Panorama
 
 
 

INCÊNDIOS QUE DURAM MAIS DE UM MÊS JÁ DESTRUÍRAM METADE DO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

Márcia Néri - Brasília (13/11/2008) – Chamas, fumaça, destruição. Esse é o cenário atual de um dos parques nacionais mais conhecidos e visitados por turistas brasileiros e estrangeiros, o da Chapada Diamantina, na Bahia. Há mais de um mês, incêndios de grandes proporções vêm transformando a unidade de conservação em uma área inóspita, na qual a vegetação, composta de campos rupestres, cerrados e matas, é reduzida a carvão e cinzas. Dos 152 mil hectares do Parna, metade já foi consumido pelo fogo, que até hoje não foi controlado.

Os primeiros focos, detectados no dia 2 de outubro na região central e norte do Parque, nos municípios de Mucugê e Lençóis, provavelmente foram provocados pelo homem, já que a unidade ainda é explorada por fazendeiros e garimpeiros.

Em poucos dias, novas queimadas registradas em localidades distintas da unidade agravaram o problema, as chamas ganharam força e a situação se complicou por conta das condições climáticas. Falta de chuvas e ventos fortes permitiram que o fogo alastrasse e os 200 brigadistas que atuam na área do PNCD, auxiliados por 42 homens contratados para ajudar no combate, ainda não conseguiram vencer a batalha contra os incêndios.

De acordo com os gestores do PNCD, trata-se da maior tragédia ambiental da história do Parque. “A região sul do município de Mucugê foi destruída, o que implica na extinção de espécies endêmicas. Entre os animais, os pequenos mamíferos morrerão de fome. As aves, que estavam nidificando, devem ter perdido suas crias”, lamenta Cézar Gonçalves, um dos analista ambientais da unidade.

Além do combate terrestre, quatro aeronaves equipadas com tanques de água, duas cedidas pelo ICMBio e duas pelo governo do estado da Bahia, auxiliam no combate. O IBAMA enviou um helicóptero que também auxilia no transporte de brigadistas.

Na última terça-feira (11), uma reunião entre os analistas que atuam no PNCD, representantes do Prevfogo (Ibama) e da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia definiu novas ações de combate. Uma chuva providencial na região Norte da unidade apagou o incêndio entre os municípios de Lençóis e Palmares. “Falta ainda debelarmos o de Ibicoara, ao Sul do Parque, e o da região central, em Mucugê. Não contamos sequer com equipamentos de proteção necessários para todos os brigadistas. Infelizmente, ao que tudo indica, teremos que contar com a chuva para que o resto do Parque seja salvo”, pondera Cézar.
Ascom/ICMBio

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Reservas da Amazônia ganham R$ 7,9 milhões para elaboração de 49 planos de manejo

Sandra Tavares - Brasília (13/11/2008) – O ministro do Meio Ambiente Carlos Minc e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Rômulo Mello apresentaram em coletiva realizada nesta quarta-feira (12) a destinação de R$ 7,9 milhões para a elaboração de 49 planos de manejo, sendo 48 de Reservas Extrativistas e uma de Reserva de Desenvolvimento Sustentável, localizadas em sua maioria na Amazônia. Do montante, R$ 3,2 milhões virão do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), R$ 2,35 milhões do Programa das Nacões Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e R$ 2,33 milhões do orçamento da União, por meio da Agenda Social do governo federal.

Os 41 termos de referência englobando estas 49 unidades já foram elaborados e os respectivos editais serão lançados em breve, sendo 34 editais até o final de novembro e 15 até o final de dezembro. “Nossa meta é fazer nesses três anos o que não foi feito da década de 70 para cá”, afirmou Minc.

Outros 100 planos de manejo estão em fase de elaboração. Desse total, 20 a serem concluídos este ano nos meses de novembro e dezembro; 55 a serem elaborados em 2009 e mais 25 em 2010. O esforço no momento é no sentido de lançar os editais, alocar recursos, ampliar a capacidade do ICMBio, por meio de capacitação; bem como promover a avaliação, revisão e simplificação dos roteiros metodológicos que norteiam a elaboração dos planos, com monitoramento do ICMBio ao longo da implementação.

“O plano de manejo é um instrumento extremamente importante na gestão e implementação dessas áreas protegidas. Esses 49 planos contribuirão para uma melhor gestão dos recursos naturais e beneficiará diretamente 46 mil famílias de extrativistas que fazem uso sustentável da floresta”, explicou o presidente do ICMBio, Rômulo Mello.

De 1970 para cá foram concluídos 77 planos de manejo, com uma média de dois planos de manejo elaborados por ano. “O dado revela a discrepância entre o ritmo de criação das unidades e o de elaboração dos planos de manejo. A criação do ICMBio veio como resposta a esse quadro”, afirmou Mello.

Das 299 unidades de conservação federais geridas pelo ICMBio, 26% possuem plano de manejo, 30% estão com planos em fase de elaboração e 44% das unidades não possuem o documento. Das 130 unidades de conservação de proteção integral, como parques nacionais e reservas biológicas, 59 possuem plano de manejo e 27 estão com o documento em fase de elaboração. Das 169 UCs de uso sustentável, como reservas extrativistas e florestas nacionais, 18 possuem plano e 64 estão em elaboração.

Considerando os biomas, a Mata Atlântica é a que possui o maior número de planos (29 planos de manejo prontos e 8 em elaboração); seguido da Amazônia (21 planos de manejo prontos e 49 em elaboração) e do bioma Marinho Costeiro (13 planos de manejo prontos e 21 em elaboração). O cenário se deve ao fato de historicamente as unidades terem começado a serem criadas nas regiões Sudeste e Sul. “As unidades da Amazônia foram criadas mais recentemente.

Além da Agenda Social do governo federal, do Arpa e do PNUD, os recursos para a elaboração dos planos subsequentes virão do ICMBio, Câmara de Compensação Ambiental; Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA; Serviço Florestal Brasileiro; Ministério do Turismo; GEF Cerrado; GEF Mangue; PDA Mata Atlântica; Projeto Corredores Ecológicos; SOS Mata Atlântica; Instituto Centro de Vida; WWF e Conservação Internacional.

O plano de manejo é o documento técnico que estabelece, segundo os objetivos da UC, o seu zoneamento, as normas de uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive relacionando a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. Os planos vêm sendo elaborados via contratação direta, contratação de produto, parte elaborada por servidores com contratação de produtos e parte elaborada por servidores do ICMBio.

Entre os objetivos do plano de manejo previsto na Lei 9.985/00 estão o de definir objetivos e ações específicas de manejo, orientando a gestão da UC; promover o manejo da unidade, orientado pelo conhecimento disponível e/ou gerado e estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, estabelecendo normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da Zona de Amortecimento – ZA e dos Corredores Ecológicos – CE, visando a proteção da unidade.

O plano de manejo elaborado para as UCs de Proteção Integral é estruturado levando-se em conta o grau de conhecimento obtido sobre a área protegida, contextualização, análise regional, análise da UC, planejamento, com detalhamento e atualização; além de conter projetos específicos; monitoria e avaliação; implementação e Roteiro Metodológico (nos casos de parques nacionais, reservas biológicas e estações ecológicas).

Já o plano de manejo elaborado para as UCs de Uso Sustentável leva em conta a caracterização da unidade; a estrutura de gestão da unidade; sua infra-estrutura necessária; além de abranger a elaboração do plano de utilização, outro documento que define o zoneamento da área; a sua zona de amortecimento; análise de cenários; programas de sustentabilidade ambiental e socioeconômica da unidade, segundo instrução normativa do ICMBio (no 01/2007).
Lista das Reservas Extrativistas e RDS
Ascom/ICMBio

 
 

Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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