de políticas devem ser elaboradas para melhorar a qualidade do ar na cidade de São Paulo e todas elas precisarão de mais de um setor para serem colocadas em prática. “A Cetesb tem políticas de controle e se analisarmos o nível de poluição que tínhamos na década de 80, eles foram reduzidos, mas agora precisamos pensar qual é o passo adiante”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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