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É POSSÍVEL A ERRADICAÇÃO DA POBREZA COM O USO PRODUTIVO DA ÁGUA, SUGERE O “FÓRUM DE ÁGUAS”

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2008

25 de Novembro de 2008 - Lúcia Norcio - Repórter da Agência Brasil - Foz do Iguaçu (PR) - A autoridades dos 37 países reunidos no Fórum de Águas das Américas e no V Encontro Cultivando Água Boa, em Foz do Iguaçu, aprovaram um documento defendendo a inclusão social e erradicação da pobreza por meio do acesso universal a água potável, do saneamento básico e do uso produtivo da água. A propostas será submetida ao Fórum Mundial das Águas, que vai ocorrer em março de 2009, na Turquia.

Na avaliação do diretor da Agência Nacional de Águas(ANA), Benedito Braga, o Fórum de Águas foi um “sucesso”, sem os desentendimentos como os ocorridos em encontros que aconteceram em outras sub-regiões. “Estas são as propostas com consenso de toda a América”.

Foram apresentadas onze sugestões, entre elas o fortalecimento dos órgãos gestores de águas e a promoção da integração interna e externa da política de recursos hídricos com as demais políticas setoriais. “No Brasil temos esse problema, o da integração” – afirmou Braga. Segundo ele, é necessário integrar os diversos setores - urbano, habitação, transporte.

Para os especialista reunidos em Foz do Iguaçú, a promoção da inclusão social e erradicação da pobreza por meio do acesso universal a água potável e saneamento básico e do uso produtivo da água, pela utilização do potencial hidroelétrico, da irrigação, do transporte, turismo e lazer, dentro de um contexto de desenvolvimento sustentável; Incorporar o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, na gestão de recursos hídricos.
A gestão dos recursos naturais deve estar no centro das políticas públicas, incorporando práticas de proteção, conservação e recuperação ambiental como ações necessárias para a melhoria da disponibilidade da água. O documento oficial do encontro defende a regulação e incentivos econômicos, acordos sobre gestão de aqüíferos e bacias transfronteiriças com a presença dos atores locais, comunidades indígenas e tradicionais, promover a produção limpa por meio de investimentos em pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e capacitação.

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Marina Silva diz que é preciso ouvir comunidades indígenas sobre gestão da água

24 de Novembro de 2008 - Lúcia Norcio - Enviada Especial - Foz do Iguaçu (PR) - A senadora Marina Silva, vice-presidente da Subcomissão das Águas no Senado, disse, em Foz do Iguaçu, que a realização do Fórum de Águas das Américas no Brasil tem um significado especial, porque lembra a responsabilidade da população brasileira em lidar com 11% de toda a água doce do planeta. Ele defendeu também que os povos indígenas sejam ouvidos sobre a gestão da águas no território nacional.

Ela foi uma das palestrantes no Fórum de Águas das Américas e 5º Encontro Cultivando Água Boa que reúne, até amanhã (25), na tríplice fronteira Brasil, Paraguai, Argentina, representantes de 33 países que discutem a preservação ambiental e o futuro dos recursos hídricos no mundo.

Para enfatizar a responsabilidade do país na área ambiental, Marina Silva enumerou algumas questões, como o fato de o Brasil possuir a maior floresta tropical do mundo e possuir 60% de cobertura florestal.

“Entretanto, não tem como discutir soluções para problemas ambientais sem o compromisso conjunto de todos os setores do governo e da sociedade, adotando juntos critérios de sustentabilidade”, assinalou a senadora.

Ela disse que ainda preocupa o fato de existirem 220 povos no país, que falam cerca de 180 línguas diferentes e se constituem num patrimônio de conhecimento das riquezas naturais de suas comunidades, que não são ouvidos pela ciência ocidental, que ainda não aprendeu a aproveitar esse potencial.

Ressaltou também o esforço que o governo vem fazendo para proteger a floresta amazônica, porque isso será fundamental para o Brasil apresentar no Fórum Mundial das Águas, que será realizado em março de 2009, na Turquia.

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Minc pede que governos envolvam sociedade na gestão da água

24 de Novembro de 2008 - Lúcia Nórcio - Enviada Especial - Foz do Iguaçu - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pediu ontem (23) aos representantes de 33 países no 5º Encontro Cultivando Água Boa que construam uma política nacional de recursos hídricos, envolvendo governo e sociedade. Minc citou o exemplo do Brasil, afirmando que a cada dia se multiplicam os organismos de gestão de bacias.

“Os próprios estados estão demonstrando interesse em implementar órgãos gestores de recursos hídricos. Estamos construindo no Brasil um verdadeiro sistema nacional de gestão de águas. Queremos mostrar ao mundo que é possível produzir com preservação ambiental”.

O ministro disse que vai pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o programa desenvolvido por Itaipu na Bacia do Paraná 3, o Cultivando Água Boa, seja replicado em outras usinas brasileiras, salientando que o programa está na vanguarda nacional porque gera energia e defende o meio ambiente.

O propósito do governo de dividir com a sociedade a responsabilidade na gestão do meio ambiente também vai abranger as alterações no clima. Minc adiantou que no dia 1º de dezembro o presidente Lula vai assinar o primeiro Plano Nacional de Mudanças Climáticas repartindo a responsabilidade de gerir as conseqüências das adversidades climáticas com a população.

Hoje (24), pela manhã, o ministro visita o Parque Nacional do Iguaçu, onde participa das comemorações que vão homenagear o milionésimo visitante do parque.

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Especialista cobra de países da América do Sul gestão compartilhada do Aqüífero Guarani

25 de Novembro de 2008 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Foz do Iguaçu - Representantes do Paraguai, Brasil, Uruguai e Argentina decidem hoje (25), em Foz do Iguaçu, os próximos passos para a gestão compartilhada do Aqüífero Guarani. As atividades do projeto, criado em 2003, terminam em janeiro de 2009. O assunto está em debate no Fórum de Águas das Américas, que se encerra hoje na cidade.

Segundo o coordenador do Programa do Aqüífero Guarani ( PAG), Luiz Amore, os resultados dos estudos indicam a necessidade da gestão compartilhada do manancial. O Aqüífero Guarani é um reservatório de água subterrânea, um conjunto de rochas arenosas e porosas. Esses materiais depositaram-se neste lugar entre aproximadamente 245 e 144 milhões de anos.

O aqüífero é transfronteiriço, pois está localizado por baixo do território de quatro países sul-americanos: na Argentina, a extensão é de 225,5 mil quilômetros, no Brasil, de 840 mil, no Paraguai de 71, 7 mil e no Uruguai 58,5 mil quilômetros. O que totaliza 1,2 milhão de quilômetros ao sudeste da América do Sul.

De acordo com o especialista, além do sistema de informação e do monitoramento, o PAG criou modelos matemáticos que permitem prever o comportamento do aqüífero em situações como exploração mais intensa, suscetibilidade à contaminação em áreas próximas da superfície ou uso para o turismo termal.

Ao todo, foram desenvolvidos quatro projetos-pilotos nas cidades de Concórdia (Argentina) e Salto (Uruguai) – para águas termais; Ytapua, no Paraguai – sobre o impacto da agricultura no aqüífero; Ribeirão Preto (SP), devido ao intenso uso da água do aqüífero para abastecimento público e industrial, Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento (Brasil).

“Nessas duas cidades o aqüífero está em regiões de afloramentos e apresenta níveis da água bastante superficiais, o que o torna vulnerável a contaminação. Tal é o caso de Rivera, onde se fez necessário fechar os poços por apresentarem altos índices de nitratos. Em Livramento, apesar da cobertura de saneamento ser similar, não se registrou tal tipo de contaminação”, explicou.

Nesse sentido, o projeto mostrou que o aqüífero não é um mar de água doce, como chegou a ser difundido mas são como bolsões de água com diferentes características “ora águas quentes, ora acessíveis e vulneráveis, ora muito profundas e protegidas”.

Com a conclusão dos estudos, que envolveram US$ 26 milhões – US$ 13 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) do Banco Mundial e US$ 13 milhões de contrapartida dos países – a responsabilidade agora, segundo o coordenador, é com as lideranças, técnicos, pesquisadores, autoridades e populações dos países envolvidos para que este conhecimento seja disseminado.

Amore disse que um dos benefícios do PAG foi colocar na agenda política dos países a questão das águas subterrâneas e do Aqüífero Guarani. Um ponto importante foi a legislação que autoriza o uso (outorga) e até a cobrança, que já ocorre em algumas regiões no Brasil, como nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Uma das propostas apresentadas no Fórum de Águas das Américas, que termina hoje em Foz do Iguaçu, foi a transformação do atual Conselho Superior do Projeto em Conselho de Cooperação para dar continuidade e estabelecer instâncias em cada país.

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Feema inicia auditoria em empresa responsável por vazamento no Rio Paraíba do Sul

24 de Novembro de 2008 - Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Fundação Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema) iniciou hoje (24) uma auditoria ambiental na indústria química Servatis, responsável pelo vazamento de 1.500 litros de pesticida em um afluente do Rio Paraíba do Sul, no interior fluminense, há uma semana. O relatório poderá ajudar o inquérito policial instaurado para investigar o acidente.

A Servatis já havia sido interditada pela Secretaria Estadual do Ambiente na última sexta-feira (21). De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria, a empresa já respondia a processo por crime ambiental praticado em 2002.

Um dos sócios da empresa prestou depoimento hoje na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Amanhã, a Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) define o valor da multa que será aplicada à empresa.

O vazamento de pesticida, que aconteceu no último 18, provocou grande mortandade de peixes e prejudicou o abastecimento de água nos municípios do Médio Paraíba.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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