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MMA LANÇA LIVRO VERMELHO DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

Daniela Mendes - O Ministério do Meio Ambiente lançará nesta terça-feira (4), às 10h, no auditório do Edifício Marie Prendi Cruz (505 Norte, em Brasília), o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Uma publicação elaborada em parceria com a Fundação Biodiversitas que, pela primeira vez, traz um amplo conjunto de informações das espécies presentes nas Listas Nacionais Oficiais de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.

São mais de mil e quatrocentas páginas distribuídas em dois volumes, com dados sobre a biologia, distribuição geográfica, presença em unidades de conservação, principais ameaças, estratégias de conservação, indicações de especialistas e de núcleos de pesquisa e conservação envolvidos com as espécies.

A cerimônia de lançamento contará com a presença do ministro Carlos Minc; da secretária- executiva do MMA, Izabella Teixeira; da secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito; do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello; do presidente do Ibama, Roberto Messias, entre outros convidados.

Haverá ainda a assinatura de uma portaria pelo ministro Carlos Minc e pelo presidente do ICMBio, reconhecendo instrumentos da Política Nacional de Biodiversidade voltados para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção. Além disso, a portaria definirá procedimentos e atribuições do MMA e do ICMBio a serem seguidos quando da atualização de Listas Nacionais Oficiais de Espécies Ameaçadas de Extinção. No evento será efetuado também o lançamento de um plano de ação para as Aves de Rapina, elaborado no âmbito do ICMBio.

O principal papel dos livros vermelhos é alertar os tomadores de decisão, profissionais da área de meio ambiente, conservacionistas, e a opinião pública em geral, sobre o risco crescente de extinção de espécies e suas conseqüências sobre o patrimônio genético do planeta. A elaboração de livros contendo as descrições das espécies consideradas sob ameaça de extinção (livros vermelhos), realizada com base em critérios científicos e consulta a especialistas, constitui uma ferramenta básica para a conservação e recuperação dessas espécies.

A elaboração do Livro Vermelho decorre diretamente das Listas Nacionais Oficiais de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (INs MMA nº 3/2003 e nº 5/2004), incluindo pela primeira vez em uma única obra todas e somente as espécies que o governo brasileiro efetivamente reconhece como ameaçadas de extinção. Representa, portanto, a continuidade de ações iniciadas a partir da elaboração das Listas de Espécies Ameaçadas, no sentido de um dia poder retirá-las dessa condição.

A lista com as espécies citadas nos livros vermelhos pode orientar o desenho das políticas públicas e privadas de ocupação e uso do solo, a definição e priorização de estratégias de conservação, o estabelecimento de medidas que visem reverter o quadro de ameaça às espécies, além de direcionar a criação de programas de pesquisa e formação de profissionais especializados em biologia da conservação.

Primeira lista - A primeira lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção é de 1968 (Portaria IBDF nº 303) e contava com 44 espécies. A primeira lista publicada no âmbito do Ibama (Portaria nº 1.522) ocorreu em 1989, com 206 espécies animais sob ameaça de desaparecimento, dentre vertebrados e invertebrados, das quais sete espécies consideradas como provavelmente extintas. A lista atual, publicada por intermédio das Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004, conta com 627 espécies ameaçadas de extinção, sendo 130 de invertebrados terrestres, 16 de anfíbios, 20 de répteis, 160 de aves, 69 de mamíferos, 78 de invertebrados aquáticos e 154 de peixes. Maiores informações sobre o tema podem ser obtidas no Portal sobre Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA, no endereço www.mma.gov.br/ameacadas.

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Minc quer livro sobre espécies da fauna ameaçadas de extinção nas escolas

04/11/2008 - Paulenir Constâncio - O Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, lançado nesta terça-feira (4) pelo MMA, deverá chegar a todas as escolas brasileiras, anunciou o ministro Carlos Minc. Na cerimônia, realizada na sede da Secretaria de Biodiversidade e Florestas - 505 Norte -, ele disse que "a nossa garotada conhece a girafa e o elefante, que, aliás, são bichos bonitos, mas não conhece os nossos animais". A obra traz detalhes sobre as 627 espécies que correm o risco de desaparecer.

O assunto deverá fazer parte da pauta de uma reunião, ainda esta semana, entre Minc e o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Nas bibliotecas e na mão dos professores, o livro pode ser decisivo para a salvação dessas espécies", avalia Minc. Com 1.500 páginas, que mostram onde se encontra, como vive e como é popularmente conhecido cada um dos animais, peixes, aves e insetos em perigo, a obra vai chegar primeiro às unidades de conservação nacionais sob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O ministro ressaltou a importância da publicação, lembrando que sua edição é a continuidade de um trabalho do MMA, que em parceria com a Fundação Biodiversitas, a Conservação Internacional Brasil e a Universidade Federal de Minas Gerais, elaborou uma pesquisa sistemática da maior importância para a identificação das espécies ameaçadas. Cada cidadão, em cada município, terá condições de conhecer a biodiversidade à sua volta e se engajar na luta para salvar a fauna em risco, espera o ministro. "Você só defende aquilo que você ama e só ama aquilo que você conhece", analisou. Para Minc, o Livro Vermelho é "um chamamento à sociedade. É um grito. Um basta à degradação ambiental". O ministro avalia ser "intolerável" que em nome do progresso se esteja levando um número tão significativo de espécies à extinção. "Esta lista é um tapa na cara pelo modo irresponsável de produzir", alertou.

A pesquisa que resultou no livro acabou por introduzir espécies novas na lista de risco e também retirar dele algumas que deixaram a situação de risco. As principais causas apontadas para o aumento de 217 para 627 espécies em extinção são o desmatamento, o tráfico de animais silvestres e a degradação ambiental. Novos dados foram introduzidos pelos pesquisadores, principalmente sobre os peixes e insetos, contribuindo para ampliar a lista. Minc lembrou uma série de medidas que o MMA vem tomando para diminuir o impacto da ocupação humana sobre as espécies ameaçadas.

As iniciativas vão desde o investimento na infra-estrutura dos parques nacionais até a criação de outros em áreas onde espécies da fauna e da flora correm risco de ser extintas até a contratação anunciada de três mil novos fiscais, com o objetivo de coibir e combater os crimes ambientais. "Mas não pensem que isso é fácil, pois não basta chegar para o presidente Lula e dizer para ele assinar um decreto", disse Minc.

O ministro enfatizou que ao criar unidades de conservação é preciso dotá-las de uma infra-estrutura eficiente e um conjunto de medidas, como corredores ecológicos, capazes de auxiliar na preservação das espécies. Por isso, o MMA está preparando um plano de manejo para 40 unidades de conservação e está buscando parcerias com empresas para que elas "adotem" um parque ou assumam os custos necessários para ajudar a tirar uma das espécies da lista. Lembrou que salvar um animal da extinção implica em um trabalho de pesquisa de campo, interferência no ambiente e em seu entorno para proporcionar condições de sobrevivência e reprodução.

Participaram da cerimônia de lançamento do Livro Vermelho, além do ministro Carlos Minc, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecilia Wey de Brito, e representante do Ibama, João Pessoa.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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