17 Nov
2008 - Histórico: As negociações
das Nações Unidas em Poznan, de 1
a 12 de dezembro, são cruciais rumo a um
acordo global justo e ambicioso sobre o clima, previsto
para o final do ano que vem. O mapa do caminho desenhado
em Bali – acordado nas negociações
sobre clima do ano passado – determina que os governos
concluam as negociações na 15ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas em dezembro de 2009, em Copenhagen.
Com apenas um ano até lá, o encontro
de Poznan abordará a visão compartilhada
para ações cooperativas e um texto
de propostas concretas para a negociação
global sobre o clima – sobre a qual os negociadores
trabalharão ao longo do ano. As discussões
são uma grande oportunidade para afunilar
as opções que já estão
em pauta e desenvolver propostas mais promissoras
adiante.
Questões-chave: O ponto
de partida para Poznan difere muito dos encontros
anteriores: há um novo presidente norte-americano
eleito, com uma ambiciosa agenda climática;
diversas economias emergentes estão em processo
sem precedentes de adoção de políticas
de corte de emissões; e a vacilante União
Européia pode retomar sua antiga liderança
nestas questões ao aprovar um revolucionário
pacote de leis em dezembro.“Diante do estimulante
desenvolvimento político em alguns países,
temos razões para esperar um progresso real
em Poznan”, disse Kim Carstensen, líder da
Iniciativa Global para o Clima, da Rede WWF. “É
hora de os dirigentes traduzirem vontade política
em um primeiro texto de negociação
para o novo tratado global do clima”.
Para a secretária-geral
do WWF-Brasil, Denise Hamú, as negociações
de Poznan serão decisivas na construção
de um acordo consistente, ambicioso e justo em Copenhagen,
no ano que vem. “É hora de os países
desenvolvidos e em desenvolvimento se posicionarem
positivamente para, juntos, empreenderem um combate
efetivo às emissões de gases de efeito
estufa. Disto depende, inclusive, o futuro do já
combalido quadro financeiro mundial, não
bastasse a ameaça à própria
existência da vida tal como ela é”,
alertou Denise Hamú.
Ao invés de postergar as
ações contra as mudanças climáticas
em face do temor de recessão, os ministros
de Estado deveriam entrar em acordo sobre medidas
fortes para reduzir as emissões e aumentar
a eficiência energética, incentivando
a indústria e o emprego sustentáveis.
“Uma sociedade de baixa emissão de carbono
e investimentos em energia limpa são parte
da solução tanto para a crise climática
quanto para a crise financeira”, disse Kathrin Gutmann,
coordenadora de Políticas da Iniciativa Global
para o Clima, da Rede WWF. Em Poznan, para prevenir
uma catástrofe climática com intensificação
de eventos extremos como secas e inundações
e furacões, que acentuaria a crise financeira,
devem ser assinados acordos que permitam estancar
e reduzir as emissões bem antes de 2020.
Enquanto mais e mais países
desenvolvidos e em desenvolvimento reconhecem a
necessidade urgente de uma ação decisiva
contra a ameaça climática, o país
anfitrião do encontro, Polônia, tem
se comportado como defensor da indústria
do carvão mineral, o que rende ao país
a reputação de retrógrado no
que tange às negociações sobre
mudanças climáticas. “A Polônia
precisa revisar suas posições retrógradas
e tornar-se um anfitrião confiável,
antes de mais nada, abandonando sua resistência
ao pacote sobre clima e energia da União
Européia.
+ Mais
WWF-Brasil lança publicação
sobre aves migratórias no Pantanal
17 Nov 2008 - A maioria dos brasileiros
conhece ou pelo menos já ouviu falar do tuiuiú,
ave símbolo do Pantanal, muito presente nas
planícies alagáveis e lagoas da região.
Mas certamente pouca gente já ouviu falar
da coscoroba. O tuiuiú e a coscoroba são
algumas das espécies que integram a publicação
Aves Migratórias no Pantanal lançada
pelo WWF-Brasil neste mês de novembro.
Editada pelo WWF-Brasil com o
apoio do WWF-Canadá, a publicação
apresenta uma lista de espécies, com belas
fotos, informações sobre o seu habitat,
ocorrência e características. É
um guia para quem quer conhecer a riqueza das aves
do Pantanal.
A publicação é
o resultado de um estudo denominado Distribuição
de Aves Limícolas Neárticas e outras
Espécies Aquáticas do Pantanal realizado
em 1996 pelos pesquisadores brasileiros Paulo Antas
e Inês Serrano, em parceira com os canadenses
Richard Guy Morrison e R. Ken Ross. Os pesquisadores
fizeram um registro das aves encontradas nas salinas,
alagados, planícies e planaltos do Pantanal.
Entre as espécies estudadas,
está a coscoroba que, embora de nome um pouco
estranho, é uma ave bela e graciosa que em
muito lembra um cisne. Outros pássaros de
nomes curiosos como o trinta-reis-anão, socó-boi,
cabeça seca e curicaca também integram
o guia.
Em razão da importância
do trabalho dos pesquisadores, o WWF-Brasil –instituição
que atua com projetos de conservação
na região desde 1998 por meio do programa
Pantanal para Sempre – decidiu apoiar a sua publicação,
tornando-a acessível ao público.
Uma pausa para o descanso
Também conhecido como Reino
das Águas – com grandes áreas alagadas
durante quase todo o período das chuvas –
o Pantanal possui uma rica biodiversidade de animais
e plantas, sendo 656 só de espécies
de pássaros.
Devido às características
ambientais e localização geográfica,
o Pantanal está na rota de aves migratórias
que encontram na região as condições
ideais para viver e se reproduzir. Por isso, é
um dos melhores lugares para a observação
de pássaros no Brasil.