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FEAM DIVULGA 1º INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DE MINAS GERAIS

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Novembro de 2008

21 de novembro de 2008 - Minas Gerais é um Estado pioneiro na inserção da variável ambiental na formulação de suas políticas públicas. Na próxima semana, mais um importante passo será dado para manter o Estado na vanguarda da questão ambiental. O Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), por meio da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), irá divulgar os resultados do 1º Inventário Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) de Minas Gerais em evento na próxima terça-feira, 25, às 16h30, no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Na execução do estudo foram considerados os principais gases causadores do efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Foram calculadas as emissões das principais atividades econômicas do Estado: os setores de energia; processos industriais e uso de produtos; agricultura, florestas e outros usos do solo; e resíduos.

Tendo como base o ano de 2005, o estudo fornece informações para elaboração de cenários de curto e médio prazos relativos às emissões de GEEs que, juntamente com outros elementos de decisão, subsidiarão a proposição da Política Estadual de Mudanças Climáticas, em articulação com a Nacional e outras políticas públicas relacionadas. O prognóstico também servirá para estimular a adoção de práticas e tecnologias mitigadoras das emissões dos referidos gases.

Em 2005, as atividades no Estado foram responsáveis pela liberação para a atmosfera de mais de 100 milhões de toneladas de GEEs. Esse número é devido, principalmente, ao setor industrial, à pecuária e a variações na cobertura vegetal.

A realização deste inventário estadual de emissões de GEE é um marco institucional muito importante, pois contribui para que o Brasil cumpra seus compromissos como Parte da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (CQNUMC), reforçando a posição de destaque que o país tem nas negociações internacionais sobre as mudanças climáticas globais. O inventário de Minas foi elaborado a partir da metodologia do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (Guia IPCC-2006).

Iniciado em janeiro de 2008, o documento foi elaborado pela Feam com interveniência do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e consultoria do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas - CENTRO CLIMA/COPPE, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como parte do contrato entre a Feam e a COPPE, foi ministrado pelo CENTRO CLIMA treinamento na metodologia de elaboração de inventário com a transferência de conhecimento para os técnicos do Sisema. A partir dessa capacitação, os técnicos estão aptos a dar continuidade aos trabalhos que serão desenvolvidos após a conclusão do inventário.

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Parque Lapa Grande recebe investimentos para regularização fundiária

18 de novembro de 2008 - Localizado no perímetro urbano de Montes Claros, Região Norte de Minas Gerais, o Parque Estadual Lapa Grande é um patrimônio natural e arqueológico do Estado. Com cerca de 60 grutas de especial valor espeleológico, entre elas a Lapa Grande, que dá nome a Unidade de Conservação (UC), e nascentes que abastecem cerca de 40% da população do município, o Parque é uma das prioridades de investimentos do Sistema Estadual de Meio Ambiente.

De acordo com dados do Instituto Estadual de Florestas (IEF), responsável pela administração da UC, 3,7 mil hectares já estão comprados pelo Estado, o que corresponde a cerca 50% do Parque, que possui 7,5 mil hectares. O montante investido na regularização fundiária foi de R$ 8,5 milhões.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, destaca que a principal aquisição foi a fazenda Lapa Grande, que será a sede administrativa da UC. “Já estão garantidos para 2009 recursos para aquisição do restante das áreas, reforma da sede e construção das demais infra-estruturas necessárias à administração do Parque. Nossa meta é que no meio do ano que vem o Lapa Grande seja aberto à visitação pública”, informou.

O Parque está inserido na região de ocorrência de Cerrado, ecossistema predominante em Minas Gerais. A criação do Parque Estadual teve como objetivos proteger e conservar o complexo de grutas e abrigos da Lapa Grande. “A unidade é de grande importância estratégica para a região Norte de Minas”, declarou Carvalho. A administração é feita em conjunto com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), como já ocorre no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Norte de Minas - O Norte do Estado é uma região com significativa cobertura vegetal natural e diversidade biológica. A região abriga importantes biomas mineiros, como o Cerrado, a Caatinga e a Mata Seca. Dentre as UCs estaduais localizadas na região destacam-se os Parques Estaduais Lagoa do Cajueiro, Verde Grande, Mata Seca, Grão Mogol, Serra Nova, Serra das Araras, Caminho dos Gerais, Veredas do Peruaçu e Montezuma, com cerca de 320 mil hectares protegidos.

A fauna do Norte é bastante rica, com destaque para a ocorrência de lobos-guará, cotias, jaguatiricas, ariranhas, antas, mico-estrela e veados-campeiros. Também são encontradas onças-pardas, tamanduás-bandeira, caititus, tatus, pacas, jacarés, jararacas, cascavéis e sucuris, entre outras espécies. Os investimentos nessas UCs nos últimos dois anos já ultrapassam R$ 50 milhões.

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Alto São Francisco discute a gestão das águas em Minas

20 de novembro de 2008 - Cerca de 100 pessoas participaram nessa quarta-feira (19/11), em Divinópolis, do primeiro ciclo de consultas públicas do Plano Estadual de Recursos Hídricos, que está sendo elaborado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). No encontro, representantes de instituições púbicas e privadas e a comunidade discutiram os principais problemas ambientais da região do Alto São Francisco e as ações estratégicas para a gestão das águas em Minas.

De acordo com os participantes, a região deve priorizar investimentos em tratamento de esgoto, destinação adequada de resíduos sólidos, recuperação de áreas degradadas, monitoramento das águas subterrâneas, além de integrar os municípios no gerenciamento das águas. "É preciso implantar pagamentos por serviços ambientais para beneficiar agricultores que desenvolvem ações conservacionistas", destacou o engenheiro agrônomo Abílio Antunes. "Precisamos de orientações técnicas, diretrizes e incentivos para contribuir com a preservação ambiental", complementou o produtor rural Messias Nazareno Peixoto.

A primeira secretária do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Pará, Regina Greco, informou que o CBH realizou em 2006 o cadastro de usuários de água na região. "Contabilizamos 28.292 cadastros de usos da água e identificamos que algumas áreas da bacia já não têm mais disponibilidade de água para o consumo", alertou. Segundo Regina, o Comitê, por meio de parcerias, está desenvolvendo uma série de ações para ampliar a oferta de água na região, como a construção de cacimbas, a recuperação de estradas rurais e de áreas degradadas.

O coordenador do Plano, Fernando Rodriguez, destacou a importância da ampla participação da sociedade na construção do Plano, que tem o objetivo de assegurar o monitoramento, a proteção e a recuperação das águas no Estado. "Nós temos que propor programas, metas e ações estratégicas em conjunto com a sociedade", ressaltou. "As metas podem ser ousadas, mas têm que possuir uma identidade e uma conexão com a realidade, por isso, vamos construir um produto tecnicamente correto, socialmente consensuado e politicamente viável", complementou.

As consultas públicas começaram no dia 18 de novembro e acontecem até o dia 10 de dezembro em nove regiões de Minas. No primeiro semestre de 2009 será realizada a segunda etapa das consultas, quando serão discutidas as propostas de diretrizes e programas do Plano e o planejamento estratégico. A última rodada das reuniões acontece no segundo semestre de 2009, quando será apresentada a versão consolidada do Plano Estadual de Recursos Hídricos.

Alto São Francisco - A região do Alto São Francisco tem uma área total de 34.031,82 Km2 e abriga 55 municípios, entre eles Divinópolis, Pará de Minas e Piumhí. Na região, que conta com cerca de 970 mil habitantes, destacam-se as atividades agrossilvipastoris, industriais e a mineração de não-metálicos. Os principais cursos de água da região, além do São Francisco, são os rios Pará, Indaiá, Abaeté e Lambari.

O município de Divinópolis está situado na bacia do rio Pará, que tem uma área de 12.300 km2 e abriga mais 34 municípios. O rio Pará nasce em Resende Costa, na região Central de Minas, e após percorrer 335 km deságua no rio São Francisco, na divisa dos municípios de Pompéu e Martinho Campos. Os principais afluentes do rio Pará são os rios São João e Peixe e Ribeirões do Pari e Paciência, à margem direita, e Itapecerica, Lambari, Picão e Ribeirão Capivari, à margem esquerda.

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Estratégias de gestão são discutidas em Consulta Pública na região do Triângulo

20 de novembro de 2008 - O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) promoveu, no último dia 18, em Uberlândia, a primeira consulta publica do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH). Representantes da sociedade civil e do poder público da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba participaram do evento, que discutiu a Política de Recursos Hídricos, os problemas ambientais do Estado, os conflitos no uso da água e os instrumentos de gestão existentes.

No encontro, os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBHs), sindicatos rurais, empresas, estudantes, especialistas em recursos hídricos e representantes do poder público conheceram os fundamentos e objetivos do Plano Estadual de Recursos Hídricos, que está sendo desenvolvido para estabelecer estratégias e diretrizes para o gerenciamento das águas no Estado. "Esse Plano deve ser politicamente avaliado, socialmente consensuado e tecnicamente correto. Para conseguir isso, informação, participação e avaliação são princípios fundamentais", explicou Mario Vilela, um dos coordenadores do Consórcio Holos-Fahma-Delgitec, contratado pelo Igam para a elaboração do Plano.

Segundo o vice-diretor geral do Instituto, Geraldo Santos, as consultas públicas são uma oportunidade para a população debater e apontar os problemas relacionados à água em sua região, bem como sugerir estratégias para uma gestão integrada e sustentável deste recurso. "Precisamos da contribuição de todos para que o Plano Estadual pense na amplitude da bacia", afirmou.

Com estágios diferenciados de organização, a região do Triângulo conta com quatro comitês: CBH dos Afluentes Mineiros do Alto Paranaíba, CBH do Rio Araguari, CBH dos Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba e CBH dos Afluentes Mineiros do Rio Grande. Para o presidente do CBH do Rio Araguari, Wilson Shimizu, os Comitês de Bacia Hidrográfica têm um papel fundamental no debate sobre o gerenciamento da água nas bacias hidrográficas. "Quando se fala em gestão de recursos hídricos, o Comitê é uma instância privilegiada. Nele a discussão sobre a situação das bacias acontece naturalmente", observou.

O Superintendente Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Supram Triângulo, Helder Naves, ressaltou o envolvimento e a participação da sociedade local nas discussões sobre recursos hídricos, lembrando que na região já existem conflitos no uso da água. "Temos uma atividade agrícola intensa, mas o avanço da cana-de-açúcar e do garimpo já nos preocupa", explicou. O Superintendente espera que o Plano Estadual apresente diretrizes para a solução desses problemas.

PERH - Em conjunto com a outorga, a fiscalização e a cobrança pelo uso da água, o Plano Estadual de Recursos Hídricos é um dos instrumentos de gestão previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos. Para garantir ampla participação da sociedade na elaboração deste documento, o PERH prevê 27 consultas públicas até o final de 2009. Até dezembro deste ano serão realizadas outras oito consultas (regiões do Alto São Francisco, Noroeste, Sul, Zona da Mata, Norte, Alto Jequitinhonha, Leste e Central).

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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