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LULA ASSINA DECRETO QUE REGULAMENTA LEI DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

21/11/2008 - Daniela Mendes - Em seu discurso na solenidade de assinatura do decreto que regulamenta a lei da Mata Atlântica, no hotel Hyatt, em São Paulo, nesta sexta-feira (21), o presidente Lula cobrou um maior envolvimento dos prefeitos na preservação do meio ambiente. "Ou nós envolvemos os prefeitos ou vamos ficar correndo atrás de fumaça", disse Lula.

Segundo o presidente é preciso construir uma parceria para que o prefeito perceba a utilidade de ter uma política correta para o meio ambiente. Para ele é necessário dar uma outra visibilidade ao meio ambiente no país, já que para o mercado internacional ele pode ser considerado uma "vantagem comparativa" em relação aos outros países.

O decreto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou regulamenta a lei 11.428/06 aLei da Mata Atlântica, aprovada pelo Congresso Nacional após 14 anos de tramitação. Participaram da solenidade os ministros Carlos Minc, do Meio Ambiente e Reynold Stephanes, da Agricultura; o autor da Lei, deputado Fábio Feldman, a secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Rômulo Melo, além de representantes de organizações da sociedade civil, da academia, entre outros.

Apresentado em outubro de 1992, o projeto que se converteu em lei define os critérios de uso e proteção do bioma, reduzido atualmente a 7,3% de sua vegetação original, além de estabelecer uma série de incentivos econômicos à produção sustentável.

A lei cria também incentivos financeiros para restauração dos ecossistemas, estimula doações da iniciativa privada para projetos de conservação, regulamenta artigo da Constituição que define a Mata Atlântica como Patrimônio Nacional, delimita o seu domínio, proíbe o desmatamento de florestas primárias e cria regras para exploração econômica.

O decreto, assinado hoje, regula a lei e fortalece a consolidação da legislação sobre conservação, proteção, regeneração e utilização sustentável da vegetação nativa da Mata Atlântica. "Ele defende nosso bioma mais ameaçado. O decreto é o cumpra-se da lei e contribui para alcançarmos o desmatamento ilegal zero", destacou Minc.

Segundo o ministro "é fundamental incorporarmos estados e municípios para que seja possível atingir a meta que é recuperar a vegetação e passarmos de 7% da cobertura vegetal original para 27%".

Ele reforçou ainda a importância da elaboração de um mapa pelo IBGE definindo exatamente o tamanho da área protegida.

O decreto estabelece ainda procedimentos simplificados para o uso sustentável da Mata Atlântica para pequenos produtores rurais e população tradicional e estimula o plantio de espécies nativas para recuperação de áreas e também para a produção de matéria prima florestal para uso econômico.

Ele também dá segurança jurídica àqueles que vivem e exploram recursos do bioma, pois estabelece como e onde pode haver intervenção ou uso sustentável da Mata Atlântica.

A norma detalha os tipos de vegetação protegidos pela lei e delimitados no Mapa da Área de Aplicação, elaborado pelo IBGE, que será disponibilizado nos sítios eletrônicos do MMA e do IBGE amanhã. O mapa define as áreas de abrangência do bioma e delimita a aplicação da lei.

Outro ponto importante do decreto é que ele reconhece que as áreas anteriormente ocupadas legalmente por agricultura, pecuária, cidades ou qualquer outra atividade econômica não terão restrições adicionais. Ele também indica os requisitos mínimos para a elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, com o objetivo de envolver os municípios na conservação e recuperação da Mata Atlântica.

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Lei da Mata Atlântica será regulamentada por Lula na sexta-feira

18/11/2008 - Lucia Leão - O ministro Carlos Minc anunciou hoje (18), após ser recebido em audiência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, que o decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica será assinado na próxima sexta-feira (21). "A Mata Atlântica é o nosso bioma mais ameaçado, com a maior parte das espécies da fauna e da flora em risco de extinção, com as grandes indústrias, as grandes cidades, e por isso com muita guerra política e pressão sobre o meio ambiente. Já tínhamos dois anos da lei da Mata Atlântica aprovada. E sem o decreto a lei não era cumprida. Agora será", disse.

Minc informou, ainda, que o Ministério do Meio Ambiente pretende transformar o Serviço Florestal Brasileiro em autarquia. A proposta é dar mais autonomia administrativa e dotar o Serviço Florestal de estrutura para gerir as florestas públicas e aumentar a oferta de madeira certificada no país. Minc disse que recebeu o "ok" do presidente e agora encaminhará a proposta aos ministros da Casa Civil, Dilma Roussef, e do Planejamento, Paulo Bernardo.

"O Serviço Florestal Brasileiro tem uma agenda positiva. Enquanto o Ibama e a Polícia Federal vão combater o desmatamento - que felizmente está caindo na Amazônia - ele vai oferecer alternativas para melhorar a vida do povo com uma economia florestal não predatória, a exemplo do que já fazem países como a Finlândia. Através da autarquização, vamos gerar 36 mil empregos e 2,8 milhões de metros cúbicos de madeira, que é o que se estima como resultado direto das licitações das florestas públicas", informou o ministro.

Durante a audiência, Minc apresentou ao presidente Lula proposta de criação da polícia ambiental e recebeu o aval para a nova modelagem da força que deve estar estruturada ainda no primeiro semestre de 2009. Serão contratados, através de concurso, dois mil novos fiscais para o Ibama e o Instituto Chico Mendes e mais mil agentes para Polícia Federal que receberão treinamento específico para o combate aos crimes ambientais. Eles serão treinados nas áreas de inteligência e logística e preparados para operações específicas nessas áreas. A modelagem ideal a que nós chegamos foi a de distribuir essa força entre o Ibama, o ICMBio e a Polícia Federal", afirmou o ministro.

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Decreto da Mata Atlântica está pronto para ser assinado por Lula

17/11/2008 - Daniela Mendes - O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar ainda esta semana o decreto que regulamenta a Lei da Mata Atlântica (lei 11.428/06). O anúncio foi feito pelo ministro Carlos Minc hoje (17), durante a abertura da Semana da Mata Atlântica, que aconteceu pela manhã no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Segundo Minc, foram meses de forte articulação com os mais diversos setores do governo federal para que houvesse consenso na redação do decreto. "Nós trabalhamos intensamente nos últimos quatro meses para conseguirmos aprovar esse decreto que amplia as restrições de uso da Mata Atlântica. Nós tivemos uma intensa negociação com diversas áreas e a boa notícia é que ele pode ser aprovado a partir de agora. Todos os problemas foram superados e a Mata Atlântica vai ter um bom instrumento de defesa", garantiu.
Ele explicou que o decreto regulamenta ponto por ponto a Lei da Mata Atlântica que demorou 15 anos para ser aprovada pelo Congresso Nacional e há dois anos aguardava para ser regulamentada. Segundo o ministro o decreto vai servir de orientação para os órgãos de fiscalização, para as secretarias estaduais de ambiente na hora de dar uma licença para uma estrada, uma fazenda, uma obra em um dos biomas que sofre fortemente com a pressão econômica e demográfica e possui apenas 8% da cobertura vegetal original. "É mais um instrumento de luta para impedir que o que restou do bioma seja destruído e para ampliar os corredores florestais e as áreas de conservação desse que talvez seja o mais ameaçado bioma brasileiro", acredita Minc.

Cassurubá - Minc afirmou ainda que até o início de dezembro também deve ser criada a Reserva Extrativista de Cassurubá, no extremo sul da Bahia, entre as cidades de Caravelas e Nova Viçosa. A criação da unidade de conservação é uma demanda antiga da sociedade civil organizada. Lá está situado um dos mais importantes manguezais da costa brasileira. A região de Cassurubá é conhecida como o berçário do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. "Nós fizemos um acordo com o governador Jaques Wagner e deve ser assinada ainda esse ano a criação dessa importante reserva de Mata Atlântica.", disse Minc.

Ele disse ainda que também deverá ser anunciada a ampliação da Resex do Pau-Brasil, também na Bahia. "Eu quero que seja uma marca da nossa gestão não só criar, mas implantar as unidades de conservação já existentes", disse o ministro.

A Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional, abrange 17 estados brasileiros e contempla uma grande diversidade de formações florestais e ecossistemas. Essa diversidade permite que os remanescentes de vegetação nativa da Mata Atlântica, mesmo reduzidos e muito fragmentados, ainda estejam entre os mais ricos do mundo em diversidade de plantas e animais.

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MMA entrega casa sustentável a morador de região turística do Maranhão

14/11/2008 - Paulenir Constâncio - Fernando, Rosilene Patrício e sua filha Eduarda, de 6 anos, estarão de casa nova a partir de hoje (17). O pescador maranhense, da Ilha Grande do Paulino, município de Tutóia, recebe às 10h, do Ministério do Meio Ambiente, as chaves da nova residência da família. Mas não se trata de um novo programa habitacional do governo.

A residência de 106 m2, com dois quartos, sala, cozinha e varanda, no assentamento de pescadores, foi construída em mutirão, numa parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e está voltada para o desenvolvimento do turismo sustentável.

A casa foi feita para incentivar os assentados a optarem pelo sistema de bioconstrução que é quatro vezes mais barato e não deixa os resíduos do sistema convencional. O projeto é pioneiro e resgata métodos tradicionais como adobe (tijolo) e novidades como o superadobe, feito de cimento, barro e palha. Uma casa, cujo custo com o material de construção convencional sairia por 22 mil reais, muito além das possibilidades financeiras dos moradores do assentamento, pode ficar pronta com pouco mais de R$ 6 mil. Até o material usado na construção da casa velha derrubada foi reutilizado na nova obra.

A entrega das chaves é também a conclusão do curso, realizado pelo Programa de Sustentabilidade Ambiental do Ecoturismo (Proecotur), do MMA. Os 40 assentados que participaram receberão os certificados de conclusão. Os moradores da ilha agora já estão aptos a buscar no meio ambiente os recursos para construções sustentáveis de suas casas. Orientados pela arquiteta Cecília Prompt, consultora do MMA, eles aprenderam várias técnicas que remontam ao período colonial brasileiro, como a taipa de pilão e a taipa de mão, além do adobe.

A expectativa dos coordenadores do curso é que Ilha Grande do Paulino sirva de exemplo para o ecoturismo na região, uma das mais belas do litoral norte do País. O turista que busca os recantos aprazíveis do delta do Rio Parnaíba irá se deparar com uma arquitetura integrada ao meio ambiente, avalia a arquiteta. "Já o morador terá como vantagem uma residência arejada, quente no inverno e agradável no verão", garante.

A TV Senado exibe neste sábado (15) programa sobre o projeto, nos seguintes horários: 9h15, 13h15 e 20h30, horário de Brasília (TV Senado, canal 51 UHF).

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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