Energias
Renováveis - 21/11/2008 - Os ministros, Reinhold
Stephanes, Agricultura, Sergio Rezende, Ciência
e Tecnologia, e Miguel Jorge, Indústria e
Comércio, avaliaram os impactos das pesquisas
na produção de biocombustíveis
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, encerrou, ontem (20), os debates na quarta
Sessão Intergovernamental, que teve como
tema "Biocombustíveis e Inovação:
pesquisa e desenvolvimento; biocombustíveis
de primeira e segunda geração; oportunidades
para a ciência e tecnologia". Os trabalhos
na sessão, que integra a programação
do 1ª Conferência Internacional sobre
Biocombustíveis, contaram também com
a participação dos ministros do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
Miguel Jorge, e da Agricultura, Pecuária
e Desenvolvimento (Mapa), Reinhold Stephanes.
Ao final dos debates da última
plenária do dia, o ministro Sergio Rezende
relembrou a histórica do etanol e do Proálcool
no Brasil, e de como o governo brasileiro tem investido
em pesquisas nesta área. Ele ressaltou ainda
a importância do programa do biodiesel, que
ganhou força no governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Ao fazer o resgate histórico,
Sergio Rezende lembrou da dependência que
o Brasil tinha na década de 1970 em relação
à importação de combustíveis
e traçou um paralelo com o momento mais recente
da história do País, marcado pelo
crescente aumento da produtividade do setor. O ministro
fez questão também de enumerar os
avanços obtidos com a inovação
nesta área, que têm inclusive influenciado
os preços dos produtos. Outro aspecto destacada
pelo ministro foi o pioneirismo do País na
produção de motores bicombustíveis,
que hoje equipam 90% da frota de veículos
novos.
Outro ponto de destacado no foi
o avanço na busca de soluções
voltadas ao aproveitamento de resíduos como
o bagaço e a palha da cana-de-açúcar,
que estão, cada vez mais, se transformando
em um item importante na cadeia produtiva do etanol.
Assessoria de Comunicação do MCT
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Cidade da Bioenergia, em São
Carlos (SP), pode se tornar referência em
energias alternativas
Bioenergia - 21/11/2008 - Sergio
Rezende e Reinhold Stephanes assinam acordo que
visa a criação da Cidade da Bioenergia
A cidade de São Carlos, no interior paulista,
pode em dois anos se transformar num centro de referência
em energia alternativas. Para isso, os ministros
da Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende,
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Reinhold Stephanes, e o prefeito do município,
Newton Lima, assinaram, ontem (20), em São
Paulo (SP), um memorando de entendimento que visa
a criar a Cidade da Bioenergia.
O centro ocupará uma área
de aproximadamente de 2.600 hectares e fica pronto
em 2010. A parceria tem também a participação
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa).
“A Embrapa é fundamental
para o sucesso dessa parceria”, destacou Sergio
Rezende, no ato de assinatura do memorando. O projeto
faz parte de um conjunto de medidas que garantiu
a liderança do País no setor agropecuário.
A iniciativa visa a transformar a Cidade da Bioenergia
referência em tecnologia integrada à
cadeia de produção.
“Será a maior concentração
de cientistas que desenvolverão novas formas
de pesquisa, por exemplo, a nanotecnologia aplicada
à área agrícola”, prevê
Reinhold Stephanes.
Laboratório
De acordo com o presidente da Embrapa, Silvio Crestana,
o projeto deve ser iniciado em 2009, com inauguração
estimada para o início de 2010. Para completar
o projeto, Crestana acredita que, no início
do próximo ano, será oficialmente
inaugurado o Laboratório Nacional de Nanotecnologia
para o Agronegócio, também instalado
em São Carlos.
Com informações do Mapa
Assessoria de Comunicação do MCT
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MCT cumpre agenda internacional
na Conferência sobre Biocombustíveis
Cooperação Científica
- 21/11/2008 - Sergio Rezende e o embaixador do
Reino Unido, Peter Collecott, assinaram um termo
de cooperação
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, cumpriu ontem (20), uma agenda internacional
voltada para cooperação nas áreas
de energias renováveis, formação
e capacitação de recursos humanos,
pesquisa científica e inovação
tecnológica. Os encontros ocorreram na 1ª
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
realizada em São Paulo.
O primeiro compromisso foi com
o ministro da Ciência da Dinamarca, Helges
Sander. Na oportunidade, Rezende destacou que a
ciência e a tecnologia vivem um momento especial
no Brasil, principalmente em função
do lançamento do Plano Nacional de Ciência,
Tecnologia e Inovação (PAC,T&I
2007/2010), que tem como meta o fortalecimento do
sistema como um todo, mas que tem metas para áreas
estratégicas, entre elas a de biocombustíveis.
O ministro dinamarquês destacou
que há, por parte de seu governo, interesse
em ampliar o intercâmbio com o MCT. De acordo
com ele, a Embaixada do Brasil na Dinamarca receberá,
nos próximos dias, um documento detalhando
as áreas de interesse, com o objetivo de
formação de uma agenda de cooperação
entre os dois países.
Na seqüência, Sergio
Rezende reuniu-se com o embaixador do Reino Unido,
Peter Collecott. Eles assinaram um termo de cooperação,
que no Brasil será operado pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico
(CNPq/MCT), na área de intercâmbio
de trabalhos científicos e pesquisadores.
Segundo Collecoott, o governo do Reino Unido considera
estratégica a relação de intercâmbio
com o CNPq e deverá destinar recursos para
a iniciativa.
Rezende participou ainda da assinatura
de outro termo de cooperação, desta
vez envolvendo os ministérios dos dois países
mais a Universidade de São Paulo (USP). O
acordo é voltado para formação
de recursos humanos e prevê o intercâmbio
de pesquisadores da USP com as universidades de
Oxford e Cambridge.
Livro
No período da tarde, o
ministro acompanhou o lançamento do livro
A Economia Natural do Conhecimento – Atlas das Idéias.
Mapeando a Nova Geografia da Ciência. A publicação
foi elaborada pela organização inglesa
Demos, e teve a participação do Centro
de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT).
A presidenta do CGEE, Lúcia
Melo, destacou o papel preponderante da obra na
identificação de pessoas e instituições
que atuam nas áreas de tecnologia e inovação.
Ainda de acordo com ela, mais importante ainda é
a possibilidade que o Atlas gera de apontar as tendências
para os próximos 15 anos no Brasil nestes
setores.
Assessoria de Comunicação do MCT
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Ministro coordena plenárias
intergovernamentais na Conferência sobre Biocombustíveis
Energias Renováveis - 21/11/2008
- O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, coordenou ontem (20), em São Paulo
(SP), os debates em duas sessões intergovernamentais,
como parte da programação da 1ª
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis.
Pela manhã, os participantes discutiram o
tema "Biocombustíveis e Segurança
Energética: transição da matriz
energética; diversificação
das fontes; universalização de acesso".
Na seqüência, representantes de governos
debateram o tema "Biocombustíveis e
Mudança do Clima: Mitigação
das emissões de gases de efeito estufa; mudança
do uso da terra, análises comparativas de
ciclo de vida".
À tarde, Rezende coordenou
os trabalhos na 4ª Sessão Intergovernamental,
que teve como tema “Biocombustíveis e Inovação:
pesquisa e desenvolvimento; biocombustíveis
de primeira e segunda geração; oportunidades
para a ciência e tecnologia”.
Em entrevista, Sergio Rezende
destacou a importância das discussões
na plenária. De acordo com ele, os debates
colocaram o tema das energias alternativas na agenda
governamental. Rezende destacou o papel essencial
do Brasil, que tem uma trajetória importante
na área do etanol e poderá contribuir
de forma significativa para o progresso neste setor.
O ministro também ressaltou a disposição
demonstrada por representantes de vários
governos em cooperar. “Muitos países já
se colocaram a disposição e estão
abertos para estabelecer programas de cooperação
nessas áreas. Temos um ambiente muito favorável
a cooperação internacional”, disse
em entrevista.
Na primeira sessão, o debate
foi aberto pelo ministro das Relações
Exteriores, embaixador Celso Amorim, que ressaltou
a importância do evento, que reúne
representantes de 30 organismos internacionais e
de quase uma centena de países. "Estamos
todos aqui dispostos a discutir a economia real,
ou seja, o crescimento econômico, investimentos
e geração de emprego. É tudo
o que o Brasil vem fazendo, há mais de 30
anos, com a produção de etanol a partir
da cana-de-açúcar, reduzindo a dependência
do petróleo, a emissão de gases de
efeito estufa e gerando emprego e renda no campo",
disse.
Amorim também criticou
os subsídios agrícolas milionários
e a imposição de vários tipos
de barreiras, que impedem a criação
de um mercado internacional para os biocombustíveis.
"Esses produtos fazem parte da solução
para enfrentar três grandes desafios da atualidade:
segurança energética, mudança
do clima e combate à fome e à pobreza",
destacou.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, também participou das discussões
e destacou que o Brasil está comprometido
com o aumento de 11% ao ano do uso do etanol na
matriz energética. Minc disse que, com esta
medida, dentro de dez anos, o País deixará
de jogar 508 milhões de toneladas de CO2
na atmosfera. Ele enfatizou que o governo brasileiro
está empenhado em parcerias que viabilizem
a transferência de tecnologia dos biocombustíveis
para nações pobres da América
Latina, Caribe, África e Ásia. No
plano doméstico, o uso de subprodutos, como
a palha da cana - como fonte de energia renovável
- e do vinhoto - na composição do
biogás e dos biofertilizantes - estão
contribuindo para reduzir os custos na cadeia produtiva.
O relator da Sessão, Paul
Roberts, destaca que entre as alternativas para
reduzir a dependência de petróleo,
a plenária sugeriu a mistura, obrigatória,
de 10% de etanol em toda gasolina consumida mundialmente,
uma vez que as tecnologias disponíveis tornam
a ação viável. Roberts ressaltou
ainda a necessidade da adoção de políticas
públicas relacionadas com a segurança
energética, bem como o uso dos biocombustíveis
como alternativa para o setor de transportes e a
importância da cooperação internacional,
a partir de experiências já existentes.
Dezesseis países participaram
da sessão e a representante da União
Européia anunciou que até 2010 a meta
do uso de energia renovável deverá
atingir 5,75% da matriz energética do continente
e em 2020, chegar a 10%.
Com informações da Assessoria da 1ª
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis
Assessoria de Comunicação do MCT
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Livro apresenta as vantagens do
bioetanol brasileiro
Energias Alternativas - 19/11/2008
- Publicação coordenada pelo CGEE
e BNDES destaca as características econômicas,
sociais e ambientais do combustível renovável
"Bioetanol de Cana-de-Açúcar
- Energia para o Desenvolvimento Sustentável"
é o título do livro que foi lançado
ontem (18), na 1ª Conferência Internacional
de Biocombustíveis, em São Paulo (SP).
Elaborado e escrito pelo professor Luiz Augusto
Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá
(Unifei), a obra foi coordenada pelo Centro de Estudos
Estratégicos (CGEE/MCT) e pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A publicação, que contou com a participação
de outros 30 especialistas, também está
disponível em formato virtual aqui.
Também colaboraram com
a iniciativa pesquisadores da Comissão Econômica
para a América Latina e Caribe (Cepal) e
do Escritório Regional da Organização
das Nações Unidas para a Alimentação
e Agricultura (FAO) para a América Latina
e Caribe. O trabalho é o primeiro que consolida
os diversos aspectos do setor e tem o propósito
de tornar o etanol brasileiro mais conhecido no
mundo, de modo a vencer a barreira da desconfiança
que ainda cerca o produto.
O livro "Bioetanol de Cana-de-Açúcar"
é uma compilação didática
das principais características do etanol
brasileiro, suas vantagens econômicas, sociais
e ambientais e as diferenças entre o produto
nacional, derivado da cana, do norte-americano,
extraído do milho, e do europeu, retirado
da beterraba e do trigo.
Para o chefe de Departamento da
Área de Planejamento do BNDES, Paulo de Sá
Campello Faveret Filho, o livro foi o modo encontrado
pelo Governo Federal para vencer a desconfiança
que ainda cerca o etanol brasileiro em alguns países,
principalmente por causa da desinformação.
Segundo Campello, a obra apresenta "de maneira
coerente, e muito consistente", o etanol para
leigos, especialmente estrangeiros. "Nossa
intenção é que ele ajude a
eliminar uma parte da desinformação
que existe e a consolidar o produto como uma commoditie
energética de primeiro nível".
Para o autor do livro, Horta Nogueira,
a desinformação sobre o etanol não
é gratuita. "As empresas que estão
bem, do ponto de vista da energia e a exportam para
o mundo, sempre colocaram obstáculos ao uso
do etanol. Mas é hoje transparente que vários
países podem reduzir a sua importação
de combustíveis e dinamizar a sua economia
apenas substituindo os derivados fósseis
[petróleo, carvão e derivados] por
produto local proveniente da cana, gerando emprego
e renda".
Para ele, o problema é
que além de enfrentar a barreira dos membros
da Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (Opep), é necessário
produzir etanol em bases não-sustentáveis.
"O etanol que é produzido na Itália,
na Alemanha, usa o trigo como matéria prima
e isto afeta diretamente a produção
de alimentos. Outros usam a beterraba, o milho e
não a cana".
A proposta do governo brasileiro,
tendo como ponta de lança o BNDES, é
promover no início do próximo ano
um road show (evento itinerante) para levar informações
sobre o etanol a pelo menos quatro grandes blocos
continentais: América do Norte, América
Central e Caribe, América do Sul e Europa.
Com informações da Assessoria de Comunicação
do BNDES
Assessoria de Comunicação do MCT
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Conferência Internacional
analisa os desafios tecnológicos na produção
de biocombustíveis
Energias Renováveis - 19/11/2008
- Os desafios tecnológicos e de inovação,
que permitam uma melhor eficiência na produção
de biocombustíveis, além da necessidade
de uma maior disseminação das pesquisas,
em nível mundial, foram os temas discutidos
durante a IV Sessão Plenária, da 1ª
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
realizada hoje (19) pela manhã, em São
Paulo (SP).
A concentração das
pesquisas ligadas aos biocombustíveis, em
apenas dois países, Brasil e Estados Unidos,
que respondem por 75%, seria um dos entraves para
a disseminação das inovações
e novas tecnologias, principalmente para a África,
segundo o presidente da Academia Africana de Ciências,
Mohamed Hassan, do Sudão, um dos debatedores
do evento. "Precisamos de um grande centro
internacional de excelência em biocombustíveis",
defendeu Hassan. Segundo ele, é preciso muito
mais ciência e tecnologia para enfrentar,
por exemplo, o problema de como produzir biocombustíveis
em solos frágeis e áreas degradadas,
como é o caso da África Subsaariana,
e que suportem longos períodos de secas.
O professor e físico José
Goldemberg, outro debatedor do painel, fez coro
com Hassan, afirmando que "o problema é
aprofundar a tecnologia e disseminar conhecimentos".
Ele ressaltou que a produção de biocombustíveis
é capaz de gerar até 60 vezes mais
empregos do que seu equivalente em combustíveis
fósseis.
Biomassa
Goldemberg observou que existe
uma evolução contínua na produção
do bioetanol no Brasil, cuja produtividade cresce
4% ao ano, há 30 anos. Ele lembrou ainda
uma outra tecnologia, a da gaseificação
de biomassa, que ele vê com enorme simpatia,
"inclusive para produzir biodiesel, que anda
meio esquecida."
Para John Melo, presidente da
Amyris Biotechnologies, "a inovação
cria o futuro", no qual ele não vê
nada melhor do que a cana-de-açúcar
nos trópicos. Ele também concorda
que é preciso fazer produtos melhores. E
criticou o que está acontecendo em seu país,
os EUA, em relação ao etanol de milho,
"um exemplo do que não pode dar certo",
acrescentando que essa é uma indústria
falida, ineficiente, que engoliu US$ 40 bilhões,
em poucos anos.
Participaram da mesa de debates
a diretora do grupo PSA Peugeot/Citröen, Thérèze
Martini; a presidente do Centro de Gestão
e Estudos Estratégicos (CGEE), Lúcia
Melo; o coordenador de Programa de Agricultura e
Meio Ambiente do WWF-Brasil, Luís Fernando
Laranja da Fonseca; a vice-presidente para a América
Latina e Caribe do Banco Mundial, Pámela
Cox, relatora do painel; a pesquisadora do Laboratório
de Energias Renováveis dos EUA, Helena Chum
e o presidente da Embrapa, Silvio Crestana, moderador
do debate.
Informações da Assessoria de Comunicação
da 1ª Conferência Internacional sobre
Biocombustíveis
Assessoria de Comunicação do MCT
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Pesquisadores avaliam impactos
ambientais e da crise sobre os biocombustíveis
Energias Renováveis - 18/11/2008
- Os participantes também discutiram outros
temas como a segurança alimentar, geração
de renda e desafios para conservação
dos ecossistemas - As conseqüências da
crise financeira internacional dominaram parte da
2ª Sessão Plenária, da 1ª
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis
realizada, hoje (18), pela manhã, em São
Paulo (SP). Moderada pelo cientista e secretário-executivo
do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas,
Luiz Pinguelli Rosa, e tendo como relator o especialista
em mudança de clima e professor da Universidade
de Stanford, Thomaz C. Heller, além da presença
da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina
da Silva, a sessão debateu o tema "Biocombustíveis
e mudança de clima: mitigação
das emissões de gases de efeito estufa e
mudança do uso da terra".
A urgência de descarbonizar
a economia mundial, assim como evitar os desmatamentos,
além da adoção dos biocombustíveis,
são temas sensíveis até mesmo
para a África, cujas emissões de carbono
não chegam a 4% do total mundial – como ressaltou
um dos debatedores, o diretor do Fundo Africano
de Biocombustíveis e Energias Renováveis
(Faber), Thierno Bocar Tall, do Senegal. "Se
não fizermos nada, em relação
às mudanças do clima e deteriorização
dos solos, daqui a alguns anos vamos perder 400
milhões de hectares de terra no continente",
destacou
Já o secretário-executivo
do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas
Globais e Biodiversidade, Fábio Feldmann,
acredita que a crise global deveria ser aproveitada
para colocar o tema da questão climática,
assim como buscar uma agenda comum entre os países.
Heller mencionou o fato de que os EUA estão
preparando uma regulação climática
em nível federal.
O secretário-executivo
do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas,
Luiz Pinguelli encerrou os debates afirmando que
está claro que os biocombustíveis
são uma forma de contribuir para mitigar
as emissões de gases estufa. "É
preciso pensar na futura geração do
etanol e ter clareza de que não há
uma solução única só
para isso. O efeito-estufa é claramente global
e também envolve a questão da pobreza.
A crise financeira pode ser uma coisa pequena perante
o que pode vir a ser a crise ambiental."
À tarde, foi realizada
a terceira Sessão Plenária com o tema
"Biocombustíveis e Sustentabilidade:
segurança alimentar; geração
de renda, desafios para os ecossistemas". Entre
os temas propostos, foi tratada a necessidade da
adoção da certificação
para esses produtos. Os participantes destacaram,
no entanto, que este processo não pode se
tornar uma barreira comercial e, menos ainda, deixar
à margem os produtores agrícolas familiares.
Nos debates também foram discutidos temas
como segurança alimentar e os impactos da
urbanização e da agricultura em geral
sobre a biodiversidade.
Informações da Assessoria de Comunicação
da 1ª Conferência Internacional sobre
Biocombustíveis
Assessoria de Comunicação do MCT