Panorama
 
 
 

NA SURDINA E EM CRISE, FROTA BALEEIRA JAPONESA SEGUE PARA A ANTÁRTICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

17 de Novembro de 2008 - O Nisshin Maru em alta velocidade no Oceano Antártico, sendo perseguido pelo navio Esperanza, do Greenpeace.
Tóquio, Japão — Segundo informações divulgadas pela imprensa do Japão, cota de baleias a serem caçadas será 20% menor do que na temporada passada.

Ativistas do Grenpeace marcaram na manhã desta segunda-feira (17/11) a saída da frota baleeira do Japão do porto de Innoshima com faixas informando que a caça às baleias está sob julgamento e que o programa baleeiro suga milhões de dólares de impostos pagos por cidadãos japoneses.

A frota tentou deixar o Japão na surdina, após o cancelamento da tradicional cerimônia festiva de despedida da frota, promovida no porto de Shimonoseki. Com a presença apenas dos familiares da tripulação e autoridades da indústria baleeira, o navio-fábrica Nisshin Maru deixou Innoshima em direção ao Santuário de Baleias do Oceano Antártico.

A indústria baleeira japonesa está em crise. A mídia informa, com base em fontes da indústria, que a cota de baleias a serem mortas foi reduzida em 20%. A Agência Japonesa de Pesca, no entanto, diz que o total de 935 baleias minke e 50 fins serão mortas, mesmo número da temporada passada.

Foi também revelado que pela primeira vez na história a frota vai navegar sem uma tripulação 100% japonesa, com vários integrantes se recusando a viajar depois do escândalo de contrabando de carne de baleia ter sido revelado ao público pelo Greenpeace. E como não se bastasse, foi anunciado que o restaurante Yushin, que vende carne de baleia em Tóquio, será fechado em 2010 devido a problemas financeiros.

O cargueiro Oriental Bluebird, responsável pelo reabastecimento da frota baleeira, foi recentemente multado pelas autoridades panamenhas e não acompanhará os navios japoneses ao Oceano Antártico, o que deve ter impacto significativo na capacidade de transporte de carne de baleia de volta ao Japão.

"A confusão existente na indústria baleeira e a reação despropositada das autoridades japonesas contra os ativistas do Greenpeace, Junichi Sato e Toru Suzuki, mostram que o trabalho da organização no Japão está gerando frutos, ao revelar ao público um programa baleeiro caro e sem sentido", afirma Jun Hoshinkawa, diretor executivo do Greenpeace Japão. "O mercado de carne de baleia no Japão entrou em colapso. É a hora dos cidadãos japoneses, que pagam impostos, exigir que o governo pare de subsidiar esse programa falido, e trazer de volta ao porto a frota baleeira."

O Greenpeace vai focar seus esforços para acabar com a caça às baleias dentro do Japão, onde 71% do público não apóia o programa baleeiro japonês.

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Cinco toneladas de cabeça de atum pelo fim da pesca predatória da espécie

17 de Novembro de 2008 Ativistas despejaram cerca de cinco toneladas de cabeças de atum em frente ao Ministério da Pesca francês, em Paris, para protestar contra a pesca predatória que pode provocar o colapso comercial da espécie.
Paris (França) e Marraquesh (Marrocos) — Ação realizada em Paris visa pressionar ICCAT a adotar medidas concretar para evitar o colapso comercial da espécie.

Ativistas do Greenpeace despejaram nesta segunda-feira (17/11) cerca de cinco toneladas de cabeças de atum na frente do Ministério da Pesca da França, em Paris, para protestar contra um possível colapso da exploração comercial da espécie no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. A ação foi programada para coincidir com a abertura do encontro anual da Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT, na sigla em inglês), que acontece em Marraquesh, no Marrocos.

A França está com a presidência da União Européia e tem usado o cargo para formar a posição européia em favor dos interesses imediatistas da indústria pesqueira, acima das necessidades urgentes de recuperação dos estoques de atum azul, que estão à beira do colapso. A população de atum no Atlântico e no Mediterrâneo está a cargo da ICCAT, entidade formada por representantes de 45 países, mais a comunidade européia.

Em 2006, após anos de altos níveis de pesca pirata, a ICCAT concordou em adotar um plano de recuperação para o atum (da espécie thunnus thynnus), que permitia a captura de no máximo 29,5 mil toneladas do peixe na parte leste do Atlântico e no Mar Mediterrâneo. O próprio Comitê Científico da ICCAT recomendou um limite sustentável de 15 mil toneladas. Desde então os mesmos cientistas estimaram que a captura de atum nas duas regiões estava em algo em torno de 67 mil toneladas.

"O tempo e o atum estão acabando", afirma François Provost, da campanha de Oceanos do Greenpeace Internacional, que está participando da reunião da ICCAT.

"A comissão sem rumo, seu plano de recuperação da população de atum está em frangalhos e a pesca totalmente fora de controle."

O Greenpeace quer que a pesca do atum seja suspensa até que reservas marinhas sejam estabelecidas para proteger a espécie, e que a capacidade pesqueira volte a níveis sustentáveis, além do estabelecimento de um novo plano de gerenciamento da pesca, de acordo com os dados científicos disponíveis.

"A menos que a reunião desta semana da ICCAT dê passos sérios para resolver o problema, os países ali representados serão os responsáveis pelo colapso de uma das mais rentáveis e importantes atividades pesqueiras de nosso tempo, destruindo o modo de vida de pescadores da região", afirma Sebastian Losada, da campanha de Oceanos do Greenpeace Espanha, que também participa da reunião em Marraquesh.

O Greenpeace está em campanha para a criação de uma rede global de reservas marinhas que cubram 40% dos oceanos. Assim, seria possível não apenas proteger os mares dos impactos das mudanças climáticas, mas também restaurar o estoque pesqueiro e proteger a vida marinha da destruição de seu habitat.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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