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LIBERAÇÃO DO FUNDO AMAZÔNIA SERÁ CONDICIONADA À REDUÇÃO DO DESMATAMENTO, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

12 de Novembro de 2008 - Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (12) durante audiência pública na Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados que o Fundo Amazônia demorou para sair do papel porque alguns setores do governo temiam que a doação de dinheiro estrangeiro causasse interferência internacional na região.

Segundo Minc, o impasse foi resolvido pois os países que aplicarem recursos em projetos sustentáveis na Anazônia não terão o poder de definir de que forma serão aplicados. Ficará a cargo deles, no entanto, a liberação do dinheiro, que só irá ocorrer mediante resultados positivos do Brasil em relação à preservação da floresta.

"Nós só poderemos sacar recursos do Fundo Amazônia, se no ano anterior o desmatamento tiver sido menor do que a média dos dez anos anteriores, ou seja nós temos que fazer o dever de casa previamente. Você só saca o recurso se fizer o dever de casa antes", explicou o ministro.

Minc também falou aos deputados sobre a iniciativa do governo federal de estabelecer o preço mínimo para produtos do extrativismo. De acordo com ele, a medida deve resultar em benefício à população da região amazônica.

"Nunca houve preço mínimo para seringa, castanha, babaçú, pequí, piaçava, etc, preço mínimo para dez produtos, o que vai possibilitar ao povo do extrativismo, aos trabalhadores da reservas, que consigam preços mais compatíveis e dignos", argumentou.

O ministro acrescentou que o setor agro-extrativista na Amazônia também será beneficiado com crédito de 4% de juros ao ano e doze anos de carência para começar a pagar.

Minc anunciou ainda que tiveram início hoje os estudos para a criação de quarenta novos planos de manejo na Amazônia. Segundo o ministro, a novidade é que os projetos serão realizados não só pelo Ministério do Meio Ambiente como por outras instituições, como por exemplo, universidades.

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Adequações na legislação ambiental devem tratar regiões distintamente, apontam ministros

11 de Novembro de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em reunião realizada hoje (11), os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disseram que a legislação ambiental brasileira deverá ser adequada considerando as diferenças entre as regiões. Segundo eles, é preciso considerar as peculiaridades do lugar para que se alcance o “desmatamento zero”.

Após três horas de reunião, o ministro do Meio Ambiente disse que “não se pode tratar com a mesma fórmula realidades regionais completamente diferentes”, e explicou que algumas leis são importantes, mas têm que se “modernizar”.

Stephanes disse que alguns pontos de acordo nesse sentido são em relação ao tratamento diferenciado que será dado às áreas consolidadas de plantio do Centro-Sul do país e aquelas de topos de morros e encostas, como é o caso de grande parte das plantações de café de Minas Gerais, que garantem ao estado a condição de maior produtor nacional do grão. Segundo especialistas, a legislação ambiental em vigor torna a atividade agrícola nessas áreas ilegal.

Na avaliação de Guilherme Cassel, o encontro de hoje, que também reuniu representantes do setor rural, deixou claro que há muitas divergências entre as áreas ambiental e a produtiva e que elas devem ser analisadas com cautela.

Cassel acredita, no entanto, que é importante garantir ainda mais o controle do desmatamento e a legislação ambiental. Para isso, ele aponta que é preciso “estabelecer diferenças entre pequenos e grandes, [acelerar a] regularização fundiária na Amazônia e garantir renda às populações ribeirinhas, quilombolas”, entre outras populações dependentes da floresta.

Um dos pontos de divergência entre os setores ambiental e produtivo que voltou a ser abordado durante o encontro foi o Decreto Presidencial 6.514/08, publicado no final de julho, que regulamenta o processo administrativo para apuração de infrações contra o meio ambiente.

Para os produtores a medida desconsidera as diversidades geopolíticas e econômicas do território nacional e, principalmente, o setor agropecuário. Alguns deles chegaram a afirmar que o decreto inibia a atividade rural. Uma das instisfações era o prazo de quatro meses estabelecido para que os produtores rurais se adaptassem a legislação ambiental, sob pena de ficar sem acesso ao crédito rural.

Carlos Minc informou que a atualização do decreto deve sair ainda esta semana, estendendo o prazo para um ano o período fixado para a adequação ambiental. Na avaliação do ministro, o prazo inicialmente previsto pelo decreto criou uma certa preocupação para fazendeiros porque os obrigava a cumprir em meses o que, segundo ele, não era vinha sendo atendido em 30 anos.

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Ministro do Meio Ambiente e prefeito eleito do Rio anunciam parceria

13 de Novembro de 2008 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o prefeito eleito do município do Rio, Eduardo Paes (PMDB) reuniram-se hoje (13), na sede da Fundação Getulio Vargas, no Rio, para definir projetos conjuntos na área de meio ambiente.

Carlos Minc, Eduardo Paes e Carlos Alberto Muniz, futuro secretário do meio ambiente, anunciaram que entre as prioridades de parceria está a gestão compartilhada do Parque Nacional da Tijuca, hoje sob responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O futuro prefeito disse que a parceria, que foi interrompida na gestão da atual prefeitura, será selada assim que ele tomar posse, em 1º de janeiro de 2009.

“Nós estamos falando de um parque nacional no meio da área urbana e a prefeitura dispõe de uma capacidade de prestar serviços mais eficientes do que o Ibama, embora venha fazendo um bom trabalho, a parceria nessa área é fundamental.”

O ministro adiantou que será criado um cinturão verde em torno da Floresta da Tijuca, que segundo ele está cercada por 16 áreas de favelização. O projeto, segundo Minc, prevê que o local, que continua a receber 90% das visitas de parques no Brasil, volte a ser a maior floresta urbana do mundo.

Outro convênio anunciado foi na área de contenção da expansão de favelas através da ampliação dos programas já existentes Mutirão Reflorestamento e Eco Limites.

O saneamento é outra área a ser beneficiada pela parceria. Minc adiantou que o recurso virá por meio de um programa do Ministério do Meio Ambiente. “O município trata o esgoto na zona oeste, mostra que está tratando tantos metros cúbicos dentro do padrão e recebe um recurso correspondente aos metros cúbicos tratados, podendo ampliar outros programas como o de recomposição de matas ciliares”, explicou o ministro.

Paes voltou a reafirmar o compromisso feito durante a campanha de que o Aterro Sanitário de Paciência não existirá. Segundo ele, a solução para o problema dos resíduos sólidos da cidade será dada tão logo o novo presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) seja anunciado. Entretanto, ele adiantou que já entrou em contato com o prefeito eleito de Duque de Caxias, José Camilo "Zito", e o prefeito reeleito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria, para estudar local alternativo em um destes municípios.

O ministro do meio ambiente disse que acredita que as parcerias podem contribuir para que o Rio volte a ser protagonista na questão ambiental e seja a “Capital da Ecologia do país”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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