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PEIXES ORNAMENTAIS SÃO ALTERNATIVA DE RENDA PARA RIBEIRINHOS DO AMAZONAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

Sustentabilidade - 17/11/2008 - Pedro Calízia, pescador ornamental da Reserva Amanã, e Alexandre Hercos, pesquisador do Mamirauá, analisam um espécime de peixe ornamental
Pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) e moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA), no Amazonas, estão reunidos em Manaus (AM) para negociar com exportadores aquarofilistas a venda do primeiro lote de peixes acarás-disco (Symphysadon aequifasciatus), manejados sustentavelmente por moradores da Reserva Amanã. A reunião começou ontem (16) e vai até amanhã (18).

Os peixes foram capturados em coleta piloto realizada por 15 membros do grupo de manejadores de peixes ornamentais de sete comunidades da Reserva Amanã entre os dias 13 e 23 de outubro, com a assessoria de pesquisadores do Projeto de Manejo de Peixes Ornamentais do Instituto Mamirauá.

A pesca de peixes ornamentais se apresenta como alternativa de renda para os moradores daquela unidade de conservação, cujas principais atividades de subsistência são agricultura, caça e pesca.

Os compradores finais dos peixes poderão, por meio do site do Mamirauá (www.mamiraua.org.br), rastrear a sua origem, obtendo informações como parâmetros físico-químicos da água e coordenadas geográficas do local da coleta, entre outras. Dessa forma, terão a garantia de que o indivíduo adquirido foi coletado de acordo com critérios de sustentabilidade, seguidos por comunidades tradicionais de uma unidade de conservação.

Esse sistema é serviço inédito na área de consumo de produtos sustentáveis. "Ao garantir a origem sustentável do produto e responder pelo produtor, acreditamos que os próximos elos da cadeia produtiva - os importadores, exportadores e vendedores finais – também possam se interessar em atestar que seu modo de produção também é sustentável", afirma Helder Queiroz, diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá.

Manejo

O Projeto de Manejo de Peixes Ornamentais do Instituto Mamirauá estuda a viabilidade de comercialização de peixes ornamentais na Reserva Amanã desde 2005, com o apoio do Programa Petrobras Ambiental, e do Zoological Society of London (ZLS). Para tanto, foram feitas pesquisas para seleção de espécies potencialmente ornamentais e, a partir daí, escolhidas 19. Entre elas, Apistogramma spp., Carnegiella spp. (peixes-borboleta) e os acarás-disco.

Os moradores da Reserva Amanã que participaram da coleta piloto formam o grupo de pesca manejada de peixes ornamentais, criado em 2007 com a assessoria dos pesquisadores do Projeto de Manejo. A equipe de cientistas do Instituto Mamirauá, em paralelo às pesquisas, vem realizando oficinas de capacitação sobre organização, associativismo e boas práticas em coleta, manuseio, armazenamento e transporte de peixes ornamentais, entre outros temas.

Outro curso também foi realizado no período da coleta piloto. Nessa oficina, foram apresentados aspectos das técnicas de coleta de peixes ornamentais realizada em Barcelos (AM), apresentadas por Rivaldo Soares Siqueira, pescador de peixe ornamental daquela região. O curso também teve a participação de Ana Paula de Araújo,veterinária da Secretaria Executiva de Pesca e Aqüicultura do governo estadual do Amazonas, que abordou o manejo sanitário e ambiental sustentável de peixes ornamentais.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil exportou 30 milhões de peixes ornamentais nos últimos três anos. A venda gera cerca de US$ 5 milhões anuais. Já segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estima-se que US$ 15 bilhões tenham sido movimentados em 2005 no mercado global de aquarofilia. Só o Amazonas exportou, em 2007, cerca de US$ 4 milhões. Os maiores importadores são os Estados Unidos, o Japão e países europeus, entre eles Alemanha, Inglaterra e França.
Maria Carolina Ramos - Assessoria de Imprensa do Instituto Mamirauá

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Preservação da água dos rios é tema de campanha

Pesquisa Marinha - 21/11/2008 - Pesquisas recentes mostram que os desequilíbrios ambientais causados pelos desmatamentos, uso incorreto do solo e a poluição dos rios entre outras ações do homem sobre o meio ambiente estão comprometendo grande parte dos recursos hídricos do planeta. Alguns desses estudos apontam que a derrubada de árvores da floresta Amazônica para cultivos agrícolas e pastagens está afetando a maior bacia hidrográfica de água doce do planeta.

Hoje em dia, a água é considerada um bem precioso, que é necessário ser preservado. Partindo dessa premissa, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), em parceria com a Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), o Projeto Pioneiras e o Parque Estadual Sumaúma promove neste domingo (23), a partir das 8h, uma campanha de conscientização para a preservação da água dos rios e igarapés da Amazônia.

Segundo os organizadores, a campanha tem por objetivo chamar a atenção das pessoas para a questão da preservação e proteção da água. "Queremos alertar sobre os problemas causados pelo acúmulo de lixo despejado nos rios", explica um dos organizadores do evento.

Em sua segunda edição, a Campanha Dia do Rio 2008 será realizada no Parque Estadual Sumaúma, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus. O evento tem propostas educativas e culturais ligadas a importância da preservação dos rios e recuperação das áreas degradadas.

Entre as atividades programadas estão plantio de mudas; coleta e seleção de lixo; atividades culturais como capoeira; teatro; oficinas de contos amazônicos; pintura; briquedoteca; biblioteca móvel; música; dança; exposições e oficinas de reciclagem.

Sobre a Ampa

A Associação Amigos do Peixe-boi promove atividades de proteção, conservação, pesquisa e manejo do peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis), e de outros mamíferos aquáticos da região como a ariranha, (Pteronura brasiliensis) a lontra, (Lontra longicaudis) o boto vermelho (Inia geoffrensis), e o tucuxi (Sotalia fluviatilis).

Os estudos sobre a biologia e conservação do peixe-boi da Amazônia iniciaram-se em 1974 no LMA, do Inpa. Naquela ocasião, com apenas um pesquisador e apenas um indivíduo em cativeiro, foi iniciada uma série de pesquisas envolvendo aspectos fisiológicos do peixe-boi da Amazônia, incluindo metabolismo, audição, respiração, termoregulação e reabilitação de filhotes órfãos em cativeiro.

Hoje, o LMA já reabilitou com sucesso mais de 60 filhotes da espécie, cujas mães foram vítimas da caça ilegal que ainda ocorre na região.
Assessoria de Comunicação do Inpa

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Cientistas brasileiros realizam a primeira expedição nacional ao interior da Antártica

Antártica - 20/11/2008 - Marca do Ano Polar Internacional - Foto: Divulgação - Pesquisadores do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) partem hoje (20), do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para a primeira expedição científica nacional ao interior da Antártica. A missão terá seu acampamento base localizado a 2 mil quilômetros ao sul da Estação Antártica Comandante Ferraz - que o Brasil instalou na Antártica há mais de dez anos - já sobre o espesso manto de gelo que cobre o continente.

Do acampamento base, parte do grupo avança mais 400 quilômetros em uma das regiões mais isoladas da Antártica, o Monte Johns (79°37'S, 91°14W), onde serão feitas perfurações no gelo para investigar as variações do clima e da química da atmosfera ao longo dos últimos 500 anos.

Por 40 dias, o grupo viverá em barracas, acampados sobre as geleiras e enfrentando temperatura de menos 35°C e deslocando-se de avião e motos de neve. O grupo, formado por três pesquisadores gaúchos, três cariocas, um mineiro e um chileno, será liderado pelo glaciologista Jefferson Cardia Simões da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele já participou de 19 expedições no Ártico e na Antártica e foi o primeiro brasileiro a atravessar o manto de gelo e a atingir o Pólo Sul Geográfico via terrestre no verão de 2004/2005 em uma missão chilena.

A expedição é ação colaborativa da UFRGS com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A expedição permite ao Brasil explorar cientificamente o interior de um continente de 13,6 milhões de km², que tem importante papel como controlador do clima do País. Até o momento, a presença nacional na Antártica está restrita a proximidades da costa do continente. Esta expedição é parte das ações brasileiras no Ano Polar Internacional (http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/49533.html) e uma contribuição às investigações sobre a variabilidade e mudanças do clima nos programas International Trans-Antarctic Scientific Expedition (Itase) e International Partnership in Ice Core Sciences (Ipics).

A expedição é financiada pelo Proantar por ações do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contando ainda com apoio da Frente Parlamentar em Prol do Proantar, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Academia Brasileira de Ciências (ABC).

O andamento da expedição pode ser acompanhado pelo Internet (www.ufrgs.br/antartica). No Google Earth visualize o local do acampamento base (80º19'S, 81º16'W) e do acampamento avançado – Monte Johns (79°37'S, 91°14W).
Assessoria de Comunicação do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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