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PLANO DO CLIMA DEVE TER METAS NACIONAIS DE COMBATE AO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

11/11/2008 - Daniela Mendes - O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, afirmou que está empenhado em articular com os diversos órgãos do governo federal a inclusão de metas para o combate ao desmatamento na versão final do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. "Seriam metas nacionais, seguindo a metodologia de cálculo que já consta no Fundo Clima, e esse entendimento já está sendo feito com os órgãos envolvidos na formulação do plano", explicou Minc, durante audiência com representantes do Fórum Brasileiro de ONGs (FBOMS), nesta terça-feira (11).

Ele afirmou ainda que em sua gestão pretende fortalecer a Agenda 21 Local, inclusive com recursos de emendas parlamentares da ordem de R$ 80 milhões e adiantou que as novas licenças concedidas pelo Ibama devem trazer exigências de investimentos permanentes em educação ambiental por parte dos empreendedores.

Minc disse que vai continuar a aprofundar e qualificar a relação com as organizações da sociedade civil e como exemplo citou a recente aprovação da resolução Conama que cria uma nova fase do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, a do diesel S-10, afirmando que mais de dez emendas propostas pela sociedade civil foram incorporadas.

Consulta Pública - O ministro disse que esse exemplo deve se repetir no Plano Nacional sobre Mudança do Clima que teve a consulta pública encerrada ontem, 10 de novembro. "A idéia é incorporar as sugestões recebidas", afirmou.

De acordo com a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, no período da consulta pública, que ocorreu de 29 de setembro a 10 de novembro de 2008, o MMA recebeu cerca de 150 contribuições que estão sendo analisadas pela equipe da secretaria e pelo Grupo Executivo sobre Mudança do Clima, responsável pela elaboração do Plano (Decreto 6263/2007).
Os temas que receberam mais contribuições foram os relativos ao setor energético e de florestas. Na área de energia as contribuições foram no sentido de fomentar o aumento da eficiência energética e do uso de fontes renováveis, incluindo o incentivo aos biocombustíveis sustentáveis. Quanto ao florestal, o combate ao desmatamento, a conservação de biomas e o incentivo a florestas plantadas foram os destaques.

Além disso, os setores de resíduos sólidos, industrial (melhoria de processo), de transportes em geral (urbanos e de carga), a busca da agropecuária sustentável, a gestão dos recursos hídricos e o desenvolvimento de instrumentos econômicos também receberam contribuições significativas. O mapeamento de vulnerabilidades e a identificação de impactos, incluindo a saúde pública, as ações de educação ambiental e de capacitação também foram citados.

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Ministros discutem mudanças na legislação ambiental

11/11/2008 - Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, reuniram-se nesta terça-feira (11) no Ministério da Agricultura para discutir mudanças na legislação ambiental.

O governo articula uma revisão nas leis de proteção ambiental para garantir a sua eficácia e ao mesmo tempo atender aos interesses do setor produtivo. A tônica é encontrar soluções que possibilitem o desenvolvimento sustentável. Participou também da reunião o deputado José Sarney Filho (PV/MA), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.

Na reunião ficou acertada a retomada das negociações no âmbito do Grupo de Trabalho Interministerial que acompanha o assunto. A idéia é dar continuidade ao diálogo iniciado no ano passado na expectativa de que se possa avançar nas negociações em bases mais sólidas. Ficou acertado que o foco agora é discutir a questão em nível estritamente técnico, o que pode resultar em propostas de alteração da legislação.

Os membros do GT vão estudar três documentos entregues na reunião e a partir deles formular propostas para uma primeira rodada de discussões, marcada para a próxima terça-feira (18). Ficou acertado que entre os temas prioritários estão as questões da regularização fundiária e a necessidade de realizar o Zoneamento Ecológico-Econômico nos estados.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, essa é a forma de "chegar ao objetivo comum de mais produção com mais proteção". Minc defendeu que o trabalho do GT é para garantir que as áreas de proteção ambiental sejam protegidas "não só no papel, sejam protegidas no terreno". Já Sarney Filho defendeu que "não se pode trabalhar de forma igual realidades regionais tão diferentes", enfatizando a necessidade de diferenciar as propriedades na Amazônia das fazendas já consolidadas no centro-sul do Brasil - como as regiões cafeeiras de Minas Gerais, as frutíferas de Santa Catarina e as plantações de uva no Rio Grande do Sul. A idéia é discutir as questões relativas à Amazônia separadamente para que os demais entendimentos não dependam de decisões que afetem exclusivamente esse bioma.

Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fora da Amazônia, o Brasil tem 70% de sua área apta para produção agrícola. Assim, a utilização das áreas já abertas para produção são suficientes, descartando a possibilidade de desmatamento para expansão de produção. Ele defendeu a atualização da legislação porque a forma do plantio hoje é diferente. "A legislação ambiental foge da realidade e por isso não é cumprida. Temos que fazer algo que realmente seja cumprido", ressaltou Stephanes.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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