Panorama
 
 
 

COMBATE AOS EFEITOS NEGATIVOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EXIGE ESFORÇO GLOBAL

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Novembro de 2008

27 de novembro de 2008 - A população planetária é seis vezes maior, sete vezes mais rica e usa quatro vezes mais energia do que no começo do século XX, e as emissões de gases causadores do efeito estufa aumentaram na mesma proporção. Os dados foram divulgados pela Climatologista do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, Lucka Kajfez Bogataj, em sua palestra no painel "Água e Mudanças Climáticas", realizado nesta quinta-feira (27) no evento Diálogos da Terra.

No Painel presidido por José Carlos Carvalho, Lucka Bogatai expôs possíveis cenários para os próximos 100 anos caso a taxa de crescimento e consumo do planeta continue no ritmo atual. Ela informou que a população mundial prevista para 2050 é de cerca de 10 bilhões, o que significaria alta probabilidade de um aumento de 2ºC na temperatura. Isso acarretaria alterações no nível dos mares, rios e nas precipitações pluviométricas, produzindo um efeito cascata em toda a cadeia de produção mundial de alimentos. "A cada oito segundos morre uma criança em decorrência da falta de água. As mudanças do clima irão agravar essa situação", disse.

Além disso, a climatologista destacou que a alteração do regime dos recursos hídricos também afetaria a produção das hidrelétricas, umas das principais fontes energéticas do Brasil. "Uma diminuição da vazão da ordem de 10% em um rio provocaria uma redução de 30% na produção de energia", informou. Lucka avaliou também que a falta de água poderia provocar até conflitos armados, como já acontece em regiões da África e Ásia.

Lucka explicou que atualmente existem três opções para a população mundial: mitigação, adaptação ou sofrimento, sendo que no estágio atual, a mitigação e a adaptação devem ser realizadas simultaneamente, pois praticamente na há como interromper o processo de aquecimento. "Teríamos que diminuir em 60% as emissões relativas ao ano de 11000, o que é praticamente impossível, considerando-se o crescimento dos países emergentes", constatou o pesquisador da USP, Luiz Gylvan Meira Filho, outro palestrante do painel. Gylvan informou que o Brasil é responsável por 3,5% das emissões mundiais de gases do efeito estufa.

Minas na vanguarda

A preservação das florestas é uma grande contribuição do Estado para o combate aos efeitos do aquecimento global no planeta. Somente as matas nativas de Minas Gerais garantem o seqüestro de 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2) da atmosfera por ano. Um volume significativo diante das emissões de CO2 do Estado, de 122 milhões de toneladas no ano de 2005.

A redução do consumo de matéria-prima proveniente das matas nativas é uma das metas estabelecidas no Projeto Estruturador Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica. Em 2008, cerca de R$ 10 milhões foram investidos pelo Governo do Estado em programas de recuperação de áreas degradadas, projetos socioambientais e de pesquisas florestais e energéticas. Com os esforços que resultaram na redução da taxa de desmatamento do Estado em cerca de 30% nos últimos dois anos e a execução dos projetos de reflorestamento, pretende-se ampliar em 120 mil hectares a área do Estado com cobertura de vegetação nativa até 2011.

Outro destaque é que o setor energético mineiro adquiriu vantagem ao adotar fontes renováveis, como o etanol, bagaço e lenha de reflorestamento. Dos combustíveis utilizados em Minas, 51% são baseados em fontes renováveis. Isso evitou a emissão de cerca de 50 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera em 2005, que seriam produzidos pelo uso de combustíveis fósseis, aponta o 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de Minas Gerais.

"É evidente a necessidade das economias aumentarem a participação de energias renováveis na sua matriz energética. Minas tem como prioridade estabelecer medidas nesse sentido e já estamos em uma posição favorável, pois aqui a matriz energética tem maior porcentagem de combustíveis renováveis do que fósseis, como o diesel, o gás e a gasolina", destacou o secretário José Carlos Carvalho.

"A realização do Diálogos da Terra, uma parceria do Governo de Minas com a Green Cross International é uma extraordinária oportunidade de intercâmbio de experiências e informações para se construir uma massa crítica para enfrentar os problemas atuais que afligem a humanidade" conclui Carvalho.
Ascom/Sisema

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Impactos do aquecimento global em foco no Diálogos da Terra no Planeta Água

24 de novembro de 2008 - Durante três dias, cientistas, ambientalistas, climatologistas, gestores e público farão um levantamento de problemas e debaterão idéias e propostas para a melhoria da relação entre seres humanos e natureza. O objetivo do encontro ecológico é checar de que forma essa interação tem impactado sobre a água do planeta.

Não por acaso o Brasil, reserva de cerca de 12% da água doce do mundo, foi escolhido para esta edição do Diálogos da Terra no Planeta Água, que tem por destino Minas Gerais - uma bacia hidrográfica que se destaca pela abundância de recursos.

O governador de Minas, Aécio Neves, e o presidente de honra da Green Cross International e ex-presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, farão a abertura do evento no dia 26, no Minascentro. A conferência magna ficará a cargo de Mohan Munasinghe, prêmio Nobel da Paz 2007 pelos esforços para construir e disseminar conhecimentos sobre mudanças climáticas e por instituir a base para a medição que é necessária para controlar tais mudanças.

A agenda de atividades do comitê executivo do Diálogos da Terra no Planeta Água será orientada por quatro temas principais, trabalhados paralelamente em palestras e discussões de grupo, finalizando com a elaboração de propostas. São eles: Água e Mudanças Climáticas, Energias renováveis para uma Sociedade Sustentável, Novas Abordagens para o Planejamento Territorial e Solidariedade e cooperação Sul-Sul.

Concentrando os resultados de todos os eventos, será elaborada a Carta de Minas Gerais, com idéias inovadoras para a redução do desperdício dos recursos hídricos, inclusive com indicadores concretos. Essas propostas do "Diálogos da Terra no Planeta Água" farão parte do 5º Fórum Mundial da Água, a ser realizado em Istambul (Turquia), em 2009.

Esta será a primeira vez que a Green Cross realiza o ‘Diálogos da Terra' na América Latina e o fará em parceria com a Fundação Renato Azeredo e apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio das secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Programação

O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, participará, com a conferência ‘Desafios para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina'. Uma outra conferência sobre o Fórum Mundial da Água será apresentada pelo vice-presidente do Conselho Mundial de Águas da Unesco, Benedito Braga.

No encerramento, Mário Soares, ex-presidente de Portugal, presidirá uma sessão plenária com ambientalistas, cientistas e gestores. A palavra que fechará o evento será feita pela senadora Marina Silva, conhecida pela veemência com que defende a Amazônia.

Durante o Diálogos da Terra no Planeta Água, serão divulgados os vencedores do Prêmio Mineiro de Gestão Ambiental, em reconhecimento às organizações que investiram na gestão sistêmica das questões ambientais.

A pré-estréia mundial do documentário Zugzwang (termo alemão adotado universalmente para significar a "obrigatoriedade" de efetuar um movimento em uma posição dada de uma partida de xadrez), sobre bioenergia, produzido pela Fiat e com direção de Duto Sperry, também acontecerá no evento.

Todos os dias, apresentações culturais marcarão o encerramento das atividades, com shows de Uakti, Marcus Viana e Transfônika Orquestra.

A serviço da natureza

Cases de projetos relacionados ao meio ambiente serão apresentados no Diálogos da Terra no Planeta Água. O casal de exploradores, Gérard e Margi Moss, levará ao Minascentro seus estudos sobre o transporte de vapor d'água da Bacia Amazônica para outras regiões do Brasil e da América do Sul.

Os chamados "rios voadores" são correntes de ar que carregam umidade do Norte ao Sul do Brasil, em volume superior ao da vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s).

A bordo do monomotor Sertanejo, o piloto Gérard vem percorrendo várias regiões do país, realizando coletas de vapor d'água. De acordo com ele, o caminho percorrido pode confirmar uma das principais hipóteses do projeto: ‘a umidade que sai da Amazônia se espalha pelo resto do Brasil e é responsável por uma parte das chuvas na região Sul do país', revela.

A pesquisa procura explicar como e de que forma o desmatamento da Amazônia afetará o clima no resto do país. O projeto também tenta aproximar a população dos centros urbanos das grandes questões que envolvem a Amazônia e alertá-la sobre o uso racional dos recursos naturais.

Breve Histórico:

Diálogos da Terra são fóruns cujo objetivo é debater e disseminar conceitos e princípios condicionantes para um modelo de desenvolvimento sustentável, enfatizando as relações com a conservação do meio ambiente, o combate à pobreza, às desigualdades e à violência.

O primeiro Diálogos da Terra ocorreu em 2002, em Lyon, França. Em 2003, foram realizados dois Diálogos da Terra, um em Nova Iorque e outro no Paquistão. Em 2004, foi a vez de Barcelona e o Diálogos da Terra de Brisbane, Austrália, foi realizado em 2006.
Fonte: Link Comunicação

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Copam prorroga prazos para regularização de sistemas de tratamento de esgoto

25 de novembro de 2008 - O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) aprovou na quarta-feira (19) a alteração dos prazos para formalização de processos de regularização ambiental de sistemas de tratamento de esgotos para os municípios mineiros. A revisão da Deliberação Normativa 96/2006 estabelece que cidades que possuem mais de 150 mil habitantes, que representam cerca de 40% do total do esgoto gerado em Minas, têm até o dia 30 de novembro deste ano para formalização dos processos de Licença Prévia (LP). Para formalização de Licença de Instalação (LI) o prazo é 30 de abril de 2009 e a Licença de Operação (LO) deve ser formalizada até 30 de abril de 2010. Para os demais municípios do Estado, os prazos podem ser verificados na tabela anexa à deliberação, disponível no endereço www.siam.mg.gov.br.

Segundo o Gerente de Saneamento Ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Guilherme Silvino, os prazos foram modificados levando em consideração, principalmente, o pedido dos municípios para sua prorrogação. Silvino explica que após a concessão da LI para construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) as administrações municipais precisam de tempo para o levantamento de verbas junto a fontes financiadoras.

Por meio da convocação para o licenciamento ambiental de sistemas de tratamento de esgoto, a DN 96/2006 tem como objetivo principal atender a cerca de 70% da população urbana até 2010, para reduzir a poluição das águas e melhorar a qualidade de vida da população do Estado. Mais de 16.2 milhões de habitantes vivem em cidades de Minas e as ETEs licenciadas presentes nos municípios do Estado atendem a cerca de 20% dessa população. O descumprimento das obrigações referidas na DN Copam 96/2006 implica na aplicação de sanções previstas na legislação ambiental.

Minas Trata Esgoto

Há exatamente dois anos, em novembro de 2006, foi lançado pela Feam o Programa Minas Trata Esgoto com o objetivo de apoiar os municípios no atendimento à DN 96. Por meio do programa, a Fundação realiza seminários e vistorias técnicas, além da publicação de cartilhas com orientações para mobilizar os agentes municipais para o cumprimento dos prazos definidos pelo Copam. Os resultados em todo o Estado mostram que já há uma mobilização para que o tratamento de esgoto sanitário esteja cada vez mais disponível à população, principalmente urbana.

O programa é também responsável por monitorar o aumento do percentual de esgoto tratado no Estado, por meio da avaliação do número de Licenças de Operação concedidas para ETEs municipais. Com a melhoria do sistema, proporcionada pelo tratamento do esgoto doméstico antes de seu lançamento em rios, lagos e córregos, diminuem os danos à saúde pública e contribui-se para a erradicação de doenças de veiculação hídrica, como febre tifóide, esquistossomose, hepatite, desinteria, entre outras.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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