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MERCOSUL PRIORIZA DESERTIFICAÇÃO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

14/11/2008 - Ministros do Meio Ambiente do Mercosul elegeram como temas prioritários para as agendas ambientais do bloco o combate à desertificação e ações de integração de políticas para gestão de resíduos sólidos especiais como pneus, pilhas e baterias. A decisão foi tomada na IX Reunião de Ministros de Meio Ambiente do Mercosul, hoje, no Rio de Janeiro.

No encontro os ministros avaliaram os avanços da agenda ambiental no bloco e discutiram uma política comum de gestão ambiental de resíduos especiais e responsabilidade pós-consumo. De 20 temas muito dispersos nós resolvemos concentrar em alguns que realmente os nossos países possam avançar em medidas concretas , explicou Minc.

A proposta apresentada pelo MMA na reunião, e aprovada pelos ministros e seus representantes, é de que o meio ambiente seja usado como fator de desenvolvimento econômico e não como entrave ao desenvolvimento. Nosso esforço é mostrar para os ministros da área econômica, fazendária, que o meio ambiente ajuda. Ele pode captar, ele pode melhorar a indústria limpa e não ser tratado como um obstáculo , defendeu Minc.

Segundo o ministro a decisão tomada na reunião do Rio deverá ser referendada na reunião do Conselho do Mercosul que será realizada em dezembro, na Bahia. ?Além do Brasil, Argentina e Paraguai têm problemas de desertificação e em relação ao clima, hoje em dia, nós podemos trabalhar juntos para reduzir emissões, fazer uma integração de ações?, disse o ministro.

Geo Mercosul - No final da manhã foi apresentado o relatório Geo Mercosul: Integração, Comércio e Ambiente, que mostra como o comércio e a integração regional desempenham um papel decisivo em relação aos recursos naturais assim como aos ecossistemas e às bioregiões, em área coberta por alguns dos países que formam o acordo do Mercado Comum do Sul.
O relatório analisa de que maneira o comércio internacional pressiona a extração de recursos naturais e indica que é preciso explorá-lo de maneira sustentável para que se possa garantir recursos no futuro , explicou a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil (Pnuma), Cristina Montenegro.

O relatório Geo Mercosul oferece, pela primeira vez, uma análise sobre as relações entre comércio e o processo de integração regional, e sua dimensão ambiental. O estudo retrata a situação na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, tendo como foco as estreitas relações entre os principais fluxos de comércio exterior e suas implicações ambientais, as negociações multilaterais e seus efeitos em promover ou inibir o desenvolvimento sustentável, e as respostas institucionais.

Elaborado pelo Pnuma, o levantamento analisa esses cinco países que representam uma área de 12 milhões de km2, com uma população de mais de 250 milhões de pessoas e onde os bens primários obtidos da natureza constituem 60,5% do total das exportações, gerando aproximadamente 105 milhões de dólares, segundo valores de 2004.

O texto oferece um conjunto de informações e recomendações que permitirão às autoridades da subregião uma maior compreensão desta relação comércio-integração-meio ambiente e a importância de manter a base dos recursos naturais para garantir a continuidade dos processos produtivos a longo prazo, reforçando os marcos políticos e coordenando ações estratégicas para garantir o desenvolvimento sustentável.

O relatório tem nove capítulos, entre os quais se destacam um marco ecológico da área estudada, uma seção referente ao comércio; estado e impactos; pressões e forças motrizes no ambiente; respostas de políticas e gestão; cenários possíveis; e opções de ação.

São 16 temas analisados sobre os quais se propõem linhas de ação, com base nos principais pontos do próprio relatório. Destacam-se entre eles: aprofundar a incorporação da dimensão ambiental na integração regional; conservação da biodiversidade; trabalhar uma visão integrada e em conjunto com recursos naturais compartilhados; analisar as oportunidades ou restrições que resultam de medidas sobre a competitividade comercial; conseguir que os preços reflitam da melhor maneira os custos ambientais nos processos de exportação e importação; e fortalecer a participação dos cidadãos e o acesso a informação nas decisões acerca da preservação dos recursos naturais.

A publicação Geo Mercosul foi resultado de um trabalho conjunto entre o Pnuma, por meio de sua Divisão de Avaliação e Alerta Rápido (DEAT, na sigla em espanhol) e do Escritório do Pnuma no Brasil, um importante grupo de especialistas de universidades dos setores público e privado, e da sociedade civil organizada dos países mencionados, sobos marcos do Sub-Grupo de trabalho 6 de Meio Ambiente do Mercosul (SGT-6) e contou com a coordenação técnica do Centro Latino Americano de Ecologia Social (CLAES).

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Conferência debate combate à desertificação e desenvolvimento do semi-árido

21/11/2008 - O semi-árido pode se transformar em árido até 2020 caso permaneça a tendência atual. É o que diz pesquisa conjunta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Unicamp e Embrapa. Para discutir medidas de combate à desertificação na região, o Ministério do Meio Ambiente promove de 24 a 26 de novembro, a I Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas - Implicações para o Nordeste, em Fortaleza (CE). O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participará do evento na quarta-feira (26), às 15h, no Centro de Treinamento do Banco do Nordeste do Brasil. Paralelamente, acontece a 1ª Reunião da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD).

O objetivo do encontro é a formulação da "Carta de Fortaleza: Mudanças Climáticas e Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste", que será apresentada ao ministro com um conjunto de medidas necessárias para minimizar os impactos das alterações climáticas no desenvolvimento da região. Os participantes da Conferência debaterão as influências do clima numa região já castigada pela seca e considerada a mais vulnerável à desertificação no País. As conseqüências previstas vão desde a diminuição dos recursos hídricos, com a queda na produção agrícola, até o aumento do contingente de refugiados ambientais.

A idéia é que as ações propostas sejam capazes de assegurar a adaptação das populações do semi- árido e seus governos às mudanças climáticas em curso. Quatro grupos de trabalho formados por especialistas apresentarão propostas de políticas públicas que serão debatidas em conjunto, para a formulação de um plano de desenvolvimento que leve em conta as novas condições do clima. A Carta será a base para futuras reuniões da Conferência. Espera-se que os governos federal, estadual e municipal, além do setor privado, dos movimentos sociais e lideranças regionais acatem as recomendações do documento.

Já a Comissão Nacional de Combate à Desertificação se reunirá, pela primeira vez, no dia 26. O ministro Carlos Minc dará posse a seus membros e abrirá as discussões em torno do regimento interno do órgão. No evento, será apresentado o Programa Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca - PAN-Brasil.

A Comissão de Combate à Desertificação reúne dez ministérios, a Codevasf, Banco do Nordeste, Sudene, Dnocs, ANA e Embrapa, sob a coordenação do MMA. Participam, ainda a Sudene, o Dnocs, a ANA e a Embrapa. Integrantes dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e de onze representantes de entidades da sociedade civil com atuação nas áreas suscetíveis à desertificação também estão na comissão.

Cabe à comissão estabelecer estratégias para o combate à desertificação e à diminuição dos efeitos da seca, medidas necessárias para erradicar a pobreza no semi-árido. Além disso, ela tem como finalidade implementar compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. A desertificação se manifesta de maneiras diferentes, abrangendo níveis de degradação dos solos, da vegetação, dos recursos hídricos e intensa degradação dos recursos da terra.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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