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ESTADOS E MUNICÍPIOS DEVEM AJUDAR A IMPLEMENTAR LEI DA MATA ATLÂNTICA, DIZ MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

21 de Novembro de 2008 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (21), durante a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica, que é preciso incorporar estados e municípios na execução e fiscalização da norma.

Segundo ele, os novos empreendimentos a serem construídos em áreas da Mata Atlântica deverão cumprir o que está na lei, mas aqueles que já estiverem legalizados serão anistiados.

Minc reforçou que o decreto prevê a permissão de utilização das áreas pelos pequenos produtores desde que seja feito o manejo. “Pode mexer na área desde que seja [de forma] sustentável. A Mata Atlântica não é contemplativa, é defesa da vida, das águas e das espécies”.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que também participou do ato, disse que a regulamentação é bem-vinda porque defende a idéia de “produzir protegendo e proteger produzindo”. Stephanes tornou a dizer que não é preciso derrubar mais árvores para aumentar a produção de alimentos no Brasil..

“Temos que canalizar e olhar melhor as áreas já consolidadas que hoje estão sob uma legislação única que protege os biomas, que temos que proteger, mas que acaba prejudicando a produção já consolidada. Esse equilíbrio é que nós temos que encontrar. Tudo isso é possível e estamos caminhando nesse sentido”, afirmou o ministro.

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Lula quer parceria de prefeitos na preservação do meio ambiente

21 de Novembro de 2008 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje (21) o envolvimento dos prefeitos na preservação ambiental ao discursar na cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica.

Lula disse que é preciso envolver os prefeitos para que eles sejam co-responsáveis no respeito à legislação em vigor. Para o presidente, é necessário “fazer da preservação ambiental uma atividade do prefeito e do poder local, ou a gente vai ficar correndo atrás”.

Ele disse que antes da próxima Marcha dos Prefeitos, evento anual em que os representantes dos municípios vêm a Brasília para entregar um documento com reivindicações ao presidente da República, irá encaminhar a eles a sua lista de reivindicações. No documento, estará presente a questão ambiental.

Segundo Lula, não se pode creditar apenas às estruturas do Estado a responsabilidade sobre a preservação ambiental. “A preservação ambiental não é uma obrigação do Ministério do Meio Ambiente, dos ambientalistas, tem que ser uma política nacional em que os 190 milhões de brasileiros estejam engajados” disse.

Ao lado dos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, o presidente disse que é preciso implantar “uma nova dinâmica” para a preservação do meio ambiente e destacou a importância da questão para o comércio brasileiro.

“Precisamos agir com mais rapidez e mais força agora porque a questão ambiental passa a se tornar uma vantagem comparativa para o Brasil que quer aumentar suas exportações.”

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Governo do Rio certifica primeiras reservas ambientais particulares do estado

14 de Novembro de 2008 - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O governo do Rio certificou hoje (14) as 18 primeiras reservas particulares do patrimônio natural (RPPN) estaduais, que serão somadas às 45 reservas particulares federais já existentes. Mais de 690 hectares de Mata Atlântica serão protegidos nos municípios fluminenses de Silva Jardim, Piraí, Seropédica, Rio Claro, Saquarema, Magé, Nova Friburgo e Resende.

O maior número de certificações – oito – foi dado ao município de Silva Jardim.

As RPPN são unidades de conservação ambiental criadas em terras privadas, administradas pelos proprietários, mas que são supervisionadas pelos órgãos ambientais. Seus donos não pagam o Imposto Territorial Rural (ITR), têm acesso a fundos de apoio à implantação e gestão e recebem a ajuda de instituições de conservação e pesquisa. As reservas podem desenvolver atividades de educação ambiental e de ecoturismo.

O presidente do Instituto Estadual de Florestas, André Ilha, classifica de nobre o gesto das pessoas que reservam parte de suas terras para a preservação ambiental. Segundo ele, a rapidez no processo de certificação é o maior incentivo que o estado tem dado aos interessados em fundar reservas particulares.

“Em um curto período, conseguimos dar saída a 18 pedidos de certificação. Essa celeridade no processo é o maior estímulo. Prova disso é que já apareceram muitos pedidos em outros pontos do estado. Algumas áreas, inclusive, são de grande extensão”, afirmou André Ilha.

Devido à extensão do território nacional e a algumas dificuldades internas, o processo de certificação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) era muito lento, demorando de um a dois anos. Isso desestimulava as pessoas que optavam pela transformação de suas terras em reservas ambientais particulares.

A meta do Instituto Estadual de Florestas é de, em cinco anos, certificar reservas particulares que protejam uma área superior a 5 mil hectares. As RPPN contribuem na conservação de nascentes e cursos d’água, na contenção da erosão em morros e encostas, além de colaborar com o controle climático e com a diminuição da poluição atmosférica.

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Conservação da Mata Atlântica será tema de debates no Rio durante a semana

16 de Novembro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A discussão de estratégias para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica é um dos objetivos da Semana Nacional da Mata Atlântica, que começa amanhã (17), no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O evento é promovido pela Rede de Organizações Não-Governamentais da Mata Atlântica (RMA) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. A rede congrega mais de 280 ONGs em 16 estados brasileiros que têm Mata Atlântica, à exceção do Piauí.

Serão abordadas as ações governamentais e da sociedade civil para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica, além das políticas fluminenses no setor e a atuação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com o mesmo objetivo.

A coordenadora geral da Rede, Elizete Siqueira, disse na última semana à Agência Brasil que o grande desafio a ser vencido é conter a degradação. "Temos muito pouco de mata hoje”. Considerando a mata mais primitiva, o Brasil dispõe atualmente apenas de 7,26% da cobertura original de Mata Atlântica. Levando em conta as florestas em outros estágios, que estão em crescimento, os números sobem para 23%.

“Nosso desafio é manter isso e aumentar a criação de unidades de conservação”.

Hoje, existem unidades de conservação em apenas 3,5% da área de Mata Atlântica. O governo brasileiro já assumiu o compromisso, na Convenção da Biodiversidade, de elevar esse número para 10%. Elizete Siqueira destacou a necessidade de unidades de conservação não só públicas, mas também privadas. Para ela, a criação de reservas naturais privadas é interessante porque o governo não precisa gastar e a preservação está garantida para sempre. "É uma forma de conservação que está crescendo muito no Brasil todo”.
Elizete esclareceu que, nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs), o objetivo não é só a proteção da biodiversidade, mas qualidade de vida. Segundo ela, o grande desafio do Brasil vai ser restaurar a parte da floresta que já foi degradada. A meta é daqui a 20 anos chegar com 30% da Mata Atlântica restaurada.

“Na verdade, isso não é uma coisa só de governo. É da sociedade como um todo, das empresas, do pequeno e do grande produtor rural e, inclusive, dos municípios, porque existem hoje muitas áreas urbanas que são importantes para a conservação da biodiversidade”.

O que se pretende é garantir a sobrevivência das espécies, tanto da flora como da fauna, que vivem no interior dessas florestas. “O que a gente quer na restauração é dar prioridade às Áreas de Preservação Permanente (APPs) e reservas legais, porque essa é uma forma que a lei determina de garantir a conservação”. Cada produtor rural tem que ter 20% de reserva legal e um percentual de áreas registrado como APPs, informou Siqueira.

Outro desafio é a maneira de estimular atividades sustentáveis nas áreas onde ainda há reserva de Mata Atlântica nativa ou em crescimento. A coordenadora da RMA esclareceu que isso se aplica aos povos tradicionais, como caiçaras, quilombolas, pescadores, indígenas, que são populações que têm forte relação com a natureza e precisam tirar renda do meio ambiente. O problema está sendo trabalhado em conjunto com os programas Economia Solidária e de segurança alimentar.

A Semana Nacional da Mata Atlântica será aberta amanhã, às 9 horas, pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. No dia 20, está prevista reunião do Conselho da Reserva da Biosfera.

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Lula deve assinar decreto da Mata Atlântica amanhã, diz Minc

17 de Novembro de 2008 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou hoje (17), que o decreto da Mata Atlântica, antiga reivindicação dos ambientalistas brasileiros, deve ser assinado amanhã (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Lei da Mata Atlântica foi aprovada pelo Congresso Nacional, em fevereiro de 2006 mas até hoje não foi regulamentada e segundo o setor ambientalista o atraso dificulta a implementação de medidas para recuperação do bioma e facilita o avanço da devastação da Mata.

Para Minc, com a assinatura do documento a Mata Atlântica terá um grande instrumento de defesa. “O decreto dá vida à lei da Mata Atlântica, protege o que restou, amplia e cria corredores florestais. É um instrumento essencial que levou quinze anos para ser feito e já tinha dois anos sem o decreto. Então não dava para fazer com que a lei fosse cumprida”, afirmou o ministro, durante a abertura da Semana Nacional da Mata Atlântica, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

A notícia foi comemorada com ressalvas por alguns especialista do setor. O presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Ferreira Lino, demonstrou insatisfação pelo fato do decreto finalizado não haver sido apresentado aos movimentos e ONGs ambientalistas antes de ser enviado para aprovação.

“Depois do decreto inconstitucional e mal feito que permite a destruição das nossas cavernas (Decreto nº 6640 de 7 de novembro de 2008), vemos com certa desconfiança este novo decreto. Esperamos que não sejamos surpreendidos de forma negativa”, disse Lino.

Segundo ele, caso não haja surpresas, a regulamentação da lei, que teve a contribuição de organizações e movimentos ambientalistas para sua elaboração, será um grande avanço e possibilitará a criação de novas unidades de conservação e adoção de diversas formas de intervenção para a preservação e recuperação do bioma.

De sua área original - cerca de 1,35 milhão de quilômetros quadrados segundo os limites estimados para o bioma a partir do Decreto Federal 1000/93 e do Mapa de Vegetação do Brasil do IBGE de 1993 -, apenas 7% da Mata Atlântica estão preservados em pequenas porções distribuídas ao longo de 17 estados do país. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o bioma já chegou a ocupar cerca de 15% do território nacional e hoje cobre cerca de 1% da extensão do país.

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Protestos e aplausos marcam abertura da Semana Nacional da Mata Atlântica

17 de Novembro de 2008 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O clima de protesto, embora pacífico e respeitoso, estava latente durante a solenidade que abriu a Semana Nacional da Mata Atlântica, hoje (17), no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. “Lula, Dilma e Minc aprovaram decreto para destruir as cavernas brasileiras”, estampavam os cartazes expostos no auditório, em referência ao polêmico Decreto nº 6640, de 7 de novembro de 2008.

Entre autoridades, como o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, Roberto Messias Franco, estava a representante da Rede de Ongs da Mata Atlântica, Elizete Sherring Siqueira, que começou seu discurso com reivindicações e reclamações pela falta de iniciativas mais enérgicas no combate ao desmatamento da Mata Atlântica.

Enquanto isso, cerca de 50 representantes aglomeraram-se na primeira fileira do teatro vestindo coletes de papel (em clara alusão ao ministro Minc, adepto de coletes), onde se liam reivindicações e palavras de ordem como “Fundo da Mata Atlântica Já” e “Pela Reforma democrática e paritária do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente)”.

Bem-humorado, Minc vestiu um dos coletes oferecido pela representante da Rede de Ongs e foi aplaudido várias vezes ao anunciar avanços e iniciativas futuras como a assinatura do Decreto da Mata Atlântica prevista para amanhã (18) e a criação da Reserva Extrativista de Caçurubá, Bahia, importante reserva de Mata Atlântica e uma das principais das redes de ongs desse bioma.

“Parte do acordo que fizemos com o governador da Bahia, Jaques Wagner, é incluir Caçurubá nos 44 planos de manejo lançados na semana passada. Estamos aguardando ele voltar do exterior e a previsão é de que o decreto saia assim que ele voltar”, informou Minc.

O ministro admitiu que são muitas as pressões são muitas de setores do governo federal, governos estaduais e de grandes empresas privadas, mas que a defesa e proteção da Mata Atlântica é prioridade do ministério do Meio Ambiente, que já está implementando uma série de iniciativas de criação de unidades de preservação e parcerias com pesquisadores e com governos estaduais, como a criação da reserva de Caçurubá e a ampliação da Reserva Pau Brasil, ambas na Bahia.

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Decreto que regulamenta Lei da Mata Atlântica deve ser assinado sexta-feira, diz Minc

18 de Novembro de 2008 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (18) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar o decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica na sexta-feira (20).

Embora houvesse a expectativa de que o documento fosse assinado hoje, o ato foi adiado para o fim da semana. Segundo Minc, o texto está pronto, porém, o presidente preferiu assinar o decreto em São Paulo, numa cerimônia pública com a participação de ambientalistas.

A Lei da Mata Atlântica demorou 15 anos para ser aprovada pelo Congresso Nacional, o que ocorreu em fevereiro de 2006. Porém, até agora a lei não foi regulamentada e, segundo o setor ambientalista, o atraso dificulta a implementação de medidas para recuperação do bioma e facilita o avanço da devastação.

Da área original – cerca de 1,35 milhão de quilômetros quadrados segundo os limites estimados para o bioma a partir do Decreto Federal 1000/93 e do Mapa de Vegetação do Brasil do IBGE de 1993 –, apenas 7% de mata estão preservados em pequenas porções distribuídas ao longo de 17 estados do país.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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