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MINC FAZ BALANÇO POSITIVO DO PAC E DIZ QUE 65 DAS 68 LICENÇAS AMBIENTAIS ESTÃO EM DIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

5 de Novembro de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez hoje (5) um balanço positivo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Estamos com uma nota alta”, avaliou.

Segundo ele, 65 das 68 licenças ambientais “estão em dia” e outras três estão com problemas em estudos que precisam ser complementados.

“Para você dar uma boa licença, o estudo ambiental tem que ser bem feito. É o dever de casa dos proponentes do projeto. Houve uma grande mudança, nós desburocratizamos o licenciamento ambiental, reduzimos para menos da metade o tempo e com mais rigor. É possível ser mais rigoroso em menos tempo e é o que a gente está fazendo.”

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil e à TV Brasil, Minc reforçou que o ministério tem exigido padrões de controle ecológicos “mais rigorosos” do que o próprio Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ele cita como exemplo a obrigatoriedade de cada grande obra de "adotar" dois parques e investir de R$ 30 a R$ 40 milhões em saneamento na região que recebe as obras.

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5 de Novembro de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, divulgou hoje (5) em entrevista exclusiva à Agência Brasil e à TV Brasil que os estados de Rondônia, Mato Grosso e do Pará são alguns dos que apresentam indícios de planos estaduais para manejo florestal “fraudulentos”.

“Quando um estado aprova os planos de manejo, muitas vezes não têm condições de fiscalização. O sujeito passa a ter 'um crédito' de transportar tantos milhares de metros cúbicos de toras e vende esse direito a outros que esquentam, dessa maneira, a madeira ilegal retirada do bioma protegido. Nesses estados, no arco do desmatamento, é onde vamos intensificar [a fiscalização]."

Ontem (4), Minc se reuniu com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e com os diretores-gerais da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Cardoso Derene, para definir ações conjuntas de inteligência e fechar o cerco ao trânsito de madeira ilegal e ao tráfico de animais silvestres nas rodovias brasileiras.

“Vamos fazer seis novos portais que são entroncamentos rodoviários, intensificar a inteligência para combater as quadrilhas que estão invadindo e grilando terras públicas e vamos fazer um trabalho em relação aos planos de manejo inclusive junto com as secretarias dos próprios estados", detalhou Minc.

De acordo com o ministro, apenas no Pará, a secretaria de Meio Ambiente possui cerca de 1.200 planos de manejo para analisar – “400 eles vêem que são totalmente fraudados e jogam no lixo”. Mas há apenas três ou quatro fiscais, segundo o ministro, para avaliar os outros 800 planos.

“A gente tem que reforçar essa fiscalização para impedir que, por um meio aparentemente legal, se desmate os remanescentes do ecossistema da Amazônia. Entre essa aprovação e essa fiscalização, há uma fraude generalizada. Uma das nossas estratégias é o Documento de Origem Florestal (DOF), que já está todo informatizado e é olho verde eletrônico do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Só que os DOFs estaduais não estão integrados nesse mesmo computador. Uma das nossas metas é conseguir, até o fim de novembro, integrar todos.”

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Ministério da Justiça amplia em 90 dias prazo para recadastramento de ONGs estrangeiras

4 de Novembro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério da Justiça (MJ) decidiu prorrogar por 90 dias o prazo para o recadastramento das organizações estrangeiras sem fins lucrativos que atuam no Brasil. O prazo, previsto em portaria de julho deste ano, terminaria inicialmente ontem (3), mas algumas entidades pediram mais tempo para apresentar a documentação exigida pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ).

Pelas novas regras, as organizações estrangeiras deverão prestar contas anualmente ao MJ. O endurecimento do controle sobre a atuação das ONGs internacionais em território brasileiro foi anunciado após o surgimento de denúncias de condutas irregulares dessas entidades, sobretudo na Amazônia.

As exigências da SNJ para o recadastramento incluem documentação que comprove que a organização é legalmente constituída no seu país de origem, ata da deliberação que autorizou o funcionamento da organização no Brasil, ata de eleição da atual diretoria e lista com dados completos dos representantes legais, relatório circunstanciado sobre a finalidade da organização, local de atuação e atividades que desenvolve, além da inscrição no Cadastro Nacional de Entidades de Utilidade Pública (CNEs/MJ).

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Carvoeiros em situação semelhante à de escravidão são resgatados na Bahia

6 de Novembro de 2008 - Roberto Maltchik - Repórter da TV Brasil - Riachão das Neves (Bahia) - Fiscais do Ministério do Trabalho resgataram nesta quinta-feira (6) 35 carvoeiros trabalhando em situação comparável à de escravidão em uma fazenda da cidade de Riachão das Neves, no noroeste da Bahia.

De acordo com o auditor do Trabalho Eduardo Santos da Costa, a maioria não tem carteira assinada e tem descontado do salário até as botinas usadas para proteção contra o calor dos fornos.

“Já pude avaliar que há desconto dos salários para comprar cigarros, gasolina e tudo para uma motoserra funcionar. Isso significa servidão por trabalho”, disse.

Paulo Francisco da Silva é carvoeiro da fazenda há quatro anos. Ele lamenta as próprias condições de trabalho e acusa o patrão de cobrar, inclusive, o sabonete e a pasta de dente.

“Eles descontam o que nós usarmos da propriedade. Sabonete, pasta de dente e até a botina. Ganho R$ 450, mas no final do mês fica cerca de R$ 300”, denunciou.

O trabalho semelhante à escravidão é apenas uma das irregularidades na fazenda, segundo o auditor. O proprietário tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fazer queimadas. No entanto, os fiscais encontraram os fornos lotados com madeira de lei, como aroeira, protegida pela legislação ambiental.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acompanhou a fiscalização de perto e demonstrou indignação. “É um duplo crime. Crime de escravidão e crime ambiental. Nós vamos punir com todo o rigor da lei”, afirmou.

O proprietário da fazenda, Waldemar Gertlen, disse que foi surpreendido pela fiscalização. Segundo ele, a fazenda está arrendada e ele não é responsável pelos crimes.

“Quando nós fazemos o arrendamento, a responsabilidade é do chefe da carvoaria. Eu tenho uma atividade produtiva e não tenho nada pra esconder”, disse.

O responsável pela carvoaria não estava presente no momento da fiscalização.

O prejuízo ao Cerrado se estende até o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Lá, em plena área de preservação ambiental, foi instalada a fazenda Mauá. São 2.200 hectares de plantações de soja e milho irregulares, segundo o ministro Minc.

“Isso é completamente irregular. Isto é um parque nacional, uma das principais áreas de conservação”, afirmou.

O plantio dentro do parque já tinha sido embargado pelo Ibama em 2003. O proprietário, Haroldo Uemura, contesta o próprio decreto que criou o parque. Ele disse que jamais foi indenizado para sair da região.

“Estou aqui desde 2001. Estamos na Justiça contestando a existência do parque. Nunca recebi nada de indenização”, garantiu.

Como tinha duas espingardas de caça, sem registro, Uemura foi detido. Ele recebeu duas multas por crime ambiental, cada uma de R$ 440 mil. O proprietário disse que também vai contestar as autuações na Justiça.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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