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PARANÁ DÁ EXEMPLO A USINAS BRASILEIRAS NA RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Novembro de 2008

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou que o trabalho de recuperação das matas ciliares feito no Paraná será referência para o país e que vai propor ao presidente Lula para que seja a iniciativa seja disseminada em todas as usinas hidrelétricas brasileiras. O anúncio ocorreu durante a abertura do Fórum de Águas das Américas, na noite de domingo (22), em Foz do Iguaçu,

“O Paraná e a Itaipu são uma demonstração de que se pode aliar a conservação ambiental e a produção. Mostram também que, com a recuperação das matas ciliares, educação ambiental, investimentos e biodigestores, isso é possível”, disse. “Vou levar ao presidente Lula essa experiência e defender a importância de repetir em todas as hidrelétricas o que é feito no Paraná”, afirmou.

Antes do evento, o ministro sobrevoou parte do corredor de biodiversidade Iguaçu-Paraná e áreas de reflorestamento de matas ciliares. O trabalho é feito na região pelo programa Mata Ciliar, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, e Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional.

Em seu discurso, Minc ainda ressaltou outra conquista nacional para o meio ambiente e a proteção dos recursos hídricos: o decreto da Mata Atlântica, recentemente assinado pelo presidente Lula.

“É um decreto que aumenta a proteção de todos os remanescentes da mata atlântica, dos mananciais e das florestas que protegem os mananciais”, afirmou. De acordo com o ministro, na próxima semana será divulgado pelo IBGE o novo mapa do bioma no país.

“Vamos solicitar ainda, que os prefeitos incorporem em seus planos diretores a reconstituição destas florestas que defendem a vida e as águas”, enfatizou.

Para Minc, o Fórum de Águas das Américas é uma oportunidade de afirmar a política de recuperação dos recursos hídricos.

“É chance que temos de tratar, em conjunto do nosso aqüífero Guarani, com toda sua potencialidade, de reforçar a idéia dos comitês e do uso múltiplo das águas; e de fazer esses rios, que são fronteiras desses países, um compromisso conjunto de cuidá-los para as futuras gerações”, reforçou o ministro.

MARINA SILVA – A senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, esteve como convidada de honra à abertura do Fórum de Águas das Américas e destacou a responsabilidade brasileira no 5o Fórum Mundial da Água, que será realizado na Turquia no próximo ano.

Segundo ela, o esforço feito no Brasil para proteção da Amazônia é fundamental para a discussão que acontecerá em Istambul, pois cerca 26% da água doce lançada nos oceanos é produzida na Amazônia.

Marina Silva ainda apresentou outros números que demonstram a responsabilidade brasileira com o planeta. “O Brasil é responsável por 11% da água doce disponível do mundo, tem a maior floresta tropical do planeta e ainda tem cerca de 60% do seu território com cobertura florestal. Isso nos dá uma responsabilidade muito grande”, afirmou.

A saída para garantir a proteção dessa imensa riqueza natural é a transversalidade, defendeu a ex-ministra. Para ela, não há como discutir uma saída para os problemas ambientais sem o compromisso transversal que coloca todos setores de governo e diferentes setores da sociedade na mesma perspectiva: a de incorporar critérios de sustentabilidade no planejamento de suas ações.

A transversalidade entre a diversidade cultural brasileira também seria fundamental para proteção do patrimônio natural. “Uma saída para o desenvolvimento, para a crise econômica e ambiental que estamos atravessando, é sermos capazes de juntar o melhor do conhecimento da ciência ocidental branca com os saberes narrativos dos nossos povos originários que têm grandes conhecimentos associados aos recursos naturais”, concluiu.

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Confauna promove reunião para discutir erradicação de espécies exóticas invasoras

A pedido do secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o Conselho Estadual de Proteção à Fauna (Confauna) realizou na terça-feira (25), em Curitiba, uma reunião extraordinária para discutir a erradicação de espécies exóticas invasoras.

No encontro – que contou com a presença de 15 dos 22 membros do conselho, além de biólogos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), engenheiros agrônomos e veterinários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – foi debatida a portaria do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) 095/07 que relaciona as 57 espécies de plantas e 26 de animais que são exóticos aos ecossistemas paranaenses.

Um dos pontos abordados na reunião foi a situação dos javalis no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais. Todos os conselheiros presentes foram a favor da criação de um Programa de Controle e Erradicação da espécie no local.

Mauro Britto, biólogo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), explicou que a medida foi tomada tendo em razão a modificação genética sofrida pelos javalis na região. “O conselho deliberou a favor da erradicação dos javalis, pois estes animais já não podem mais ser considerados javalis. Na região o que se tem é um cruzamento do javali com porco doméstico, que resultou em um animal extremamente agressivo e que traz sérios danos ao meio ambiente”, argumentou.

Para Tereza Cristina Margarido, bióloga e presidente da câmara técnica de mamíferos do Confauna, o debate promovido pelo conselho é pioneiro no país e defende a possibilidade de controle da espécie. “Nosso objetivo é, num primeiro momento, estudarmos formas de controle destes animais. Isto é pioneiro no Brasil, visto que os javalis são um problema antigo da fauna brasileira. Se não houver outra medida, certamente, optaremos pelo melhor da biodiversidade no estado”, comentou.

Os javalis que vivem no Parque estão entre as espécies invasoras mais problemáticas para a fauna paranaense, ressaltou João Batista Campos, diretor do Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP. “Eles não possuem inimigos próprios; ou seja, não têm predadores naturais, além de se proliferarem muito rapidamente”, explicou. Outro prejuízo que estes javalis causam ao Parque Estadual de Vila Velha, apontado por João Batista, foi a depredação do solo.

De acordo com a gerente do Parque Estadual de Vila Velha, Ângela Dacomuni, já foram realizados estudos técnicos sobre a questão no local. “Já fizemos vários estudos técnicos com biólogos e não existe outra alternativa a não ser a captura destes animais. Os javalis não fazem parte da nossa fauna e por isso devem ser removidos do parque”, assegurou.

CONSELHO - Além da Secretaria do Meio Ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), participam do Confauna, as secretarias da Saúde e da Agricultura e Abastecimento, o Batalhão da Polícia Ambiental Força Verde, Ibama, UFPR e diversas entidades privadas e organizações não-governamentais. O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a formar um conselho que integra poder público e sociedade civil para discutir questões relacionadas à fauna, em 2004.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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