Panorama
 
 
 

FIM DE SEMANA DE PROTESTOS CONTRA O CARVÃO NA HOLANDA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

15 de Novembro de 2008 Uma centena de ativistas ocuparam as obras de uma usina termelétrica a carão da E.ON em Roterdã, na Holanda.
Roterdã, Holanda — Enquanto noventa ativistas eram presos ao se acorrentarem na obra de uma termelétrica, Rainbow Warrior ajudou a impedir descarregamento de carvão no porto de Roterdã.

Noventa ativistas do Greenpeace foram presos depois de bloquearem as obras da termelétrica de Maasvlakte, em Roterdã, na Holanda. Eles se acorrentaram e bloquearam o acesso às obras da usina nas primeiras horas de sábado (15/11) e foram detidos pela polícia por volta do meio-dia. Os ativistas já foram liberados.

No mesmo dia, dois navios do Greenpeace, Rainbow Warrior e Beluga II, bloquearam trecho do porto de Roterdã para impedir o descarregamento de carvão.

"O Greenpeace agiu para interromper um desastre climático", afirmou Rolf Schipper, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Holanda. "Nosso país já produz mais energia do que precisa, e planeja exportar eletricidade a partir de 2009. Não faz sentido construir uma nova termelétrica a carvão.

O carvão é o combustível fóssil mais poluidor que existe e a maior ameaça individual ao clima do planeta. Termelétricas a carvão dificultam o cumprimento das metas européias de cortes de emissões de gases do efeito estufa em 30% até 2020. A empresa E.On, proprietária da termelétrica de Maasvlakte, planeja construir oito novas usinas por toda a Europa. A de Roterdã seria a primeira.

"E.ON está ignorando a ciência que nos diz que o carvão é o maior perigo ao nosso clima", afirma Agnes de Rooij, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Internacional. "A ação em Roterdã levou a mensagem de que isso é inaceitável."

A ação de sábado é parte da campanha promovida pelo Greenpeace na Europa contra a E.ON, que incluiu protesto da frota de nove barcos, liderados pelo Rainbow Warrior, próximo à termelétrica a carvão de Kingsnorth, no Reino Unido; ocupação pacífica do local das obras de uma outra usina na Antuérpia, na Bélgica; e bloqueio do abastecimento de carvão para a usina da E.ON na Sardenha, na Itália.

O navio Rainbow Warrior está engajado em uma expedição de 10 meses contra o carvão, que começou em março, na Nova Zelândia, e agora se encontra na Europa. Uma Estação de Resgate Climático foi montada às margens de uma grande mina de carvão na Polônia, às vésperas das negociações da ONU sobre mudanças climáticas, que serão realizadas em Poznan, na Polônia, em dezembro.

Abandonar o carvão como fonte energética é essencial para se chegar a um acordo para salvar o clima do planeta. Os governos europeus têm que mostrar liderança e abrir mão do carvão em seus próprios países. O relat[ório [R]evolução Energética, do Greenpeace, mostra como a energia renovável, combinada com uma maior eficiência energética, pode cortar as emissões globais de CO2 em até 50% e providenciar metade das necessidades energéticas do mundo até 2050.

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Testemunhamos o transporte de urânio concentrado pelas ruas de Salvador

14 de Novembro de 2008 Ativistas do Greenpeace estendem faixa alertando para o perigo nuclear do transporte de urânio concentrado (yellow cake) pelas ruas de Salvador. Um comboio com 14 caminhões levaram cerca de 200 toneladas de yellow cake, na madrugada desta sexta-feira (14/11), de Caetité até o porto de Salvador. O material embarcou em um navio e será levado para o Canadá, onde iniciará o processo de enriquecimento para ser usado posteriormente como combustível das usinas nucleares brasileiras de Angra dos Reis.
Salvador (BA), Brasil — Ativistas presenciaram a passagem de 14 caminhões que levava 200 toneladas de yellow cake para o porto da capital baiana.

Um comboio de 14 caminhões carregados com cerca de 200 toneladas de urânio concentrado (yellow cake) chegou na madrugada desta sexta-feira ao porto de Salvador depois de percorrer mais de 700 quilômetros desde Caetité (BA), onde é realizada a mineração e beneficiamento do material. O comboio passou por cerca de 40 povoados e municípios baianos. Ativistas do Greenpeace testemunharam o transporte e estenderam faixa na avenida Bonocô, em Salvador, parte final do trajeto do urânio de Caetité até o porto, alertando para o perigo nuclear.

O Greenpeace demarcou, no final de outubro, cerca de cinco quilômetros da avenida Bonocô com símbolos nucleares pintados no asfalto e placas afixadas em postes. O trecho foi percorrido nesta sexta-feira pelo comboio que trouxe o yellow cake de Caetité.

Esse foi o segundo transporte de urânio ocorrido este ano. Ele foi atrasado por mais de duas semanas pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), devido a problemas técnicos e questões de segurança, segundo fontes do Greenpeace em Caetité.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à Companhia Docas (responsável pelo porto de Salvador) e à Polícia Rodoviária Federal (PRF) informando que, em caso de qualquer acidente com o material radioativo transportado, eles seriam responsabilizados.

O Greenpeace denunciou, em 16 de outubro, a contaminação por urânio da água em Caetité em áreas de influência da INB, exigindo uma investigação independente dos impactos da mineração de urânio no local sobre a vida das pessoas e o meio ambiente da região. Em audiência pública realizada no dia 7 de novembro, em Caetité, o MPF da Bahia determinou a realização de uma auditoria independente justamente para que esses impactos fossem avaliados.

"Somos contra o transporte desse material, que coloca em risco a vida de milhares de pessoas que vivem nos povoados e cidades localizados na rota do transporte do urânio", afirma Rebeca Lerer, coordenadora da campanha de Energia Nuclear do Greenpeace.

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Aquecimento global, desmatamento e pesca predatória nos levam à África

16 de Novembro de 2008 Não é de hoje que o Greenpeace denuncia problemas no continente africano, como a pesca predatória que abastece mercados europeus. Em 2006, ativistas testemunharam a detenção de uma embarcação chinesa que pescava ilegalmente na costa oeste da África.
Johannesburgo, África do Sul, Internacional — Greenpeace vai atuar no continente africano a partir de três países: África do Sul, República Democrática do Congo e Senegal.

O Greenpeace está aumentando sua presença global. Na semana passada, a organização ambientalista abriu o seu primeiro escritório na África, localizado em Johannesburgo, na África do Sul. Mais duas bases serão abertas em breve – uma em Kinshasa, na República Democrática do Congo, e outra em Dacar, no Senegal. Ao estabelecer sua presença permanente no continente, o Greenpeace pretende enfrentar os problemas ambientais mais urgentes da região, concentrando seu trabalho no combate às mudanças climáticas, ao desmatamento e à sobrepesca.

O desmatamento das florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. Apesar de sua vasta cobertura florestal, a África contribui muito pouco para o aquecimento global, mas será um dos locais mais atingidos pelos impactos das mudanças climáticas. Estima-se que mais de 180 milhões de pessoas que vivem na região subsaariana podem morrer como conseqüência do aquecimento global até o final deste século. Padrões de chuva imprevisíveis, redução das áreas agrícolas e dos recursos naturais já estão causando migração em massa, com aumento de tensão e conflito em várias regiões.

“Enfrentar os problemas socioambientais na África é vital para garantir um futuro mais justo para suas crianças e para o mundo como um todo. A pobreza e a destruição ambiental estão intimamente relacionadas. Enquanto a proteção dos recursos naturais e da biodiversidade africana não estiver garantida, a população local continuará em guerra e o desenvolvimento continuará insustentável”, disse Amadou Kanoute, diretor-executivo do Greenpeace África. “Ao garantir a proteção do meio ambiente, a África diz não a um processo de desenvolvimento sujo e injusto ao mesmo tempo em que aumenta o papel do continente na busca de soluções globais para um futuro mais verde e pacífico”.

A inauguração do Greenpeace África acontece quase dez anos depois do estabelecimento da base permanente da organização em Manaus, no coração da Amazônia. Assim como na África, o modelo de desenvolvimento que vem se repetindo na Amazônia historicamente tem gerado apenas devastação e injustiça social, com concentração de terra nas mãos de poucos, destruição de habitat, de culturas indígenas, grilagem de terras, violência e abuso aos direitos humanos.

O Greenpeace entende que os problemas ambientais enfrentados pela África são críticos e reais. A luta global pela proteção da natureza está incompleto se não trabalharmos na busca de soluções para e na África.

Mudanças climáticas: A África do Sul é o 14o maior emissor de gás carbônico do mundo e precisa se comprometer com ações mensuráveis para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, incluindo o fim de sua dependência ao carvão, sem recorrer à energia nuclear. O país, assim como todo o continente, deveria aproveitar seus abundantes recursos naturais para a produção de energia a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica e biomassa. Essa iniciativa não apenas ajudaria a combater o aquecimento global, como é uma alternativa real de levar eletricidade às áreas rurais, gerando empregos e crescimento econômico.

Florestas tropicais: A exploração industrial de madeira ameaça a bacia do Congo e as 40 milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver. As florestas da região estocam grandes quantidades de carbono, desempenhando papel fundamental na regulação do clima global. Se a extração de madeira continuar no mesmo ritmo que o atual, a República Democrática do Congo corre o risco de perder 40% de toda a cobertura florestal remanescente nos próximos 40 anos. O Greenpeace defende a adoção de um mecanismo internacional de financiamento voltado para a proteção das florestas e do clima global.

Defendendo os oceanos: A biodiversidade marinha na costa oeste da África está sendo destruída pela pesca de arrasto feita por barcos estrangeiros. Esta atividade tem impactos diretos nas comunidades locais, pois impede que elas tenham uma alimentação adequada, gerando pobreza e insegurança alimentar. O Greenpeace trabalha para garantir que a pesca seja realizada de forma responsável, administrada e financiada por africanos. A criação e implementação de uma rede de reservas marinhas protegidas pode ser parte da solução.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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