Panorama
 
 
 

CARVÃO NÃO VALE QUANTO POLUI: SOLUÇÃO ESTÁ EM RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

27 de Novembro de 2008 - Ativistas do Greenpeace despejaram carvão na porta do hotel em que ministros da indústria de 20 países se encontraram para discutir o futuro desse combustível fóssil.
Varsóvia, Polônia — Novo relatório do Greenpeace calcula os impactos do combustível fóssil na poluição do ar, saúde pública e vida de trabalhadores.

O custo global do carvão foi, em 2007, de 360 bilhões de euros, levando-se em conta os danos causados pelo combustível fóssil ao meio ambiente e à saúde pública, além de acidentes em minas. É o que revela o novo relatório do Greenpeace, O Verdadeiro Custo do Carvão, lançado nesta quinta-feira (27/11), em conjunto com o instituto independente holandês CE Delft.

O relatório foi lançado no mesmo momento em que ministro da indústria de pelo menos 20 grandes emissores de CO2 se reúnem em Varsóvia com as empresas mais poluidoras do mundo.

"A expansão incessante da indústria de carvão é uma grande ameaça aos planos de combate às mudanças climáticas. Carvão é combustível fóssil mais poluente que temos, responsável por um terço de todas as emissões de CO2 do planeta", afirmou Joris Thijssen, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Internacional, durante o lançamento do relatório. "Deixar de lado o carvão não beneficia apenas o clima, mas também reduz outros impactos que têm de ser pagos por todos."

Momentos antes do lançamento do relatório, ativistas do Greenpeace despejaram carvão na porta do hotel onde se realiza a reunião entre representantes da indústria e dos governos, exigindo apoio dos presentes a cortes nas emissões de gases do efeito estufa, e menos proteção à indústria do carvão.

Os impactos do carvão não estão apenas relacionados às mudanças climáticas. O carvão também polui as fontes de água e o ar, e causa doenças respiratórias. O relatório traz histórias coletadas em 12 países que descrevem, por exemplo, como os direitos humanos são violados na Colômbia por conta da mineração de carvão, como picos de montanhas são destruídos nos Estados Unidos e como o carvão provoca a poluição do ar na China.

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Fim de semana de protestos contra o carvão na Holanda

24 de Novembro de 2008 - Uma centena de ativistas ocuparam as obras de uma usina termelétrica a carão da E.ON em Roterdã, na Holanda.
Roterdã, Holanda — Enquanto noventa ativistas eram presos ao se acorrentarem na obra de uma termelétrica, Rainbow Warrior ajudou a impedir descarregamento de carvão no porto de Roterdã.

Noventa ativistas do Greenpeace foram presos depois de bloquearem as obras da termelétrica de Maasvlakte, em Roterdã, na Holanda. Eles se acorrentaram e bloquearam o acesso às obras da usina nas primeiras horas de sábado (15/11) e foram detidos pela polícia por volta do meio-dia. Os ativistas já foram liberados.

No mesmo dia, dois navios do Greenpeace, Rainbow Warrior e Beluga II, bloquearam trecho do porto de Roterdã para impedir o descarregamento de carvão.

"O Greenpeace agiu para interromper um desastre climático", afirmou Rolf Schipper, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Holanda. "Nosso país já produz mais energia do que precisa, e planeja exportar eletricidade a partir de 2009. Não faz sentido construir uma nova termelétrica a carvão.

O carvão é o combustível fóssil mais poluidor que existe e a maior ameaça individual ao clima do planeta. Termelétricas a carvão dificultam o cumprimento das metas européias de cortes de emissões de gases do efeito estufa em 30% até 2020. A empresa E.On, proprietária da termelétrica de Maasvlakte, planeja construir oito novas usinas por toda a Europa. A de Roterdã seria a primeira.

"E.ON está ignorando a ciência que nos diz que o carvão é o maior perigo ao nosso clima", afirma Agnes de Rooij, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Internacional. "A ação em Roterdã levou a mensagem de que isso é inaceitável."

A ação de sábado é parte da campanha promovida pelo Greenpeace na Europa contra a E.ON, que incluiu protesto da frota de nove barcos, liderados pelo Rainbow Warrior, próximo à termelétrica a carvão de Kingsnorth, no Reino Unido; ocupação pacífica do local das obras de uma outra usina na Antuérpia, na Bélgica; e bloqueio do abastecimento de carvão para a usina da E.ON na Sardenha, na Itália.

O navio Rainbow Warrior está engajado em uma expedição de 10 meses contra o carvão, que começou em março, na Nova Zelândia, e agora se encontra na Europa. Uma Estação de Resgate Climático foi montada às margens de uma grande mina de carvão na Polônia, às vésperas das negociações da ONU sobre mudanças climáticas, que serão realizadas em Poznan, na Polônia, em dezembro.

Abandonar o carvão como fonte energética é essencial para se chegar a um acordo para salvar o clima do planeta. Os governos europeus têm que mostrar liderança e abrir mão do carvão em seus próprios países. O relat[ório [R]evolução Energética, do Greenpeace, mostra como a energia renovável, combinada com uma maior eficiência energética, pode cortar as emissões globais de CO2 em até 50% e providenciar metade das necessidades energéticas do mundo até 2050.

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Ativistas são atacados por trabalhadores de mina de carvão na Polônia

24 de Novembro de 2008 - Estação de Resgate Climático instalada pelo Greenpeace ao lado da mina de carvão Józwin IIB, na Polônia, onde ativistas foram atacados por trabalhadores quando tentavam protestar no local.
Konin, Polônia — País que recebe em dezembro reunião da ONU sobre mudanças climáticas é um dos 20 maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa.

O carvão é o grande vilão climático do mundo e sua queima contínua em países como a Polônia traz problemas sem fim ao planeta - as mudanças climáticas estão aí para não nos deixar mentir. Mas os trabalhadores poloneses da mina de carvão Józwin IIB ainda não acordaram para essa realidade e, pior, agridem quem tenta mudar o estado das coisas para melhor. Ativistas do Greenpeace foram atacados nesta segunda-feira (24/11) quando tentavam protestar na mina ao lado de uma gigantesca escavadeira. Um jornalista que acompanhava os ativistas foi espancado.

Vale ressaltar que moradores da região também estão preocupados com a mineração de carvão no local e com os planos de expansão da atividade, que coloca em risco suas casas, estilo de vida e saúde.

A saúde do planeta também está em xeque, graças em boa parte por conta da queima de combustíveis fósseis como o carvão. Precisamos baixar o quanto antes as emissões de CO2 na atmosfera, abraçando em troca a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis.

A Polônia é totalmente dependente do carvão, combustível fóssil responsável por 90% da energia do país, e a sua queima faz do país um dos 20 maiores poluidores do clima do mundo. Não à toa a próxima reunião da ONU para discutir as mudanças climáticas acontecerá a partir de 1o. de dezembro na cidade de Poznan, na Polônia. O país poderia ter um papel de liderança nas negociações, se comprometendo decisivamente em reduzir suas emissões e limpando sua matriz energética como prevê o relatório [R]evolução Energética do Greenpeace - segundo o estudo, a Polônia poderia gerar 80% de sua energia por meio de fontes renováveis em 2050, caso dê início à mudança no modo como obtém essa energia.

"Nossa ação não foi contra os trabalhadores, mas contra o governo polonês. Exigimos que a política energética da Polônia estabeleça um plano claro para acabar com a exploração de carvão e implemente projetos com energias renováveis e eficiência energética", afirmou Magdalena Zowsik, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Polônia.

A União Européia está às vésperas de acertar um acordo como resposta às mudanças climáticas, com uma série de leis conhecida como "pacote climático". A posição da Europa terá um papel crucial no debate global para fortalecer o Protocolo de Kyoto, culminando em Copenhagen no final do ano que vem.

"A Polônia e o mundo precisam de uma revolução energética, não mais do mesmo", disse Zowsik. "A ciência é inequívoca, se continuarmos queimando carvão, vamos provocar danos irreparáveis ao planeta."

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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