Quarenta
e seis empresas que revendem agrotóxicos
participam nesta terça e quarta-feira (18
e 19) de uma ação de recolhimento
de embalagens de agrotóxicos no Ribeirão
dos Apertados, em Arapongas (região Norte
do Estado). A ação de saneamento ambiental
é coordenada pela Superintendência
de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental (Suderhsa), em parceria com
a Defesa Civil de Arapongas e a Associação
Norte Paranaense de Revendedores Agroquímicos
(Anpara).
O secretário do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, explicou
que o trabalho faz parte das iniciativas para proteger
a bacia hidrográfica do ribeirão,
decretada como área de manancial de abastecimento
público no último dia 12. “Com o decreto,
o uso e a ocupação do solo passam
a ser regulamentados priorizando a proteção
do manancial e deverão ser seguidos por todos
os ocupantes da bacia”, detalhou.
Entre as novas determinações
está o plantio de mata ciliar e o fim dos
abastecedouros de pulverizadores do produto diretamente
nos ribeirões. “Atualmente o Paraná
tem um dos melhores índices de recolhimento
do país, reciclando 97 de cada 100 embalagens
de agrotóxicos comercializadas”, informou
o secretário Rasca. “Mas podemos melhorar
ainda mais na região de Arapongas, onde percebemos
que o trabalho deveria ser intensificado depois
da Sanepar suspender quatro vezes o abastecimento
de água nos últimos dois meses”, observou.
A coleta das embalagens será
fundamental para proteger ainda mais a região,
destacou o presidente da Suderhsa, João Lech
Samek. “Está é uma ação
de saneamento ambiental para evitar impactos negativos
na qualidade da água. Já conseguimos
avanços significativos (o recolhimento de
97% dos recipientes) se considerarmos que antes
as pessoas chegavam a utilizar as embalagens para
uso doméstico”, declarou.
A Anpara foi convocada a participar
da ação para incluir os geradores
de resíduos – as empresas revendedoras –
no processo de destinação final adequada
das embalagens, conforme determina a legislação
ambiental. O responsável técnico da
Associação, Irineu Zanbaldi, afirmou
que o recebimento das embalagens é feito
durante todo o ano. “As ações de recebimento
de embalagens são rotina. Somente em julho
deste ano coletamos mais de 10 toneladas de embalagens
de agrotóxicos. Nesta ação
pretendemos fazer o mesmo”, garantiu Zanbaldi.
PRÓXIMA AÇÃO
- O diretor de Saneamento Ambiental da Suderhsa,
Jorge Callado, antecipou que outra ação
de recolhimento será realizada até
o final deste mês. Além dos parceiros
desta ação, o InPEV (Instituto Nacional
de Processamento de Embalagens Vazias) também
estará envolvido no recolhimento de embalagens
de fungicidas, herbicidas, inseticidas e outros
produtos de base química.
A Defesa Civil de Arapongas já
está cadastrando os agricultores da região
que possuem este material estocado. “É importante
esclarecer que, por enquanto não serão
feitas sanções aos agricultores que
entregarem este material espontanteamente”, afirmou.
“Porém, depois de definido o prazo limite
para essa retirada, os infratores estarão
sujeitos a autuação”, concluiu.
+ Mais
Surfistas recolhem uma tonelada
de lixo em Guaratuba
Cerca de 70 integrantes da Associação
de Surf de Guaratuba participaram de um campeonato
ecológico, neste final de semana. Depois
da competição no mar, eles promoveram
um mutirão de limpeza na orla da praia brava,
que retirou uma tonelada de lixo - entre plástico,
garrafas, objetos e bitucas de cigarro encontrados
na areia.
A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos (SEMA), por meio do Instituto
Ambiental do Paraná (IAP), doou lixeiras
que foram instaladas pelos surfistas. Integrantes
do Instituto Guaju, Organização Não-Governamental
(ONG) de Guaratuba também participaram da
ação.
A SEMA apóia a Associação
de Surf de Guaratuba, que de forma inédita
no Litoral, iniciou na temporada passada um trabalho
voluntário de proteção às
dunas e a restinga– vegetação rasteira
existente entre a rua e a areia.
Projeto de proteção
voluntário - No trecho da orla que compreende
a chamada ‘Praia dos Paraguaios’, eles isolaram
uma área de 250 metros, onde há vegetação,
instalando postes de madeira, doados pela Copel
e Provopar, que foram colocados de maneira a serem
utilizados também como bancos, o que acabou
transformando a área em um espaço
de lazer e preservação, e não
mais o estacionamento de veículos. Lixeiras
coloridas e placas indicando que o ecossistema é
uma Área de Preservação Ambiental
(APA) foram doadas pelo IAP para evitar que o lixo
atinja as dunas de areia.
Márcio Odewagen, presidente
da Associação de Surfe de Guaratuba
e um dos idealizadores do Projeto conta que a iniciativa
já está dando resultados. “A restinga
estava ameaçada sobreviveu, está conseguindo
respirar e vamos continuar divulgando a importância
de manter a vegetação preservada.
Já em relação ao lixo, é
um mutirão que acontece há algum tempo.
Reunimos moradores, surfistas e veranistas para
fazer a limpeza e dar exemplo a quem está
na praia. Agora, com o inicio da temporada pretendemos
aumentar a freqüência para aumentar também
a consciência das pessoas para que não
deixem o lixo jogado na areia ”, ponderou.
Surfista profissional e morador
de Guaratuba, Filipi Augusto Correia, também
está otimista com o trabalho da Associação.
“ Desde que começamos a
coisa melhorou muito. As pessoas estão se
conscientizando mais de que a limpeza da praia e
a preservação da restinga é
importante para o município, para o turismo
e para a vida das pessoas. Está valendo a
pena todo o nosso esforço”, comentou.
Já o diretor do Instituto
Guaju - que também desenvolve com a SEMA
o Projeto Caiçara, Fabiano Cecílio
da Silva, reforça que quanto maior o número
de ações, mais o meio ambiente estará
equilibrado ão
“Todas as atividades em prol da
causa ambiental terão o nosso apoio, seja
no trabalho braçal ou na divulgação
porque é a consciência do meio ambiente
equilibrado. Taí os resuulktadosA restinga
é uma vegetação natural que
protege a areia para que o mar ninguém melhor
que os surfistas para ensinar isso ás pessoas”,
destacou.
A taxa de inscrição
do 1o Campeonato de Surf Ecológico de Guaratuba
foi a doação de alimentos não-perecíveis,
doados para a creche Recanto Paulo VI.
+ Mais
IAP promove ações
ambientais em Campo Mourão
Mais de 40 integrantes do Sindicato
de Trabalhadores Rurais de Campo Mourão (Norte
do Estado) participaram nesta sexta-feira (14) de
uma palestra promovida pelo Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) sobre legislação
ambiental. Nela foram abordados temas como reserva
legal e áreas de preservação
permanente. A atividade abriu a série de
ações ambientais programadas para
o município neste final de semana.
Para o chefe do escritório
regional do órgão ambiental na cidade,
Ricardo Jesus de Carvalho, a palestra foi uma ótima
oportunidade para troca de informações
com os agricultores sobre a necessidade de adequação
as leis ambientais. “Além de produtores de
Campo Mourão, agricultores de outros 13 municípios
da região Norte também participaram
da palestra. Com o conhecimento das leis, certamente,
reduziremos os índices de descumprimentos
a legislação”, afirmou Ricardo, que
ministrou a palestra.
Um dos participantes foi Antônio
Camilo Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Araruna, que aproveitou a apresentação
para esclarecer suas dúvidas. “A palestra
foi uma ótima oportunidade para a gente conhecer
as leis ambientais. Por exemplo, hoje aprendi o
que é Sisleg e posso passar isto para os
agricultores de Araruna”, declarou.
PROGRAMAÇÃO – Além
da palestra, o escritório regional do IAP
em Campo Mourão programou uma série
de atividades relacionadas à temática
ambiental.
Neste sábado (15) uma caminhada
ecológica será realizada em parceria
com o grupo de jovens Ordem Demolay. O IAP doou
ao grupo de jovens mudas de espécies nativas
que serão plantadas durante a caminhada.
O ponto de partida será a prefeitura de Engenheiro
Beltrão e os jovens percorrerão 40
quilômetros até o Parque Estadual Vila
Rica do Espírito Santo, em Campo Mourão.
Já no domingo (16), em
comemoração aos 100 anos de criação
das Lojas Pernambucanas, foram organizadas várias
atividades ligadas ao meio ambiente – entre elas,
uma oficina ensinando a montagem do aquecedor solar
com materiais recicláveis e distribuição
de mudas e sementes nativas feitas pelo IAP.
Segundo Silvio Campos de Oliveira,
gerente-geral da Pernambucanas de Campo Mourão,
a intenção é mostrar o envolvimento
que a loja tem com as questões ambientais.
“Vamos completar 100 anos e precisamos mostrar a
nossos clientes que temos interesses ambientais,
que não buscamos apenas lucro. E isto certamente
refletirá em nossos clientes, queremos despertar
nas pessoas a necessidade de cuidar da natureza”,
concluiu.
+ Mais
IAP fica entre primeiras empresas
mais lembradas na preocupação ambiental
O Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) foi apontado, na 14.ª edição
estadual do prêmio “Top Of Mind”, como a segunda
empresa mais lembrada na preocupação
com o meio ambiente. O órgão ambiental
foi indicado por 4,5% dos paranaenses e ficou atrás
apenas da Fundação O Boticário
de Proteção à Natureza. Para
o secretário do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Rasca Rodrigues, a lembrança
da população é o maior reconhecimento
do esforço do governo estadual na proteção
ambiental.
O prêmio é promovido
desde 1995 pelo Instituto Bonilha de Pesquisas,
em parceria com a Revista Amanhã, para apontar
as marcas mais lembradas no Paraná. Quem
define as marcas premiadas é a população,
através de pesquisas de opinião realizadas
em todo o Estado. Já a categoria especial
“Empresa preocupada com o meio ambiente” foi lançada
em 2005 e, em todas as edições, o
IAP apareceu entre os primeiros colocados.
Segundo Sabrina Campano, gerente
de projetos de pesquisa do Instituto Bonilha, a
inclusão da nova categoria atende aos interesses
da população em geral. “As ações
sociais e ambientais nos últimos anos passaram
a ser percebidas pelas pessoas, com ajuda da mídia
que também aumentou a divulgação
sobre o assunto”, afirmou.
Ela também observou que
o instituto é o único órgão
público a ser lembrado pelas pessoas. “A
categoria na qual o IAP foi lembrado é específica
de empresas e o instituto foi a única instituição
pública apontada nas pesquisas. Acredito
que seja reflexo das políticas adotadas pelo
IAP nos últimos anos, pois vemos sempre uma
evolução”, destacou.
O presidente do órgão
ambiental, Vitor Hugo Burko, ressaltou que o instituto
foi lembrado sem nenhuma estratégia de marketing,
diferentemente de outras empresas. “Para nós
é uma conquista, afinal fomos lembrados pela
população sem grandes investimentos
em mídia. A Fundação O Boticário
sempre divulga suas iniciativas em grandes ações
de marketing”, ponderou.
PESQUISA – O levantamento de 2008
foi realizado entre 26 de julho e 11 de agosto,
entrevistando mil pessoas dos 22 maiores centros
consumidores paranaenses. A pesquisa abordou pessoas
de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos,
dos mais diversos grupos socioeconômicos.
A margem de erro da pesquisa é de 3,1% para
mais ou para menos.
Na pesquisa dividida em classes
sociais e regiões do Estado, o IAP conseguiu
melhor desempenho entre os entrevistado do interior
do estado (5,5%), na capital (4,1%) e na Região
Metropolitana de Curitiba (1,2%). Por classe social,
o melhor desempenho foi na classe A e B (5%), C
(4,2%) e D e E (4%).