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ESPECIALISTAS DA CETESB INICIAM INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

14/11/2008 - A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB realizou, em13/1,na cidade de São Paulo, a primeira reunião da Rede Nacional de Inventário de Gases de Efeito Estufa do Setor de Resíduos e Efluentes, com a participação de representantes do Governo Federal e de secretarias estaduais de meio ambiente.

O encontro foi coordenado pelo engenheiro João Wagner Silva, gerente da Divisão de Questões Globais da CETESB, com a participação de Newton Paciornik, coordenador geral de Mudanças Globais de Clima da Secretaria de Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência e Tecnologia, e Sônia Manso, consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

A rede, cuja coordenação coube á CETESB, em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia, tem a finalidade de coletar dados para a elaboração do Relatório de Referência para compor o inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa. As informações a serem levantadas referem-se à população, taxa de geração de resíduos sólidos e efluentes domésticos e industriais, composição desses materiais, informações sobre o gerenciamento, destinação, operação dos sistemas de tratamento, taxa de recuperação de biogás e outras.

No setor de tratamento de resíduos e de efluentes, objeto da reunião realizada pela CETESB, cabe estimar principalmente as emissões de metano, gás carbônico e dióxido de nitrogênio, no período de 11000 a 2005.

A realização do inventário constitui um compromisso assumido pelo país, como signatário da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O primeiro inventário, relativo ao período 11000-94, foi apresentado em 2004, como parte da Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima.

O governo já iniciou o processo de elaboração da Segunda Comunicação Nacional, que constitui um esforço multidisciplinar envolvendo instituições e especialistas de todas as regiões do país. Trata-se de um estudo abrangente, pois são abordadas as emissões dos principais gases de efeito estufa, como o metano, óxidos de nitrogênio, óxidos de carbono e outros, provenientes dos setores energético, industrial, agropecuário, uso da terra e florestas, alem do tratamento de resíduos.

Complementando a primeira reunião, a CETESB realiza nesta sexta-feira, 14/11, às 10 horas, a 1ª Oficina da Rede Nacional de Inventário de Gases de Efeito Estufa do Setor de Resíduos e Efluente, no Auditório do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA, na Avenida Professor Frederico Hermann Jr., 345, Alto dos Pinheiros.
Texto: Newton Miura
Foto: José Jorge

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Seminário internacional debate novos padrões de qualidade do ar em S.Paulo

14/11/2008 - Especialistas dos Estados Unidos e da Europa, em São Paulo, discutem adoção de novos padrões de qualidade do ar.

O seminário internacional “Políticas Públicas e Padrões de Qualidade do Ar na Macrometrópole Paulista”, realizado de 4 a 6 de novembro, na Secretaria Estadual do Meio do Ambiente, em São Paulo, reuniu especialistas do Brasil, Estados Unidos e Europa, além de cerca de 250 pessoas, entre profissionais, estudantes e outros, para discutir padrões e metodologias de medição da qualidade do ar e os efeitos da poluição atmosférica na qualidade de vida da população.

O evento foi realizado em atenção ao Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA que sentiu a necessidade de um debate para a revisão dos padrões de concentração de poluentes atmosféricos. Segundo o secretário-executivo do órgão, Germano Seara, o conselho deve ser o catalisador das demandas da sociedade para questões afetas ao meio ambiente e, por esse motivo, estimulou a realização do seminário pela Secretaria do Meio Ambiente e pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, tendo por premissa “a abordagem participativa e democrática de problemas ambientais e de saúde pública”.

Os padrões em vigor

Os padrões de qualidade do ar, atualmente em vigor no Estado de São Paulo, foram estabelecidos pelo Decreto 8.468, em 1976, e no Brasil pela Resolução CONAMA nº 3, em 11000, com base nos valores adotados pela EPA – Environmental Protection Agency dos Estados Unidos e OMS – Organização Mundial da Saúde.

Nesse período, a União Européia e os Estados Unidos procederam à revisão de suas referências, com a atualização dos valores adotados, assim como a inclusão de novos parâmetros a serem monitorados. Mais recentemente, a OMS revisou e estabeleceu novos valores-guia para os poluentes atmosféricos. Hoje, por exemplo, os níveis máximos recomendados pela OMS para material particulado MP10 é de 20 microgramas por metro cúbico, contra 50 microgramas no Brasil.

Para Maria Helena Martins, gerente da divisão de Tecnologia de Avaliação da Qualidade do Ar da CETESB, o evento teve o compromisso de levar para comunidade a discussão sobre os padrões de qualidade do ar e quais a políticas públicas que devem ser implementadas. Para a especialista o encontro marcou pela participação internacional.“Tal fato é relevante pela visibilidade do debate sobre padrões de qualidade do ar em outros continentes.“- finaliza.

Desta forma, além de promover o debate acerca dos padrões de qualidade do ar para alinhar e aprimorar políticas públicas de meio ambiente e de saúde, o seminário teve também o objetivo de fornecer ao CONSEMA subsídios e propostas para a adoção de novos padrões de qualidade do ar.
Foto: José Jorge

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Especialistas discutem proposta sobre clima para conferência na Polônia

19/11/2008 - O ministro Luiz Alberto Figueiredo Machado, diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, defendeu um esforço global para a redução das emissões de gases de efeito estufa, engajando inclusive os Estados Unidos, que não aderiram ao Protocolo de Kyoto, e criando um sistema de apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento.

Figueiredo participou do Seminário “As negociações sobre o clima na COP-14/MOP-4 e o Brasil”, realizado hoje, 19/11, em São Paulo, onde falou da posição governo brasileiro nas discussões sobre mudanças climáticas e aquecimento global. O evento, organizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade, teve o objetivo de discutir as implicações para o Brasil da 14ª Conferência das Partes – COP e do 4º Encontro das Partes – MOP, do Protocolo de Kyoto, programado para o período de 1º a 12 de dezembro próximo em Póznan, na Polônia.

A grande expectativa em relação à COP-14 reside no que será discutido em Copenhage, na Dinamarca, em 2009, para a segunda fase do Protocolo de Kyoto, estabelecendo novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa. Para Fernando Rei, presidente da CETESB, essa expectativa se exacerba com o novo cenário estabelecido pela crise econômica mundial, somado com a eventual mudança de postura dos Estados Unidos em decorrência da eleição de Barack Obama e a ascensão da China no cenário político e econômico.

O representante do Ministério das Relações Exteriores informou que foi discutido em Bali, na Indonésia, em abril de 2007, um acordo para a redução das emissões dos países em desenvolvimento, inserido nas políticas nacionais, com um pacote de apoio financeiro e tecnológico por parte dos países desenvolvidos. “O Brasil espera conseguir, em Copenhage, um tratamento diferenciado para as áreas de florestas, onde se concentra grande parte das emissões do país”, disse. No entanto, as metas de redução global entre 25% e 40% previstas para 2020 não ficaram claras, adiando para 2050 a fixação de metas efetivas.

José Dominguez Miguez, da Comissão Interministerial sobre Mudanças Climáticas do Ministério da Ciência e Tecnologia, minimizou o problema das emissões ressaltando o efeito cumulativo dos gases de efeito estufa ao longo dos últimos séculos, responsabilizando especialmente os Estados Unidos que são o maior emissor mundial e a Grã-Bretanha onde se iniciou a revolução industrial, com o uso intensivo de carvão mineral.

O seminário, coordenado por Fábio Feldmann, secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade, contou ainda com a participação, como debatedores, de Alfredo Joli, da Universidade de Campinas - Unicamp, Marcelo Furtado, do Greenpeace, Rubens Born, do Vitae Civillis, e Laura Valente, do ICLEI – Conselho Internacional para as Iniciativas Ambientais Locais, além de Newton Paciornik, da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência e Tecnologia, que fez uma exposição sobre o inventário das emissões de gases de efeito estufa que está sendo produzido pelo governo brasileiro, para atender demanda da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Os debatedores foram unânimes em condenar a postura do governo. Alfredo Joli enfatizou a ausência de metas precisas de redução das emissões, especialmente em relação às decorrentes dos desmatamentos. “Não precisamos diminuir a atividade econômica para reduzir as emissões na Amazônia”, disse.

Outro ponto foi a falta de empenho em ocupar o espaço nas negociações com os setores produtivos. Fernando Rei insistiu em que os ministérios das áreas da agricultura, transportes e outras devem ser envolvidos nas discussões, para a formulação de uma proposta que eleve o país a uma posição de liderança nas negociações globais.

Outros pontos apontados foram a incoerência na aplicação de recursos apoiando a indústria automobilística em detrimento ao estímulo ao transporte ferroviário e a insistência do Ministério da Agricultura em alterar o Código Florestal e do Ministério das Minas e Energia em expandir a utilização do carvão e da energia nuclear.
Texto: Newton Miura
Foto: Pedro Calado

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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