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AMBIENTALISTAS QUEREM DESMATAMENTO ZERO E RENOVÁVEIS EM LEI DO CLIMA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

26 de Novembro de 2008 - Queimada na Amazônia - causa direta do aquecimento global.
Representantes das ONGs que compõe o Observatório do Clima entregaram propostas a deputados federais e ao Ministro do Meio Ambiente.

O Brasil está prestes a ganhar uma lei sobre mudanças climáticas e a sociedade civil já preparou uma lista de sugestões para torná-la adequada o suficiente para tratar de um tema tão importante e urgente. O documento elaborado pelas ONGs do Observatório do Clima (rede brasileira de articulação sobre mudanças climáticas) prevê o fim do desmatamento em sete anos e um aumento para 30% da participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira até 2030, além de promover medidas para que se atinja um mínimo de 20% de eficiência energética no país no mesmo período.

As propostas foram entregues nesta quarta-feira (26/11) ao ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, e a parlamentares. O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), coordenador do Grupo de Clima da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados, em Brasília, afirmou que as propostas serão incorporadas ao projeto de lei e que ele deverá ser aprovado ainda neste ano na Câmara.

"A questão das mudanças climáticas é urgente. Esperamos que essa lei incorpore as propostas que nós apresentamos, principalmente aquelas referentes ao Desmatamento Zero e energias renováveis. Também queremos que a legislação seja realmente aprovada ainda neste ano. Esse é o melhor presente de Natal que o Congresso pode dar à população brasileira", afirma Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace.

"Outro ponto urgente é a elaboração de estudos e planos de adaptação e vulnerabilidade para lidar com fenômenos como o de Santa Catarina, que tendem a ser mais freqüentes se o tema mudanças climáticas não for encarado com mais seriedade", diz Furtado.

Carlos Minc, que também estava na reunião, disse que concorda com as críticas feitas em setembro pelos ambientalistas ao Plano de Mudanças Climáticas. Para as ONGs, o plano era fraco e nada ousado.

O ministro afirmou ainda que algumas das sugestões apresentadas durante o processo de consulta pública serão incorporadas ao documento, que será apresentado no dia 1º de dezembro. No entanto, já adiantou que apesar de estar melhor que a primeira versão, o plano só vai agradar ambientalistas em 50%.

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Governo e ONGs discutem revisão de Plano de Combate ao Desmatamento

27 de Novembro de 2008 - Desmatamentos e queimadas destroem áreas de floresta no interior do Parque Nacional da Serra do Pardo, de 445 mil hectares, em São Félix do Xingu, no Pará
Reunião aconteceu sem que fosse apresentada pelo governo avaliação do plano, com balanço dos avanços e falhas da iniciativa.

O Greenpeace participou nesta quinta-feira, 27 de novembro, em Brasília, da reunião de revisão do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAm. O Plano de Ação, coordenado pela Casa Civil, é composto por 13 ministérios e visa à redução do desmatamento da Amazônia por meio de ações estratégicas de combate a destruição associadas à proteção e ao uso sustentável da floresta. As ONGs participaram da reunião, mas os movimentos sociais da Amazônia, apesar de terem sido convidados, não compareceram.

A Casa Civil e o Ministério do Meio Ambiente apresentaram um cronograma de trabalho de um novo plano, que será divulgado em março de 2009. Porém, o governo ainda não publicou o relatório de análise do plano, que faz um balanço entre os avanços, as falhas e seus motivos dos quatro anos do PPCdam e que está sendo elaborado há mais de um ano. O baixo desempenho na execução das atividades previstas e o desencontro entre os ministérios podem estar atrasando a divulgação do documento. O governo se comprometeu a apresentar a avaliação até o dia 15 de dezembro.

"O convite para as ONGs e os movimentos sociais integrarem esta reunião sinaliza que finalmente o governo vai retomar o diálogo com a sociedade civil, voltando a ser transparente. Mas é difícil avançar sem ter feito uma análise do que deu certo e o que deu errado", afirma Marcelo Marquesini, engenheiro florestal que coordenou a análise do Greenpeace sobre o PPCDam.

De acordo com o relatório O Leão Acordou, publicado pelo Greenpeace em março deste ano, o governo cumpriu integralmente apenas 30% das atividades previstas no Plano. O aumento do desmatamento registrado a partir da metade de 2007 é um reflexo da baixa efetividade das ações do governo. O relatório também aponta a falta de coordenação política integrada entre todos os ministérios, função da Casa Civil.

"Algumas pastas, além de não mexerem uma palha para combater o desmatamento, ainda promovem atividades contrárias á proteção das florestas como o MAPA, o MME e o Ministério dos Transportes", aponta Marquesini.

O relatório, que continua engavetado, comprova a dualidade do governo Lula.

"Solucionar os conflitos de interesse e as diferentes prioridades entre os ministérios que compõem o plano e entre o governo federal e os estados amazônicos é fundamental no aprimoramento desta iniciativa", diz Marquesini.

Sem ações efetivas e priorização dentro do governo, as taxas de desmatamento ficam a mercê do mercado, subindo ou descendo dependendo do valor das commodities agrícolas. O ministro Carlos Minc afirmou que os dados de desmatamento de 2007/2008, que serão divulgados amanhã, apontam para um aumento insignificante na destruição da floresta, se comparados com os dados do ano anterior. O fato da taxa de desmatamento ter parado de cair comprova que o plano, apesar de audacioso, precisa ser aprimorado e implementado de uma forma mais efetiva. Além de fatores externos, o plano deveria garantir que o desmatamento continuasse caindo.

Ainda esse ano, o Greenpeace, em conjunto com as outras ongs que elaboraram a proposta do Desmatamento Zero, encaminharão à Casa Civil sugestões de como aperfeiçoar o Plano.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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