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NOVAS UCs VÃO GARANTIR PRESERVAÇÃO DA FLORESTA AO LONGO DA BR-319

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

José Roberto - Brasília (19/11/2008) – O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de promover uma série de reuniões em Manaus para a elaboração de um plano de proteção e implantação de unidades de conservação estaduais e federais nos Estados do Amazonas e Rondônia, ao longo da área de influência da BR-319.

As reuniões, realizadas entre os dias 10 e 11, com representantes da Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral (Direp) do ICMBio e dos governos estaduais, aprovaram um conjunto de recomendações para fortalecer e estabelecer ações governamentais na região, atualmente muito castigada pela ação de grileiros e madeireiros.

Inicialmente será dada prioridade à implementação e implantação de diversas unidades estaduais já criadas e em processo de criação. No Estado do Amazonas, por exemplo, sete UCs estaduais estão em processo de criação: Parque Estadual Matupiri, RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Canutama, RDS Igapó-açu, RDS Matupiri, Floresta Estadual Canutama, Floresta Estadual Tapauã e Floresta Estadual Beruri.

Somadas às RDS Rio Amapá, Madeira e Piagaçu-Purus e às 11 federais já existentes nos dois estados, elas representam um total de 11,6 milhões de hectares de áreas protegidas ao longo da rodovia.

As 11 UCs federais somam 7,58 milhões de hectares e são as seguintes: Parque Nacional (Parna) Mapinguari, Parna Nascentes do Lago Jari, Estação Ecológica Cuniã, Reserva Biológica Abufari, Floresta Nacional (Flonba) Iquiri, Flona Balata Tufari, Flona Humaitá, Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus, Resex Ituxi, Resex Lago do Cuniã e Resex Capana Grande.

O Estado de Rondônia conta com mais oito unidades estaduais já criadas que ainda não figuram nesses primeiros levantamentos realizados pelo ICMBio. Isso porque o estado não mandou representante às reuniões realizadas em Manaus.

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BR-319 terá 21 unidades de conservação em seu entorno

Brasília (17/11/2008) – O grupo de trabalho que estuda o plano de proteção ambiental para a BR-319 (Porto Velho-Manaus) tem até o final desta semana para apresentar uma proposta ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O grupo calcula que serão necessários cerca R$ 20 milhões anuais por um prazo de 20 anos para fazer a “blindagem” ambiental da rodovia que deve ser pavimentada. Os recursos seriam investidos em medidas para reduzir o impacto da obra.

Entre as medidas, estão a implantação e manutenção de 21 áreas protegidas na zona de influência da estrada, segundo informação do coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc) do Amazonas, Domingos Macedo. Ao todo haverá 29 unidades de conservação na área da estrada, mas 8 delas, reservas estaduais de Rondônia, ainda não têm custo estipulado. Das 21 já orçadas, 11 são federais e 10 estaduais sob responsabilidade do Amazonas, informa Macedo. Sete unidades estaduais no Amazonas ainda estão em fase de criação.

Domingos disse que na reunião do grupo de trabalho ocorrida na terça-feira (12), com presença de representantes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), debateu-se a importância de se criar corredores ecológicos interligando os dois lados da estrada. Isto será feito por meio de passagens subterrâneas e estruturas aéreas que permitirão aos animais cruzar a rodovia, evitando o isolamento entre si das áreas conservadas.

Intransitável - A estrada foi aberta durante o regime militar e praticamente “engolida” pela mata por falta de manutenção, o que a tornou intransitável em grande parte de sua extensão de mais de 870 quilômetros. Sua reabertura é de importância estratégica para a capital amazonense, que no momento é acessível do centro-sul do país apenas por via aérea ou fluvial. Por outro lado, teme-se que a via abra uma frente de desmatamento, a exemplo do que aconteceu com rodovias no Pará e em Mato Grosso.

Ainda assim, como informa a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nadia Ferreira, o grupo de trabalho não cogita a possibilidade de o asfaltamento não ser feito De acordo com Domingos Macedo, entre 80% e 90% da área de influência da rodovia (que abrange as terras entre os Rios Madeira e Purus) estarão em reservas. Cerca de um terço será de conservação integral e o restante poderá ter uso sustentável.

Entre outros gastos, os R$ 20 milhões anuais servirão para equipar as unidades de conservação com bases flutuantes ou terrestres, veículos e equipamento de comunicação. “Devido às distâncias, os custos aqui são muito altos”, explica Nadia Ferreira. Uma parte dos recursos deve ser utilizada pelo Instituto de Terras do Amazonas para regularização fundiária na região. “O estado, como contrapartida, entrará com o pessoal e a infra-estrutura já instalada. Mas esse custo ainda não foi detalhado”, acrescenta a secretária.

De acordo com ela, a necessidade por recursos deve se intensificar num período de dois anos pois, no começo, as reservas ainda estarão em fase de organização e a estrada ainda não estará pronta.
Ascom ICMBio c/G1

 
 

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