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SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO SERÁ TRANSFORMADO EM AUTARQUIA, ANUNCIA MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

18 de Novembro de 2008 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou hoje (18) que o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) será transformado em autarquia. A decisão foi comunicada pelo ministro após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

"O presidente concordou com isso, claro, serão analisados os detalhes, mas o presidente deu o ok para reforçar, fortalecer e criar uma autarquia específica para o Serviço Florestal Brasileiro", disse Minc.

Criado em 2006, o SFB é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. A transformação em autarquia será proposta ao Legislativo por meio de projeto de lei. A aprovação da mudança no Congresso Nacional permitirá que o Serviço Florestal Brasileiro tenha autonomia financeira e quadro próprio de servidores, segundo informações da assessoria de imprensa da SFB.

A nova estrutura terá 1000 cargos e a estimativa é que entre 2009 e 2010 gere 36 mil empregos, de acordo com Minc. O trabalho da autarquia resultará na extração de 2,8 milhões de metros cúbicos de madeira legalizada.

“Existem já milhões de hectares de floresta para produção de madeira legal e certificada, até porque a única maneira de combater a madeira ilegal é aumentar a oferta da [madeira] legalizada”, disse o ministro.

Na reunião foi acertada também a criação da Força Federal de Combate aos Crimes Ambientais, que terá 3 mil agentes. De acordo com Minc, haverá dois concursos, um deles para contratar 2 mil servidores para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e para o Instituto Chico Mendes, para a área de fiscalização.

O segundo concurso selecionará outros mil servidores para a Polícia Florestal, que irão coibir danos ao meio ambiente. “Será uma força ligada ao combate ao crime ambiental. Isso foi anunciado anteriormente e apresentamos ao presidente a modelagem ideal”, explicou o ministro.

Os concursos devem ser formatados ainda este ano e realizados no início de 2009. Minc não quis adiantar o custo das contratações, mas disse que já foi feita uma estimativa que será apresentada ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Minc e Lula conversaram ainda sobre o primeiro Plano de Mudanças Climáticas elaborado pelo Brasil. Segundo o ministro, o presidente vai assiná-lo entre os dias 1º e 3 de dezembro.

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Caixa se torna gestora de fundo de compensação ambiental

19 de Novembro de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As empresas que constroem empreendimentos em áreas de risco ambiental terão, a partir de agora, uma conta específica para depositar o Fundo Nacional de Compensação Ambiental, que são obrigadas a recolher. Um convênio assinado hoje (19) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, estabelece que o banco será o gestor do fundo, administrando os rendimentos e fiscalizando sua aplicação.

Os recursos devem ser destinados a unidades de conservação e a regularizações fundiárias. A aplicação do dinheiro nessa conta vinculada à compensação ambiental é voluntária, mas o ministro Minc disse que os empresários estão agradecidos pela medida. “Todos os empreendedores querem. Eles não vão pagar nem mais, nem menos, e terão a quitação imediatamente. Dez de cada dez empresários consultados levantaram as mãos para os céus.”

Como o governo demorava vários anos para determinar onde e como empregar os recursos, os empresários também demoravam para quitar suas obrigações ambientais. O Fundo Nacional de Compensação Ambiental foi lançado em março de 2006 pela então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, numa parceria entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Caixa, mas só agora será efetivamente implantado.

O atual ministro acredita que já existam cerca de R$ 350 milhões em compensações ambientais com as empresas. Segundo Minc, o dinheiro não rendia e havia dificuldade para fiscalizar. Com esse acordo, ele acredita que o dinheiro vai render, além de ser fiscalizado.

“Esses R$ 350 milhões, e mais o que está entrando, vão significar proteger de fato as unidades de conservação, que não serão mais unidades de papel. Serão unidades demarcadas, fiscalizadas, com ecoturismo, com pesquisador, com tudo a que têm direito.”

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Rômulo Fernandes, que determinará as prioridades para aplicação dos recursos, disse que o fundo permitirá que se indenizem os legítimos proprietários e dará condições de manejo nas unidades de conservação ambiental. A ação de hoje deve também acelerar os investimentos e estabelecer critérios claros para eles, acrescentou.

Até abril deste ano, todas as empresas com obras em áreas de risco ambiental eram obrigadas a recolher 0,5% do valor total do empreendimento para a compensação ambiental. Desde então, o valor mínimo passou a ser zero e o máximo ainda não foi definido. De acordo com deve ser publicado, até o fim deste mês, um decreto presidencial estabelecendo os novos valores.

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Ambientalistas condenam plantação de espécies exóticas em áreas desmatadas

19 de Novembro de 2008 - Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Ambientalistas criticam projeto de lei que prevê a plantação de espécies exóticas em áreas desmatadas na Amazônia. O Projeto de Lei 6424/05 modifica o atual Código Florestal e permite uma redução, de 80% para 50%, da área de vegetação original que deve ser conservada em propriedades rurais. A medida obteve parecer favorável na Comissão de Agricultura e aguarda votação na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Depois, deve retornar ao Senado.

Para os setores ambientalistas, que apelidaram o projeto de “Floresta Zero”, a aprovação do PL pode representar riscos de desmatamento acelerado. De acordo com um dos coordenadores da Campanha da Amazônia da organização não-governamental Greenpeace, Márcio Astrini, o problema é que a compensação de áreas de reserva legal pode ser efetuada em outro local e não no que foi feito a degradação.

"Precisa ter uma composição de uma legislação, hoje, que preserve a floresta, que possa garantir o desmatamento zero na Amazônia, e que possa ao mesmo tempo garantir mais tecnologia e um melhor aproveitamento da agricultura no Brasil. Esse é o debate que tem que ser feito." O autor do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), diz que os ambientalistas estão determinados a impedir o desenvolvimento do país ou então, segundo ele, não compreendem o projeto.

"É uma inverdade, porque o projeto que foi apresentado é exatamente no sentido contrário. Você vai poder usar o que já está aberto, e não vai precisar abrir mais nada na Amazônia. Ele não derruba uma única árvore. Ele apenas permite, através de uma flexibilização do Código Florestal, que se faça o uso das áreas que já estão alteradas."

Outro temor dos ambientalistas está na permissão do projeto ao cultivo de vegetação que não é original da Amazônia. Eles defendem que a medida pode permitir o cultivo de plantas prejudiciais ao ambiente.

"O eucalipto suga a água do solo e do subsolo, para poder se desenvolver, para poder crescer rapidamente, de forma muito agressiva. Inserir uma espécie dessa, numa floresta tropical como a Amazônia, pode condenar uma região inteira por esse tipo de plantação", afirma Astrini.

Para agilizar a discussão do projeto, parlamentares e representantes dos ministérios de Meio Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento Agrário se reuniram ontem (19) no Senado Federal. Também participaram do encontro representantes ruralistas e ambientalistas. Entretanto, não houve avanços e uma nova reunião deve ser marcada.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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