21/11/2008
- São Paulo (21.11.2008) - Esta é
a primeira vez que trabalhamos juntos em uma norma
de proteção ambiental, comentou o
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Reinhold Stephanes, após assinatura, pelo
presidente Luis Inácio Lula da Silva, do
decreto que regulamenta a lei da Mata Atlântica.
O ato, que contou com a presença do ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, ocorreu durante a
Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
que termina nesta sexta-feira (21), em São
Paulo.
Stephanes ressaltou o bom entendimento
entre as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente
e reafirmou que não é preciso derrubar
nenhuma árvore para expandir a produção
agrícola. O ministro da Agricultura disse
que é preciso buscar um equilíbrio
na legislação ambiental, que permita
proteção e maior produção.
Em relação ao decreto
que regulamenta a Lei 11.428/2006, o presidente
Lula disse que a legislação inova
porque detalha os tipos de vegetação
do bioma Mata Atlântica e as metas para alcançar
o desmatamento zero.
O presidente enfatizou ainda que
é preciso promover uma nova dinâmica
na preservação do meio ambiente. Ele
ressaltou que o governo federal pretende envolver
os municípios nas medidas de proteção
ambiental. “Se os prefeitos não trabalharem
em parceria vamos continuar correndo atrás
da fumaça”, afirmou.
Ao informar sobre o zoneamento
agroecológico da cana-de-açúcar,
o presidente da República disse que o trabalho
está muito bem executado e, em breve, será
anunciado pelo governo.
+ Mais
Brasil terá contribuição
fundamental na formação de mercado
mundial de etanol
17/11/2008 - São Paulo/SP
(17.11.2008) – “O desenvolvimento de um mercado
mundial de biocombustíveis significa, para
o Brasil, muito mais que produzir e vender. É
desejável que outros países também
iniciem sua produção e a transferência
da tecnologia nacional pode ser uma forma de favorecer
esse mercado, principalmente, para países
em desenvolvimento”. A posição é
do secretário de Produção e
Agroenergia do Ministério da Agricultura,
Manoel Bertone, que participa da Conferência
Internacional de Biocombustíveis em São
Paulo.
Bertone afirmou que a conferência
é um momento favorável para reforçar
o biocombustível como uma alternativa interessante
de renda sustentável para países em
desenvolvimento.
Durante a 1ª sessão
plenária do evento, que discute a relação
entre biocombustíveis e segurança
energética, o especialista americano em energia
e alimentos, Paul Roberts, disse que é preciso
pensar em um mundo sem petróleo por causa
das limitações de fontes, dos custos
e do impacto ambiental. “Nem todas as alternativas
disponíveis são ambientalmente vantajosas
e, nesta transição, o Brasil tem muito
a contribuir com sua experiência na produção
de etanol de cana-de-açúcar”, completou.
A sessão segue até o fim da tarde.
Até a próxima sexta-feira,
a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis:
os biocombustíveis como vetor de desenvolvimento
sustentável, abordará temas como mudança
de clima, mercado internacional para esses combustíveis,
segurança energética, pesquisa e desenvolvimento.
Nos dias 20 e 21, haverá reuniões
de alto nível com ministros e organismos
internacionais dos quase 50 países participantes,
ocasião que terá a presença
do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
+ Mais
Transporte: biocombustíveis
podem ser alternativa para reduzir emissão
de CO²
18/11/2008 - São Paulo/SP
(18.11.2008) - A utilização dos biocombustíveis
como saída para o setor de transporte foi
um dos temas discutidos, na manhã desta terça-feira
(18), durante a segunda sessão plenária
da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
que acontece esta semana em São Paulo/SP.
As discussões abrangem os biocombustíveis
e as mudanças climáticas em âmbito
mundial. O moderador da sessão, Luiz Pinguelli
Rosa, secretário-executivo do Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas,
provocou a questão e também opinou.
Para Pinguelli, a aplicação de multas
aos condutores de veículos com alta emissão
de gás carbônico e, principalmente,
o uso de veículos híbridos são
exemplos de soluções para o problema.
O norte-americano Christopher
Flavin, presidente do Worldwatch Institute, elogiou
a atuação do Brasil na área
de energias renováveis e acredita que, ao
lado da China e da Índia, o País poderá
assumir a liderança política na redução
de gases de efeito estufa. Na opinião de
Flavin, os biocombustíveis são uma
alternativa à emissão de CO²
pelos transportes públicos, mas deve-se levar
em conta a importância de sua utilização
em carros de passeio e em caminhões, por
exemplo. “Não há porque se concentrar
apenas no transporte público. É preciso,
desenvolver uma economia baseada em baixo teor de
carbono e o Brasil tem possibilidades de fazê-lo”,
completou.
O presidente do Processo Negociador
do Protocolo de Quioto, o embaixador argentino Raúl
Estrada-Oyuela, defende a melhoria dos combustíveis
e do sistema de transporte; como exemplo, questionou
o abandono do uso de ferrovias para o trânsito
de produtos agrícolas. “Ainda há muito
que ser feito na área de transporte, não
é o caso de responsabilizar apenas o mercado”,
afirmou.
Biocombustíveis versus
alimentos - Na opinião do diretor da Smith
School of Enterprise and the Environment, da Universidade
de Oxford, Sir David King, é preciso analisar
o ciclo completo da emissão de carbono e
desenvolver tecnologias que não utilizem
culturas alimentares para a produção
de energia. Segundo King, em 2050, nove bilhões
de pessoas no mundo demandarão ainda mais
alimentos. “É preciso ter cuidado com o incentivo
à produção de biocombustíveis
a partir de alimentos, ressaltou.
Sessão Plenária
3 - A partir das 15 horas, os participantes da conferência
assistirão ao debate Biocombustíveis
e Sustentabilidade: segurança alimentar;
geração de renda, desafios para os
ecossistemas. (Da Redação)
+ Mais
Estudo do BNDES reforça
compatibilidade entre produção de
etanol e alimentos
18/11/2008 São Paulo/SP
(18.11.2008) - A afirmativa de que não existe
conflito entre a produção de etanol
e a de alimentos ganhou mais um reforço,
nesta terça-feira (18). Essa é a conclusão
do estudo Bioetanol de cana-de-açúcar
- Energia para o desenvolvimento sustentável,
lançado durante a Conferência Internacional
sobre Biocombustíveis. A publicação
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) e do Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos (CGEE) foi elaborada
em parceria com a Comissão Econômica
para América Latina e Caribe (Cepal) e a
Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e a Alimentação
(FAO).
Em entrevista coletiva, o gerente
de biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret,
destacou que a obra trata exclusivamente sobre o
biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar
e está dirigida aos formadores de opinião
do mundo todo. O estudo, realizado a pedido do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, objetiva compartilhar
a experiência nacional do etanol, especialmente
com os países em desenvolvimento localizados
nas zonas tropicais e subtropicais.
Análise pendente - “Faltava
uma análise sobre o etanol, que é
o grande combustível do continente americano”,
afirmou o representante regional da FAO para a América
Latina e Caribe, José Graziano da Silva.
“Este documento consolida o que já se sabe
sobre o etanol e coloca as dúvidas que ainda
precisam ser resolvidas”, comentou.
Petróleo e biocombustíveis
- Graziano observou, ainda, que os biocombustíveis
não vão substituir o petróleo,
mas são um importante aditivo e de excelente
qualidade para essa matéria-prima fóssil.
“O petróleo deve ser poupado para usos mais
nobres, como a petroquímica, por exemplo”,
enfatizou.
A secretária-executiva
da Cepal, Alicia Bárcena, reforçou
a opinião de Graziano e defendeu a importância
do etanol na agenda política internacional,
principalmente no que se refere a seu impacto no
meio ambiente. “O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar
é 7,5 vezes mais eficiente que aquele produzido
a partir de milho e, reduz, ainda, até 1,2%
das emissões de gás carbônico
na atmosfera”, completou.
O livro Bioetanol de cana-de-açúcar
- Energia para o desenvolvimento sustentável
pode ser encontrado no site www.bndes.gov.br. (Da
Redação)
+ Mais
Biocombustíveis: mudança
na matriz energética mundial é necessária
para combater o aquecimento
18/11/2008 - São Paulo/SP
(18.11.2008) - Uma mudança profunda na matriz
energética mundial para reduzir as emissões
de gases de efeito estufa. Esta é a expectativa
do especialista norte-americano em meio ambiente
e presidente da organização não-governamental,
Worldwatch Institute, Christopher Flavin. O especialista
participou da segunda sessão plenária
da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
em São Paulo/SP, que discutiu a relação
entre os biocombustíveis e a mudança
de clima no planeta.
“Esta é uma oportunidade
fantástica para reinventar a agricultura,
as técnicas de reflorestamento, criar uma
nova indústria, novos empregos. O Brasil
deve assumir, juntamente com a Índia e a
China, um papel de liderança nesse processo.
O Brasil já tem uma indústria forte
em biocombustíveis e pode mostrar, com sua
experiência, os caminhos para os países
latino-americanos. Mas, tem condições
também de se tornar líder em outras
fontes de energia renovável, como eólica
e solar”, apontou Flavin.
Para o ambientalista e fundador
da organização SOS Mata Atlântica,
Fábio Feldmann, a crise financeira mundial
é uma chance para, além de rever a
“arquitetura da economia mundial, incluir na agenda
mundial investimentos em energia renovável
para que os países possam combater o aquecimento
global”.
No período da tarde, as
92 delegações debaterão a sustentabilidade
dos biocombustíveis envolvendo a segurança
alimentar, geração de renda e os desafios
para os ecossistemas. (Da Redação)
http://www.biofuels2008.com/br/index. php
+ Mais
Conferência debate alternativas
para ampliar produção de etanol
20/11/2008 - São Paulo/SP
(20.11.2008) - Criar um mercado internacional para
o etanol. Este é um dos desafios em debate
na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis,
que acontece até amanhã (21), em São
Paulo. Para o diretor do Departamento Cana-de-Açúcar
e Agroenergia do Mapa, Alexandre Strapasson, a África
pode se tornar uma região importante na construção
desse processo, mas é necessária uma
força-tarefa internacional para investir
em outros países de forma mais intensa.
O Brasil tem feito seu papel capacitando
técnicos africanos para a produção
de biocombustíveis. Desde 2007, instalou
um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), em Acra (Gana). Além
disso, há dois meses, os ministérios
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) e de Relações Exteriores (MRE)
e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR),
promoveram treinamento sobre produção
e comercialização de etanol para Moçambique,
Senegal, Costa do Marfim e Angola.
Plenária - Especialistas
europeus, que participaram da sessão plenária
de ontem (19), entraram em consenso sobre a possibilidade
de a África exportar biocombustível
para a União Européia. "O mundo
inteiro espera que os biocombustíveis venham
de países da América Latina e da África",
enfatizou a chefe do Secretariado, na mesa-redonda
de Biocombustíveis Sustentáveis, da
Escola Politécnica Federal de Lausanne, Charlotte
Opal. Para isso, é preciso investir no aprimoramento
de sementes e no melhoramento do solo.
O diretor-geral de Pesquisa Ambiental
e Desenvolvimento, do Ministério do Meio
Ambiente da Itália, Corrado Clini, concorda
com a necessidade de investimento, mas defende o
envolvimento do setor privado.
+ Mais
Stephanes defende trabalho integrado
para desenvolver tecnologias de produção
do biodiesel
20/11/2008 - São Paulo/SP
(20.11.2008) - Países que estão investindo
no desenvolvimento de novas tecnologias para biodiesel
devem trabalhar de forma integrada. A posição
é do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes,
que participou, nesta tarde, das terceira e quarta
sessões intergovernamentais da Conferência
Internacional sobre Biocombustíveis, em São
Paulo. “O Brasil coloca sua rede de pesquisa à
disposição para troca de experiências”,
acrescentou.
O ministro reforçou a necessidade
de se aprimorar a pesquisa em biodiesel para que
se alcance eficiência equivalente à
apresentada pela cana-de-açúcar ao
etanol. “O pinhão manso é considerada
a planta do futuro para o biodiesel e poderá
produzir até cinco mil litros de óleo
por hectare. Hoje, o máximo que se pode conseguir
do girassol e da mamona, já utilizados, é
de 2 a 2, 5 mil litros por hectare”, afirmou. Mas,
Stephanes ponderou que serão necessários
de cinco a dez anos de pesquisa para se atingir
uma produção industrial a partir do
pinhão manso.
Nesta sexta-feira (21), o ministro
participa da última sessão da conferência
e tem encontros bilaterais com os ministros dos
EUA, Rússia e Sudão.
+ Mais
Conferência internacional
debate sustentabilidade dos biocombustíveis
e segurança alimentar
18/11/2008 - São Paulo/SP
(18.11.2008) - Sustentabilidade é um padrão
mínimo que deve ser adotado por todos aqueles
que se propõem a produzir biocombustíveis,
defendeu, nesta terça-feira (18), a senadora
e ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, moderadora
da terceira sessão plenária da Conferência
Internacional sobre Biocombustiveis, em São
Paulo/SP. “Há coisas muito concretas que
devem ser levadas em conta para a produção
de biocombustíveis, como a proteção
das florestas e a segurança alimentar”, completou.
O último tema proposto
para o dia, Biocombustíveis e Sustentabilidade:
segurança alimentar; geração
de renda, desafios para os ecossistemas, tem na
pauta a segurança alimentar e a sustentabilidade
econômica e social.
Para o secretário-geral
da Cooperação Ibero-Americana, o uruguaio
Enrique Iglesias, a questão implica na disponibilidade
dos recursos alimentares para toda a população.
Ele atribui à escassez de alimentos a redução
de reserva e o aumento do consumo na Ásia.
“O papel dos biocombustíveis nessa matéria
provocou impacto, principalmente no caso do milho
usado para produzir etanol”, afirmou. No entanto,
ele acredita que o mais importante, neste momento,
é colocar novamente a agricultura como tema
central das políticas públicas. “As
tecnologias aplicadas à agricultura e à
agricultura familiar podem ser uma resposta a esse
tema”, ponderou.
A secretária-executiva
da Comissão Econômica para América
Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena,
comentou que, na América Latina, os países
formam quatro grupos: os importadores de alimentos
de energia, os que exportam alimentos e importam
energia, os que importam alimentos e exportam energia
e aqueles que importam alimento e energia.
Na opinião de Bárcena,
é hora de acabar com a importação
de alimentos para fins de segurança alimentar.
“Eu não acredito nisso, assim como nunca
acreditei que importar energia seja a solução
para a segurança energética”, declarou.
Por sua vez, o diretor da ONG
Amigos da Terra/Amazônia Brasileira, Roberto
Smeraldi, defendeu que os subsídios praticados
por muitos paísesaticas deprazo n de longo
prazo noara se ter acesso aesses alimentossa e alimentos,
exporta alimentos e importa não são
compatíveis com estratégias de sustentabilidade
econômica. Para ele, sob o ponto de vista
da sustentabilidade para os biocombustiveis, é
preciso ter em conta a economia da biomassa como
um todo. “Quando se fala de cana-de-açúcar,
temos que pensar não só no etanol,
mas também na descentralização
da produção”, finalizou.