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ESPÉCIE RARA DE PÁSSARO É FOTOGRAFADA NO RS

Panorama Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Novembro de 2008

(20/11/2008) Uma imagem rara de um dos pássaros mais tímidos e esquivos da Mata Atlântica, o macuquinho-pintado, acaba de ser captada no Rio Grande do Sul. O flagrante foi feito no último dia 14 de novembro pelo ornitólogo Glayson Bencke, do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, e pelo fotógrafo da natureza Adriano Becker, no município de Rolante.

O pequeno pássaro, que lembra uma corruíra, pesa apenas 11 gramas e vive escondido em meio a densos emaranhados de bambus, cipós e trepadeiras no interior ou à beira de florestas e capoeiras, onde é extremamente difícil de ser observado. “Foi preciso imitar o canto da ave por quase uma hora até ela se mostrar por inteiro para ser fotografada”, relata Glayson

Segundo Adriano, essa é uma das poucas vezes em que a espécie foi fotografada na natureza, talvez a terceira. Não há registro de fotos do macuquinho-pintado, por exemplo, no VIREO (sigla para Visual Resources for Ornithology), o maior banco de imagens de aves do mundo, mantido pela Academy of Natural Sciences da Filadélfia. Nesse banco de imagens estão representadas mais de 70% das quase 10.000 espécies existentes.

Saiba mais sobre a espécie

O macuquinho-pintado é endêmico da porção sul da Mata Atlântica, ocorrendo do leste de Minas Gerais e região serrana do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul e extremo nordeste da Argentina. Embora seja conhecido pelos cientistas desde o início do século dezenove, foi descoberto no Rio Grande do Sul somente em 1995, durante o estudo de impacto ambiental da rodovia Rota do Sol (RS 486), que cruza a Mata Atlântica no nordeste do Estado.

A ave pertence a uma discreta família de pássaros de nome complicado (Rhinocryptidae), com cerca de 56 espécies. O nome é uma alusão à presença de uma pequena membrana recobrindo as narinas. A família é quase que exclusivamente sul-americana e atinge maior diversificação nos Andes e na Mata Atlântica. Os rinocriptídeos formam um ramo relativamente antigo dentro da ordem Passeriformes, o grupo dominante entre as aves, que congrega mais de 50% das espécies atuais e inclui as aves popularmente conhecidas como “passarinhos”.

Recentes análises morfológicas, genéticas e das vocalizações dos rinocriptídeos têm revelado uma diversidade de espécies antes insuspeitada. Como resultado desses estudos, duas outras espécies da família que ocorrem no Rio Grande do Sul foram reconhecidas pelos cientistas somente na última década. São elas o macuquinho-do-brejo, que ocorre em banhados do litoral e do planalto, e o tapaculo-ferreirinho, típico das matas da Serra do Sudeste e do vale do rio Pelotas/Uruguai.

“Essas e muitas outras aves que habitam o Rio Grande do Sul são desconhecidas do público em geral, mas atraem observadores de pássaros de outros países que vêm até aqui somente para vê-las”, complementa Glayson. Pensando nisso, os parceiros neste novo registro estão em busca de patrocinadores para a preparação do primeiro guia de identificação ilustrado das aves do Estado, com fotos de todas as espécies.

Conservacionistas fazem um alerta

O macuquinho-pintado é considerado ameaçado de extinção no Rio Grande do Sul (Decreto Estadual 41.672, de 11/6/2002), principalmente pela sua raridade e por apresentar densidade populacional aparentemente muito baixa, o que o torna particularmente vulnerável à fragmentação do hábitat. Os conservacionistas temem que novos desmatamentos para a construção de estradas e a expansão de áreas agrícolas acabem isolando os indivíduos da espécie, que assim teriam dificuldades para acasalar. “O local exato onde a espécie foi registrada pela primeira vez no Rio Grande do Sul foi destruído para a construção da Rota do Sol, mas o macuquinho-pintado também foi encontrado em alguns outros pontos do vale do rio Três Forquilhas e também no Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata, uma reserva privada da PUCRS em São Francisco de Paula”, afirma Glayson. O registro em Rolante é o mais ao sul de que se tem notícia e mostra que a espécie ocorre um pouco além dos limites antes reconhecidos, o que é uma boa notícia.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 51. 3336 3281/3320 2081, ou pelos emails gabencke@fzb.rs.gov.br; comunica@fzb.rs.gov.br.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da FZB/RS

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Termo de cooperação garante limpeza de 3,5 quilômetros do Rio Gravataí

(21/11/2008) No primeiro bimestre de 2009 começam as obras de desassoreamento (limpeza e desobstrução) de 3,5 quilômetros do canal de navegação Rio Gravataí e dos acessos a seis terminais privados: Petrobras, Yara, Oleoplan, Bunge, Merlin e Tergrasa. Foi assinado nesta sexta-feira (21), na sede da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), termo de cooperação envolvendo a Superintendência de Portos e Hidrovias e Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP). O investimento está orçado em R$ 2 milhões e o prazo previsto de conclusão é para janeiro de 2010.

Nessa parceria, caberá à SPH o desassoreamento. Quando for encerrada, a remoção dos detritos permitirá a navegação de navios com capacidade para 5 mil toneladas. Atualmente as embarcações navegam pelo trecho com apenas 60% do seu potencial de carga. Conforme o diretor superintendente da SPH, Gilberto Teixeira Cunha, ao final do desassoreamento, o calado voltará a ter de 4,5 a 5 metros de profundidade - hoje está com 2,5 metros, em média. "A obra evitará o risco de acidentes ambientais no Gravataí", disse a diretora-presidente da Fepam, Ana Maria Pellini .

O presidente da ABPT, Wilen Manteli, disse que são movimentadas, aproximadamente, 2 milhões de toneladas/ano de cargas no trecho a ser desobstruído. Basicamente, o transporte envolve combustíveis, fertilizantes e soja. Mas há a possibilidade de encalhe de navios caso os limites de peso não sejam rigorosamente observados. Na pior das situações, a colisão do casco no leito do rio pode levar ao vazamento da carga no Gravataí, explica a diretora-presidente da Fepam. "Às empresas, o desassoreamento trará mais competitividade e menores custos. É um investimento fundamental", acrescentou Manteli.

O trecho do desassoreamento fica compreendido entre a contribuição do Arroio das Garças e a ponte sobre a BR-116, no Arroio das Garças e no Canal Humaitá. "O termo firmado hoje é o marco de uma ação de governo para a ampliação do uso das hidrovias no Rio Grande do Sul", afirmou Teixeira da Cunha. "Estamos dando maior sustentabilidade ambiental ao rio Gravataí", assinalou Ana Pellini. Até o próximo dia 15, a ABTP planeja começar as obras de construção necessárias para a deposição do material dragado, depois da formalização das Licenças Prévias e autorizações de operação das dragas.
Fonte: Imprensa do Palácio Piratini

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Consema aprova aplicação de recursos do Fundo de Meio Ambiente

(20/11/2008) Está aprovado o plano de investimentos do Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA) para 2009, com valor previsto de aproximadamente R$ 1,5 milhão, a fim de aplicação em unidades de conservação, educação ambiental, controle e fiscalização ambiental, desenvolvimento institucional, pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A deliberação ocorreu na tarde desta quinta-feira (20) em reunião ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).

Os conselheiros também aprovaram os processos para a qualificação ao licenciamento ambiental local dos municípios de Nova Candelária (região noroeste, 2.739 habitantes, 96,77Km² de área) e União da Serra (região serra do nordeste, 1.908 habitantes, 131,45Km² de área). Agora, o Estado passa a ter 210 municípios aptos a emitirem licenças ambientais para atividades e empreendimentos com geração de impacto local ao meio ambiente.

A reunião ainda contou com a explanação do diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Rafael Ferreira, sobre o custo operacional anual com demandas provenientes do Ministério Público Estadual. Entre as solicitações feitas pelo MP estão vistoria para constatação e caracterização de danos ambientais tipificados como crime; recebimento, análise, vistoria e aprovação de projetos de recuperação de áreas degradadas com emissão de pareceres e laudos técnicos; e termo de cumprimento de recuperação de área degradada.

Conforme Rafael Ferreira, levantamento feito entre julho de 2007 e julho de 2008 nas 27 Agências Florestais que o Defap mantém no interior do Estado, foram recebidos 2.922 processos do MP, assinalando uma média de 243 processos/mês. Do total no período, foram atendidos 2.582 processos. Ferreira destacou que na Agência de Santa Rosa foram protocoladas 1.024 solicitações do MP, com atendimento de 87% delas, totalizando 897 processos, e na Agência de Passo Fundo foram 464 atendimentos para 491 processos, o que perfaz 94% de acolhida. Ressalta-se que as Agências Florestais são regionais. O diretor do Defap ainda apresentou uma estimativa de custos para o atendimento das demandas do MP, sendo que de julho/2007 a julho/2008 o valor ficou em
R$ 2,236 milhões. “O custo estimado para uma vistoria é de R$ 866,11 considerando diária do servidor para a saída a campo, encargos sociais, dia trabalhado no próprio processo e despesa com veículo”, afirmou Ferreira.

Outro tema tratado na reunião foi a matriz energética do Estado, com a participação do coordenador técnico da Secretaria de Infra-estrutura e Logística, Edmundo Fernandes. Conforme dados apresentados por ele, a produção de energia elétrica no RS em 2007 esteve assim constituída: hidráulica – 6.048 GWh, eólica – 407 GWh, térmica a gás – 964 WGh e térmica convencional – 1.618 GWh.

Fernandes comentou que, no ano passado, foi criado o Comitê Estadual de Energia Elétrica para tratar de forma coordenada das questões relacionadas à energia do Rio Grande do Sul e estabelecer políticas públicas para o setor.

A última reunião do Consema neste ano será em 19 de dezembro.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli

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Fiscalização na Mata Atlântica resulta em detenção

(19/11/2008) Fiscalização realizada nesta terça-feira (18) dentro das atividades do Programa Operacional de Controle (POC) do Projeto de Conservação da Mata Atlântica resultou na detenção de um caçador no município de Itati.

Um guarda-parque da Área de Proteção Ambiental Rota do Sol, acompanhado de policiais do Pelotão Ambiental de Torres, realizava fiscalização na unidade de conservação e recebeu denúncia de caça ilegal. Em uma tenda, às margens da rodovia Rota do Sol, foram encontradas acondicionadas em um freezer as carnes de um tatu e de três ratões-do-banhado. No local, ainda foram apreendidos sete vidros com cobras e aranhas conservadas em álcool.

O policial ambiental deteve o caçador e o conduziu à delegacia de polícia, onde prestou esclarecimentos e foi liberado. Será instaurado inquérito e encaminhado ao Ministério Público para a responsabilização do crime ambiental.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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