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MINAS CRIA DOIS NOVOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Novembro de 2008

21 de novembro de 2008 - O Governo de Minas publicou, na quinta-feira (20/11), os decretos de criação de dois Comitês de Bacia Hidrográfica (CBHs): Comitê dos Afluentes Mineiros do Médio São Francisco e Comitê do Médio e Baixo Jequitinhonha. Com os novos CBHs, o Estado amplia a participação da sociedade nos processos decisórios sobre a gestão das águas em Minas.

A mobilização para a criação do CBH do Médio São Francisco começou em 2007, com o apoio técnico do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). "Nós visitamos os municípios da bacia, promovemos palestras e debates e uma articulação institucional com atores estratégicos", relata o presidente provisório do Comitê, João Naves de Melo. Situada numa região semi-árida, a área sofre com escassez de recursos hídricos, desmatamento e degradação ambiental. "Temos que discutir ações que promovam o aumento da oferta de água e sensibilizar a sociedade para o seu uso sustentável", complementa.

Na bacia do Médio e Baixo Rio Jequitinhonha, a mobilização para a criação do Comitê começou em 2005 com a realização inúmeros seminários e atividades de educação ambiental. Segundo o presidente provisório do novo CBH, Washington Souza Araújo, os principais problemas da região são a redução da recarga do lençol freático, erosão nas estradas rurais, desmatamento, manejo inadequado dos solos e lançamento de esgotos sem tratamento. "Precisamos investir em práticas conservacionistas e fomentar ações de reflorestamento de matas ciliares e de cabeceira, investir em educação ambiental e em assistência técnica", afirma.

A diretora de Gestão de Recursos Hídricos do Igam, Luiza de Marillac Camargos, explica que após a criação dos Comitês, inicia-se o processo eleitoral para a escolha das instituições que irão representar os poderes públicos, estadual e municipal, usuários de água e sociedade civil na composição desses organismos. Ela destaca que os Comitês devem promover o debate sobre as questões hídricas e julgar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com o uso da água, dentre outras atribuições.

De acordo com Luiza de Marillac, a criação e a estruturação dos Comitês são prioridades para o Igam e uma das metas do Projeto Estruturador do governo de Minas ‘Consolidação da Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas'. "A meta é criar todos os Comitês até 2010, totalizando 36", ressalta. Atualmente existem no Estado 34 Comitês instituídos e duas Comissões Pró-Comitê.

Afluentes Mineiros do Médio São Francisco

A bacia dos afluentes mineiros do médio São Francisco abrange 24 municípios do Norte de Minas em uma área de drenagem de 31.258 Km². A bacia está localizada em uma região semi-árida e de fragilidade natural por causa dos solos arenosos das chapadas e do próprio bioma que recobre o solo. Nesse cenário estão as veredas, importantes para o afloramento de águas subterrâneas e para a formação de cursos de água, como os rios Acari, Pardo, Pandeiros, Itacarambi, Cochá e Carinhanha.

De acordo com o presidente provisório do Comitê da Bacia dos Afluentes Mineiros do Médio São Francisco, João Naves de Melo, a região é considerada uma das mais pobres do Estado, onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios varia de 0,58 a 0,70. "A maior riqueza dessa região é a cultura do povo, onde pessoas simples conseguiram se adaptar e sobreviver neste cenário aparentemente árido e sem vida", ressalta.

Afluentes Mineiros do Médio e Baixo Jequitinhonha

A Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Médio e Baixo Jequitinhonha abrange 34 municípios do Vale de mesmo nome e apresenta uma área de drenagem de 29.730 km². A região possui população de cerca 500 mil habitantes, sendo que 37,2% estão na área rural e 62,8% na área urbana. De acordo com o presidente provisório do Comitê da Bacia dos Afluentes Mineiros do Médio e Baixo Jequitinhonha, Washington Souza Araújo, todos os municípios da bacia apresentam problemas na área de saneamento.
Fonte: Ascom/ Sisema

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Seminário em Sete Lagoas discute intervenções na sub-bacia do Ribeirão Jequitibá

21 de novembro de 2008 - A equipe de Educação Ambiental do Projeto Estruturador Meta 2010, composta pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Projeto Manuelzão e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), realiza na próxima terça-feira (25) em Sete Lagoas (Av. Getúlio Vargas, 111 - Centro - Bela Vista Clube), o 15º Seminário Regional Meta 2010 "Sub-bacia do Ribeirão jequitibá". O encontro acontece das 8h30 às 17h00 e busca o envolvimento e a participação de todos com as propostas do Projeto Estrututurador do governo de Minas "Revitalização da Bacia do Rio das Velhas - Meta 2010".

O objetivo principal dos seminários, que vêm acontecendo ao longo de 2008 e já foram realizados em 14 outras localidades, é divulgar e mobilizar a sociedade civil, a esfera pública e a iniciativa privada em prol da das metas do Projeto. Durante o seminário em Sete Lagoas serão discutidos o plano de ação de revitalização do Rio das Velhas, o projeto de monitoramento da qualidade das águas da bacia do Ribeirão Jequitibá, a crise ambiental e a gestão das águas, a participação e educação ambiental para a Meta 2010 e os projetos e intervenções locais nas sub-bacias envolvidas.

O seminário propõe o envolvimento da comunidade em ações de educação ambiental que promovam a sensibilização, mobilizando e gerando ações pró-ativas da sociedade civil no que se refere às intervenções de saneamento realizadas pelo poder público. Nos encontros são formados grupos de trabalho com o objetivo de elaborar e sugerir ações que envolvam os diversos segmentos e setores nas ações para a revitalização do Rio das Velhas. Após cada seminário, as propostas dos grupos são encaminhadas para a coordenação do Projeto Estruturador.

As inscrições para o Seminário são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24, segunda-feira, pelo e-mail meta2010@manuelzao.ufmg.br ou pelos telefones (31) 3409.9810 / 3409.9817. As inscrições também serão realizadas na Secretaria Municipal de Educação de Sete Lagoas pelo telefone (31) 3779.3500, das 7h00 às 13h00.

Sub-bacia do Ribeirão Jequitibá - A sub-bacia do Ribeirão Jequitibá está localizada no Médio Velhas, à margem esquerda do rio, e envolve os municípios de Funilândia, Prudente de Moraes, Sete Lagoas e Jequitibá (local da foz no Velhas).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, Sete Lagoas e Prudente de Morais se apresentam como os municípios mais urbanizados da sub-bacia, com índices de 97,79% e 95,53%, respectivamente, de urbanização.

As atividades predominantes na sub-bacia são as de pastagem, exploração de culturas anuais (feijão, milho e outros), cana-de-açúcar, olericultura e, em determinadas épocas do ano, a fruticultura.

Importância estratégica - A bacia do Rio das Velhas ocupa 5% do território estadual e 4,8 milhões de pessoas moram no seu território de abrangência. O envolvimento de toda a sociedade é visto como fundamental para o sucesso do Projeto. "É importante que as pessoas entendam que fazem parte da bacia e internalizem esse conhecimento", afirma Myriam Mousinho, coordenadora do Projeto Meta 2010 pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Em 2008 já foram realizados também três cursos direcionados para professores das redes Municipal, Estadual e Privada de ensino das bacias envolvidas na Meta 2010. Essas atividades têm como foco envolver os professores em reflexões sobre a situação das bacias do ponto de vista ambiental, econômico e social, propiciando estímulo para a revisão de hábitos e posturas e formando multiplicadores para a concretização do Programa.

No curso para os docentes são oferecidas palestras sobre a Meta 2010 e distribuído materiais como cartilhas, revistas do Projeto Manuelzão e o livro do Programa de Educação Ambiental do Estado de Minas Gerais. Os professores são orientados para a correta utilização dos materiais em sala de aula e a interação do sistema educacional com as intervenções de saneamento que abrangem a região onde cada escola atua.

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Minas será sede da edição 2009 do Fórum Nacional de Comitês de Bacia

19 de novembro de 2008 - Minas Gerais irá sediar o XI Fórum Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica em 2009. O Estado foi eleito na plenária da Coordenação Nacional dos Comitês de Bacia Hidrográfica e a decisão foi anunciada durante a realização da décima edição do Fórum, que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 10 e 14 de novembro.

O evento de 2009, ainda sem data definida, será organizado pelo Fórum Mineiro de Comitês de Bacia Hidrográfica com o apoio do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) por meio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). "Realizar o Fórum em Minas nos dá a oportunidade de, como nos outros eventos, mostrar os avanços do nosso Estado na gestão de recursos hídricos", ressalta a diretora de Gestão de Recursos Hídricos do Igam, Luiza de Marillac.

O presidente do Fórum Mineiro de Comitês de Bacia, Mário Dantas, destaca que a experiência de Minas tem inspirado outros Estados a avançarem na criação de seus Comitês e Fóruns. "A cada ano esse encontro tem evoluído em número de participantes e qualidade. Os Comitês mineiros irão se dedicar ao máximo para a realização da edição de 2009", afirma.

X Fórum - Reunido anualmente, o Fórum é um espaço para que os Comitês identifiquem oportunidades e desafios para promoção da gestão integrada das águas, de forma participativa e descentralizada, além de propiciar a discussão de cenários futuros para proposição de metas e diretrizes que nortearão a política nacional de recursos hídricos.

Com a participação do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias e da Polícia Militar de Meio Ambiente, Minas Gerais foi o Estado presente com a maior delegação na edição 2008 do evento, com 94 representantes no total.

Durante o encontro, a coordenadora do Núcleo de Apoio aos Comitês do Igam, Valdete de Souza, apresentou o trabalho "Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos: Entraves para sua Implementação", que discute as dificuldades para implementação de três instrumentos de gestão: Plano Diretor, Cobrança e Outorga.

Os Comitês mineiros também tiveram espaço na programação para apresentar algumas de suas experiências. Entre elas, o CBH do Rio Paraopeba apresentou um trabalho sobre Educação Ambiental na sub-bacia do Ribeirão Saezedo, o recém criado CBH do Rio Mucuri apresentou o documentário da Expedição Mucuri, o CBH do Rio Paranaíba mostrou o processo de instalação do Comitê e o CBH do Rio Pará apresentou a experiência de revitalização da bacia.
Mais informações: www.ecbhs.com.br e www.igam.mg.gov.br
Ascom / Sisema

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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