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MDA, MAPA E MMA RETOMAM DISCUSSÕES SOBRE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

11/11/2008 - Os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Meio Ambiente (MMA) vão reativar o grupo de trabalho sobre revisão e atualização da legislação ambiental brasileira. A decisão veio do encontro desta terça-feira (11), em Brasília, com parlamentares, representantes de setores agropecuários e ambientalistas. A expectativa é retomar o diálogo entre produtores do campo, defensores do meio ambiente e o governo para aprimorar a legislação em consonância às atividades econômicas do meio rural.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, reforçou que a legislação ambiental é um patrimônio do povo brasileiro. “Ela é avançada e não podemos mexer para rebaixá-la. Temos que levar isso em conta nas nossas discussões”, salientou. Na avaliação do ministro, essa reunião pode ser considerada como uma primeira conquista dentro do princípio do Governo Federal de mais produção e mais preservação. “O encontro mostrou a todos que um tema complexo como a questão ambiental pode ser discutido de forma coletiva. Temos muitos acordos que vão, certamente, facilitar o trabalho deste grupo no avanço de propostas concretas para serem apresentadas ao legisladores e ao executivo”, afirmou.

Cassel lembrou ainda o papel da regularização fundiária, sobretudo na Amazônia Legal, para garantir a efetividade das políticas agrárias e ambientais na região. O ministro enfatizou que não é adequado opor produção e preservação. “Temos que preservar e produzir, além de garantir os direitos das populações tradicionais, dos ribeirinhos, dos indígenas e dos pescadores”, defendeu. Ele destacou, ainda, a necessidade de assegurar direitos e deveres entre os diferentes produtores rurais. “Em dois anos, pretendemos regularizar todos os produtores que estão em até dois módulos rurais na Amazônia Legal e, em 5 anos, cadastrar as propriedades com até cinco módulos. Desta forma, poderemos também enfrentar a grilagem”, afirmou.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ressaltou a importância de reunir os diferentes setores para trabalhar em conjunto problemas de curto, médio e longo prazo. “Este encontro mostra a maturidade do setor ambientalista e a capacidade de diálogo com produtores rurais para buscar uma solução conjunta, estimulando o entendimento por meio de propostas que ainda serão debatidas e aperfeiçoadas”, disse.

Já o ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, explicou que, embora de forma preliminar, o grupo pode se debruçar sobre pontos de consenso entre os diferentes setores. “Percebemos, com esta reunião, que, apesar das diferenças, há consenso sobre pontos a serem resolvidos a curto prazo e, por meio do grupo, será mais fácil pensar em propostas que não prejudiquem os produtores”, contou.

A reunião também teve a presença de parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, de representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), de parlamentares da Frente Parlamentar Ambiental, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

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Assentamentos de Minas Gerais recebem licenças ambientais

11/11/2008 - A Superintendência Regional do Incra em Minas Gerais recebeu 17 licenças ambientais no último mês. Deste total, 16 são Autorizações Ambientais de Funcionamento (AAFs) para áreas que abrigam até 50 famílias, e uma delas é Licença Prévia emitida para áreas que ultrapassam esta capacidade. Com as licenças, a autarquia pode iniciar o desenvolvimento das áreas com trabalhos de parcelamento dos imóveis e assentamento de famílias.

Quatro das AAFs foram liberadas para áreas cujos Projetos de Assentamento ainda não foram criados. Em virtude de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Incra/MG e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) em maio deste ano, existe o compromisso de executar todas as ações de implantação e desenvolvimento do assentamento, como assessoria técnica, liberação de créditos, construção de moradias e parcelamento, em um prazo máximo de 4 anos.

As outras Autorizações foram concedidas a assentamentos já existentes. Com as licenças, os PAs podem solicitar a Autorização de Exploração Florestal (Apef) e promover a ampliação da área de cultivo de forma sustentável, utilizando qualitativamente os recursos naturais disponíveis. A Apef é uma licença emitida pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para corte de árvores, eliminação de vegetação, uso do solo, coleta de material, dentre outras intervenções ambientais.

Consciência ambiental nos assentamentos

Um dos assentamentos que recebeu a licença é o PA Primavera, em Campina Verde (MG). Lá, os moradores se mostram conscientes da necessidade da preservação ambiental. O Presidente da associação do assentamento, Antônio Barbosa de Oliveira, relata que o gado leiteiro é mantido longe da reserva, e as famílias não retiram madeiras de lá nem quando precisam construir aluma cerca, ou fazer obras.

Outro caso de consciência ambiental por parte dos assentados está no PA Comunidade Resistência, no município de Funilândia (MG). “Nunca vi pessoas que tenham tanta consciência como esse pessoal tem”, é o que relata o representante dos moradores, Sebastião Sabino de Oliveira. Ele conta que a reserva não é utilizada como fonte de madeira para os assentados. Além disso, todos estão orientados a não desmatarem uma parte de seus lotes, justamente para terem de onde retirar a madeira quando for necessário.

As Licenças Prévias e as Autorizações Ambientais de Funcionamento têm validade de oito e quatro anos, respectivamente. Para a renovação do documento, o Incra precisa implementar ações e atender condicionantes em cumprimento à legislação ambiental, como, por exemplo, efetuar isolamento e recuperação de áreas de reserva legal e regularizar o uso dos recursos hídricos.

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Regularização ambiental de assentamentos é debatida em MS

12/11/2008 - A Superintendência do Incra em Mato Grosso do Sul está um passo à frente quando o assunto é a regularização ambiental de assentamentos da reforma agrária. A unidade já cumpriu a meta programada para este ano de sete solicitações de Licenças Prévias (LPs) protocoladas junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Também está prestes a atingir os 17 pedidos de Licença de Instalação e Operação (LIOs) previstos para 2008.

A Licença Prévia, necessária para a criação de um assentamento, aprova a localização, concepção e viabilidade ambiental do projeto. Foi o documento obtido, em julho, pelas 75 famílias do assentamento Aba da Serra II, no município de Ponta Porã (MS). As LIOs, por sua vez, possibilitam aos assentados, entre outros benefícios, o acesso a recursos para construção de estradas e obras de abastecimento de água, além dos créditos de produção do Pronaf A.

A agilização no pedido desses documentos aos órgãos ambientais estaduais faz parte do Plano de Ação Ambiental do Incra, que foca o licenciamento como ferramenta de defesa e conservação dos recursos naturais e fator de desenvolvimento dos assentamentos. Este ano, a autarquia vai solicitar 2.042 licenças ambientais em todo o País, com um investimento de R$ 21 milhões. Até 2011, serão protocolados 8.032 pedidos.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins vão contabilizar, juntos, 242 solicitações de licenças ambientais em 2008. Para isso, estão sendo destinados pelo Incra mais de R$ 2,6 milhões. Até 2011, terão sido protocolados 983 pedidos junto aos órgãos estaduais de meio ambiente dessas regiões.

A discussão das demandas e planejamento da execução dos trabalhos nos três estados ocorrerá nesta quinta e sexta-feiras (13 e 14 de novembro) em Campo Grande, durante a Oficina sobre Licenciamento Ambiental em Projetos da Reforma Agrária. O evento, a ser realizado no Bahamas Apart Hotel, tem abertura prevista para as 9h desta quinta-feira.

Dinamismo e parcerias

Esta vai ser a sétima edição da oficina, que foi regionalizada para dinamizar as ações das superintendências. Participam representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Incra, de órgãos estaduais de meio ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Outras contribuições serão as do Tribunal de Contas da União (TCU), do Ministério Público Federal (MPF) e estaduais, além de movimentos sociais.

“Durante os encontros, estreitamos o relacionamento com os demais órgãos que têm responsabilidade nessa questão. São essas parcerias que nos permitem avançar”, ressalta o diretor de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento do Incra, Celso Lisboa de Lacerda.

Ele cita, por exemplo, a importância dos termos de cooperações técnica firmados entre a autarquia e as instituições ambientais estaduais, às quais cabe a expedição das licenças. Por meio desses instrumentos, o Incra oferece estrutura, veículos, combustível, diárias aos técnicos dos Estados para que façam as vistorias e possam liberar o licenciamento.

TAL Ambiental

As oficinas integram o Projeto de Assistência Técnica para a Agenda da Sustentabilidade Ambiental (TAL Ambiental). Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o programa apóia estudos, diagnósticos, análises e capacitações necessárias à consolidação e ao avanço das políticas públicas de desenvolvimento sustentável.

O último encontro ocorrerá na próxima semana, em Brasília. Entre os dias 20 e 21, será feito um diagnóstico da situação do licenciamento no Distrito Federal, em Goiás e em Minas Gerais.

Os resultados das oito oficinas, que tiveram início na Região Sul, estarão reunidos em um único documento, a ser apresentado durante a V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. O evento ocorrerá no Rio de Janeiro, entre os dias 26 e 30 de novembro.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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