Panorama
 
 
 

JARDIM BOTÂNICO DE SÃO PAULO COMEMORA 80 ANOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

Com lançamento de publicação, exposição de fotos antigas e conclusão da revitalização do córrego Pirarungáua.

Um jardim botânico tem um papel que transcende o espaço de contemplação e lazer. Mais do que isso, constitui um importante centro de conservação da biodiversidade e de pesquisa científica. É o caso do Jardim Botânico de São Paulo que, em 2008, completa 80 anos de existência, oferecendo atrativos como a coleção de orquídeas, plantas nativas e exóticas e trilhas, além de realizar estudos sobre sistematização da flora, fisiologia de plantas, conservação e outros.

Durante os festejos dos 80 anos a população de São Paulo poderá visitar o Jardim Botânico e visitar a nova entrada do parque e a conclusão da obra de revitalização do Córrego Pirarungáua.

Revitalização do Córrego Pirarungáua

O Jardim Botânico de São Paulo reabriu em, 08.11, seu portão principal para visitantes, a chamada “Portaria 1”, na Av. Miguel Stéfano, 3031 – Bairro Água Funda, que esteve fechada nos últimos meses, para as obras de revitalização do Córrego Pirarungáua, um dos formadores do Riacho do Ipiranga e cuja nascente encontra-se dentro dos limites dessa unidade de conservação.

Os visitantes terão uma bela surpresa: a “Alameda Fernando Costa”, logo depois da entrada e que dá acesso ao Museu Botânico, que foi totalmente reformada, teve seu calçamento retirado e deu lugar a um bonito “deck” de madeira, com 240 metros de comprimento, que acompanha o córrego, ladeado majestosamente pelos jerivás plantados na década de 40.

O Córrego Pirarungáua começou a ser revitalizado em março de 2007. O projeto contemplava as obras que trouxeram à luz as águas que corriam por um canal subterrâneo construído em 1940, sem muita tecnologia, com paredes de tijolo e uma laje embaixo. Hoje, a obra atendeu os princípios estabelecidos no Plano de Manejo do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, que fornece diretrizes para recuperação dos corpos d’água.

A revitalização ocorreu em função do desmoronamento de um trecho da Alameda Fernando Costa, que cobria o córrego. Os técnicos constataram que o local estava condenado por inteiro, do ponto de vista estrutural. Por isso, o local foi aberto, canalizado e todo um trecho foi reconstruído. O calçamento foi retirado e, com a recuperação das margens do Pirarungáua, o córrego voltou a correr a céu aberto.

As obras, incluindo a construção do “deck” de madeira de eucalipto de reflorestamento, tratado para suportar intempéries, foram orçadas em R$ 1,4 milhão. A fila de jerivás, plantados na década de 40 por Frederico Carlos Hoehne, criador do Jardim Botânico, permaneceu e continua dando o caráter monumental à entrada do parque. A revitalização abrangeu a regeneração e paisagismo das margens do córrego, com utilização de espécies da Mata Atlântica retiradas de locais por onde passará o trecho sul do Rodoanel. E o corredor de entrada foi, ainda, todo adaptado para permitir a acessibilidade de pessoas com problemas de locomoção.

A proposta tem duas questões importantes. A primeira é a recuperação do próprio Riacho do Ipiranga e a segunda contempla a regeneração das margens com a vegetação do parque para que o visitante posa caminhar ao longo do córrego por jardins de Mata Atlântica.

Livro

Na publicação “Do Éden ao Éden – jardins botânicos e a aventura das plantas”, da Editora Senac, os pesquisadores Gil Felippe e Lílian Penteado Zaidan se propõem descrever todas as belezas e curiosidades encontradas nos diversos jardins botânicos espalhados pelo mundo. O lançamento aconteceu, em 08.11, no Jardim Botânico de São Paulo, na Avenida Miguel Estéfano, 3.031, no Bairro da Água Funda, na Zona Sul da Capital. .

A publicação traz informações e curiosidades sobre 25 dos principais jardins botânicos do mundo, entre os quais os de São Paulo e do Rio de Janeiro. O destaque é o de Kew, em Londres, considerado o maior e o mais importante do mundo, possuindo em sua coleção a planta conhecida como flor-cadáver ou língua-do-diabo, considerada a maior flor do mundo, medindo até três metros, originária da Ásia, cuja característica é o odor fétido que exala, podendo ser sentido a até um quilômetro de distância.
O leitor passeia ainda pelos principais jardins europeus, americanos e asiáticos, como os de Berlim, Edimburgo, Amsterdã, Paris, Pisa, Bolonha, Chelsea, Oxford, Harvard e Bogor. O título do livro faz uma referência aos jardins do Éden e ao Projeto Éden, na Cornualha, no Reino Unido, criado em 2001, desenvolvendo uma concepção vanguardista para atrair o público e exaltar a conservação ambiental, o uso consciente da terra e um futuro sustentável para a humanidade.

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Programa une Fundação Florestal e governo francês em gestão de áreas

12/11/2008 - Programa de cooperação prevê intercâmbio de experiências sobre parques - A Fundação Florestal, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, participa desde 2006 de um programa de cooperação com o governo francês com a finalidade de promover o intercâmbio de informações e conhecimentos sobre gestão de áreas protegidas, elegendo como áreas-piloto o Parc Port Cros e Parc Regional du Verdon, na região de Provence, Alpes e Côte D’Azur, na França, e o Parque Estadual de Ilhabela e o Mosaico Juréia-Itatins, no litoral do Estado de São Paulo.

Dentro do que prevê o protocolo de intenções assinado pelo Estado de São Paulo e a Região Provence-Alpes-Côte D’Azur, técnicos franceses já realizaram três visitas ao Brasil consolidando a proposta de estabelecimento de diretrizes e compromissos para o fortalecimento de laços econômicos, sociais e culturais, com ênfase na temática da conservação e áreas protegidas.

No sentido inverso, representantes da Fundação Florestal, integrando uma missão brasileira, estiveram na França no período de 13 a 20 de outubro passado. O grupo, chefiado pelo diretor-executivo da instituição, José Amaral Wagner Neto, contou com a participação de Lucila Pinsard Vianna, assessora, e dos diretores do Parque Estadual de Ilhabela, Carolina Bio Poletto, e da Estação Ecológica Juréia-Itatins, Joaquim de Marco Neto, além da assessora do Núcleo de Relações Internacionais da Secretaria do Meio Ambiente, Ana Paula Fava.

Além de participar de seminários e realizar visitas técnicas a áreas protegidas, o grupo participou de reuniões levantando materiais, ferramentas e metodologias de gestão de áreas protegidas, que podem subsidiar as atividades vinculadas ao Sistema Estadual de Florestas do Estado de São Paulo – SIEFLOR. Entre outros temas previamente definidos no programa de cooperação, foram abordadas questões como consolidação e selos de certificação de parques, metodologia de criação e implementação de mosaicos e áreas protegidas e conselhos consultivos. No decorrer das reuniões outros temas foram discutidos, como turismo náutico, metodologia e técnicas de criação de trilhas marinhas, processo de criação de parques regionais, políticas públicas, educação ambiental e mosaico de gestão de parques, com o envolvimento de representantes dos governos, sociedade e cientistas.

Reunião do PNUMA

Wagner Neto e Ana Fava participaram, ainda, no dia 20 de outubro, em Paris, de uma reunião da área de tecnologia, indústria e economia do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, para conhecer os programas e experiências desenvolvidos em diferentes lugares do mundo, para prospectar oportunidades de parceria com o Estado de São Paulo. Os temas abordados, entre outros, foram sobre co-gestão de áreas protegidas com comunidades tradicionais, capacitação de gestores, fontes de recursos, pescaria artesanal, turismo sustentável e certificação ambiental de produtos.

O PNUMA demonstrou interesse em uma parceria com o Estado de São Paulo na área de turismo sustentável, desenvolvendo mecanismos para que o turista se torne um agente ativo influenciando as práticas dos operadores, incentivando ações sustentáveis como o consumo de peixes nos períodos favoráveis, de forma a não impactar o processo de reprodução das espécies.

Outro tema de interesse para a Fundação Florestal foi o programa de turismo sustentável em áreas costeiras, onde o crescimento populacional ao lado do industrial constitui fatores que pressionam essas regiões.Projeto com essa finalidade prevê a elaboração de produtos como um manual de planejamento de gestão e desenvolvimento e a implementação de um projeto-piloto.

Outras questões tratadas na reunião foram aquecimento global, investimentos em turismo, “softwares” para capacitação de agentes de turismo de países em desenvolvimento, a inserção do turismo na Agenda 21, criação de selos ambientais em economias emergentes e cobranças de serviços ambientais.
Texto: Newton Miura Fotografia: José Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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