Panorama
 
 
 

RIQUEZA CULINÁRIA, BELEZA E ARTESANATO SUSTENTÁVEL SÃO DESTAQUES DA PRAÇA DA BIODIVERSIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

20/11/2008 - Experimentar uma geléia de cagaita, um pé-de-moleque de baru, uma conserva de milho ou abóbora. Convites gastronômicos como esses são parte do que o estado de Goiás apresentará ao público visitante da Praça da Biodiversidade. Esse espaço reunirá, ainda, o melhor da tradição culinária de Minas Gerais, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além do alegre e autêntico artesanato do Tocantins, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. A Praça da Biodiversidade é uma das cinco ilhas temáticas da V Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, que neste ano acontecerá de 26 a 30 de novembro na Marina da Glória, Rio de Janeiro. O tema do evento é o Brasil Rural Contemporâneo.

Moradora de Pirenópolis (GO), Érica Danielle, 22, participará da Feira pelo segundo ano consecutivo. Ela integra o grupo de 16 expositores da Rede Cerrado (Centro-Oeste) que estarão na Praça da Biodiversidade. Essa agricultora familiar goiana é a autora da receita da geléia de cagaita e do pé-de-moleque de baru da marca Progresso do Futuro. Érica Danielle destaca o sabor exótico como o principal atributo das suas criações. “Acreditamos muito que nossos produtos irão agradar os brasileiros e os estrangeiros que visitarem nosso estande”, diz.

A crença na conquista de novos mercados fez a família de Érica Danielle investir nas embalagens dos produtos. A da castanha do baru, por exemplo, já possui informações em inglês e português. Outro item da marca que visa o público estrangeiro é o feijão azuqui – leguminosa originária do continente asiático e bastante apreciada pelos japoneses e chineses. Na propriedade da agricultora, toda a lavoura desse feijão é cultivada de forma orgânica e sustentável.

Potência nutricional

Convencida de que seus pratos têm como diferencial o “sabor do Cerrado”, Érica Danielle ainda não sabia é que, além de gostosas, as matérias-primas que utiliza nas receitas estão sendo objeto de pesquisa em função das vantagens proporcionadas ao organismo humano. Um estudo realizado neste ano pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, concluiu que o teor de vitamina C da cagaita (18,28 mg/100 g), por exemplo, é superior ao valor encontrado em frutas como a banana madura (6,4 mg/100g) e a maçã argentina (5,9 mg/100 g).

O Departamento de Biologia da UFLA constatou, ainda, que a cagaita possui alta porcentagem de ácidos graxos polinsaturados - linoléico (10,5%) e e linolênico (11,86%). Nesse aspecto, a fruta perde, apenas, para a amêndoa do baru e a polpa da mangaba, que também são nativos do bioma Cerrado. Os ácidos graxos linoléico e o linolênico, explica o estudo, são essenciais para a estrutura das membranas celulares, inclusive as do cérebro, da retina e do sistema reprodutor. Já o baru, cuja amêndoa se assemelha ao sabor do amendoim, possui um percentual de proteína (26%) superior ao encontrado no coco-da-Bahia.

Artesanato sustentável

Cores, autenticidade e muita moda são as promessas do artesanato do Nordeste e do Norte do País para a Feira do Rio de Janeiro. O baiano José Valdo Rose estreará no evento representando a Associação de Artesãos de Santa Brígida (BA). Todos os produtos do Grupo, que faz parte dos 16 componentes da Rede Bodega (região Nordeste) são feitos com a palha do licuri – espécie de palmeira bem adaptada às regiões secas e áridas. “A nossa expectativa é vender bastante durante o evento e fazer contato para comercializar os produtos com outros estados também. O Rio de Janeiro será ótimo para essa divulgação”, planeja.

Do Grupo de Mulheres Trançando Esperança, virão as bolsas, baús e luminárias fabricadas com a palha do milho. Toda a produção advém do trabalho de 19 agricultoras do município de Assaré, no Ceará. Na ilha temática da Biodiversidade, essas mulheres mostrarão, ainda, xilogravuras em azulejos. Um dos motivos mais procurados é a imagem do poeta Patativa do Assaré, considerado ícone da poesia oral nordestina do século XX.

Reluzente como ouro, o capim dourado será a principal matéria-prima das bolsas, bijuterias, mandalas, relógios e espelhos fabricados no Tocantins pela Associação de Capim Dourado Ponte Altense (ACDP). Construir peças com esse capim, que só se desenvolve na região do Jalapão (TO), exige destreza das artesãs. Uma mandala de um metro, por exemplo, demanda até uma semana de trabalho manual. Mais simples e menores, os descansos de panela podem ser fabricados em dois dias.

A presidente da ACDP, Gilbertina Aires Ribeiro, adianta quais são suas pretensões na V Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. “Vamos aproveitar para divulgar nosso trabalho, que é o carro-chefe de Ponte Alta do Tocantins. De cada três casas na cidade, pelo menos uma é nossa associada”, diz.

Projeção Nacional

A V Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária chega ao Rio de Janeiro já consolidada. As quatro primeiras edições realizadas em Brasília reuniram 1.798 empreendimentos agroindustriais e artesanais, movimentaram R$ 40 milhões e proporcionaram, nas Rodadas de Negócios, acordos entre 290 empreendimentos da agricultura familiar e 164 compradores, entre redes de supermercados, hotéis e restaurantes.

O evento é realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e tem patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil, do BNDES, da Petrobras, da Eletrobrás, do Sebrae, da Abimaq, da Anfavea, da Fundação Banco do Brasil e da Ubrabio. Conta, ainda, com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro; da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; e do Instituto Latinoamerica.

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Cassel apóia produção de biocombustíveis em Conferência

20/11/2008 - Mudanças climáticas, sustentabilidade e inclusão social foram alguns dos temas discutidos nesta quinta-feira (20) durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis. Promovido pelo governo brasileiro, o evento ocorre em São Paulo desde a última segunda-feira (17). Participam representantes de noventa países, de organismos internacionais, cientistas e empresários.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ressaltou, durante sua participação na Conferência, a importância da discussão de dois temas: a produção de alimentos e a produção de biocombustível. "A busca de uma matriz energética não poluente nos leva à pergunta: quem pode produzir? E isso nos leva à superação da desigualdade e à inclusão social no meio rural brasileiro com a participação dos agricultores familiares nessa cadeia produtiva", destacou. O ministro defende, ainda, que é necessário "pensar na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, na produção de uma nova matriz energética. Esses dois temas não podem ficar separados".

Crédito, assistência técnica, seguro e garantia de preço mínimo são alguns dos exemplos de políticas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) para incentivar a agricultura familiar. Atualmente, mais de 100 mil famílias de agricultores participam do programa brasileiro de biodiesel. Na safra 2008/2009, a expectativa é que 80 mil famílias participem da produção de oleaginosas em diversas regiões do País. E a tendência é que esse número cresca ainda mais. Até 2013, quando 5% de biodiesel terá quer ser adicionado ao diesel, o cenário brasileiro será de 200 mil famílias de agricultores familiares envolvidas, a cada ano, na produção de biodiesel.

Os participantes da Conferência foram unânimes no elogio à iniciativa brasileira de promover a discussão sobre o tema. Na opinião da delegação da Noruega, é muito importante trabalhar com o governo brasileiro na busca por soluções que promovam o desenvolvimento e protejam o meio ambiente. Já a representação dos Estados Unidos cumprimentou o governo do Brasil pela liderança nas pesquisas com biocombustível. Do grupo da República Dominicana veio o reconhecimento de que o Brasil está ensinando a eles como "ser bom, grande e desenvolvido". A Conferência Internacional termina nesta sexta-feira (21), com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Brasília sedia a última oficina sobre licenciamento ambiental

19/11/2008 - Os tanques de resfriamento de leite do assentamento Ezequias dos Reis, na cidade mineira de Araguari, poderão começar a funcionar a todo vapor. As 15 famílias de assentados que se dedicam à atividade estão otimistas quanto ao plano de aumentar a produção, atualmente por volta de 400 litros diários. A aposta no gado de leite ganhou nova perspectiva a partir da obtenção, em agosto, da Licença de Operação Corretiva (LOC), emitida para assentamentos instalados antes da Deliberação Normativa 44/2000 do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais.

A LOC em mãos significa a possibilidade de solicitar a Autorização para Exploração Florestal (Apef), expedida pelo Instituto Estadual de Florestas. Com a Apef, virá a ampliação dos investimentos na atividade leiteira, sem perder o foco na sustentabilidade. “Os assentados estão empenhados em proteger as reservas ambientais. Vamos cercar as áreas de reserva permanente e de reserva legal", afirma o presidente da associação de moradores do assentamento, José Manoel da Silva.

A agilização dos pedidos de licença ambiental é uma das ações prioritárias do Incra. O tema vem sendo debatido desde agosto, durante as Oficinas sobre Licenciamento Ambiental em Projetos da Reforma Agrária. Nestas quinta e sexta-feiras (20 e 21 de novembro), Brasília sediará o último de uma série de encontros regionais. Além das demandas de Minas Gerais, serão debatidas soluções para alavancar o licenciamento em assentamentos do Distrito Federal e de Goiás.

A abertura do evento está marcada para as 9h, no Hotel Nacional. Participam representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Incra, de órgãos estaduais de meio ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Outras contribuições serão as do Tribunal de Contas da União (TCU), do Ministério Público Federal (MPF) e dos estaduais, além de movimentos sociais.

As oficinas fazem parte do Projeto de Assistência Técnica para a Agenda da Sustentabilidade Ambiental (TAL Ambiental), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Além de estudos e diagnósticos, o programa apóia análises e capacitações necessárias à consolidação e ao avanço das políticas públicas de desenvolvimento sustentável.

Os resultados das oito oficinas realizadas desde agosto serão apresentados durante a V Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, que ocorrerá de 26 a 30 de novembro na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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