Projetos
Ambientais - 27/11/2008 - 08:55
O navio hidroceanográfico Amorim do Valle
partiu de Belém em direção
a Fortaleza, onde chega neste sábado
Após cumprir dois trechos de expedições
oceanográficas do Projeto Inteligência
Socioambiental Estratégica da Indústria
do Petróleo na Amazônia (Piatam Oceano),
o navio hidroceanográfico Amorim do Valle
está a caminho de Fortaleza (CE), onde chegará
no sábado (29). Esta etapa é a terceira
e última da viagem prevista para 2008.
A bordo do navio estão
os pesquisadores Allan Sandes, Rodrigo Abuchacra,
Franklin Noel dos Santos e Álvaro José
de Almeida Pinto - bolsistas da Universidade Federal
do Pará (UFPa) e Universidade Federal Fluminense
(UFF). Eles embarcaram em Belém (PA) e têm
a missão de coletar amostras de sedimentos
(lama, areia e cascalho) e material bentônico
(sedimentos marinhos) em alto mar.
As viagens do Amorim do Valle
integram as programações das primeiras
expedições oceanográficas do
projeto Piatam Oceano, e têm caráter
preparatório para a segunda etapa, que deve
ocorrer entre 2009 e 2010. Com o apoio do Centro
de Hidrografia da Marinha (CHM), desde o dia 6 de
outubro, 44 pesquisadores de diversas áreas
- geologia, geofísica, geoquímica,
oceanografia, biologia (especialistas em bentos,
plâncton e mamíferos aquáticos)
e de sensoriamento remoto (radiometria) - estão
se dividindo entre viagens que envolvem dois dos
navios do CHM, o Amorim do Valle e o navio oceanográfico
Antares.
Fruto da parceria entre a Petrobras
e a Marinha - que envolve cooperação
técnica científica e investimentos
na adaptação dos navios para as atividades
de pesquisa do projeto Piatam Oceano - as embarcações
cumprem um total de sete roteiros a serem cumpridos
até 18 de dezembro. As operações
foram iniciadas no Rio de Janeiro (RJ) e têm
como objetivo obter mais informações
sobre a água e o fundo do Atlântico
Amazônico, a vida que lá se encontra
e também sobre as diversas interações
da água oceânica com a Foz do Amazonas.
Mar agitado
"Apesar dos contratempos,
a primeira etapa foi um sucesso. Foi a ação
de linha de frente do Piatam Oceano no Amorim do
Valle, onde a gente testou as operações.
Não foi fácil. Nos três primeiros
dias pegamos condições extremas. O
barco balançou bastante. Tivemos que abortar
os pontos de coleta que seriam do primeiro trecho
e perdemos um dos equipamentos logo no primeiro
lançamento - um amostrador Van Veen, uma
grande escavadeira de metal que colhe sedimentos
no fundo -", conta Gustavo Vaz de Melo, pesquisador
da UFF, responsável pela viagem do primeiro
trecho, entre Fortaleza e Belém.
"Tivemos que mudar toda a
estratégia de amostragem no barco. Fizemos
então os pontos que estariam previstos apenas
para esta terceira pernada, mais próximos
à linha de costa", esclarece Vaz de
Melo. Com a perda do equipamento mais pesado de
coleta de sedimentos de fundo, a equipe da primeira
fase, entre Fortaleza e Belém, teve que repensar
a viagem para reaproveitar os demais coletores levados
ao mar, pois não era possível fazer
coletas em profundidades superiores a 50 metros.
Para o terceiro trecho de viagem,
Belém-Fortaleza, onde finalmente serão
coletados dados de água mais profunda, a
experiência da primeira pernada será
fundamental. "Também não será
muito fácil. A equipe deverá pegar
mar de proa e o barco deve balançar bastante,
mas o projeto tentará manter o planejamento
previsto. Os trabalhos à noite já
foram descartados. Se for necessário abortar
algum ponto, isso será feito. A segurança
está acima de tudo", ressalta Melo.
Após concluir sua última
missão de 2008 no âmbito do Piatam
Oceano e aportar em Fortaleza, no dia 29, o navio
da Marinha retorna ao Rio de Janeiro, onde chega
em 13 de dezembro.
O projeto Piatam Oceano reúne
100 pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas
e Tecnológicas do Estado do Amapá
(Iepa), das universidades Federais do Pará
(UFPA), do Amazonas (Ufma) e do Estado do Maranhão
(Uema), do Rio de Janeiro (UFRJ), Fluminense (UFF),
estadual do Maranhão (Uema), Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG/MCT), da Fundação
Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) e do Centro de
Hidrografia da Marinha (CHM).
A meta do projeto é caracterizar ecossistemas
e definir níveis de sensibilidade ambiental
nas águas de 20 a 3.500 metros de profundidade
da porção oceânica da região
Norte. O Piatam Oceano abrange as áreas das
bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão
e Barreirinhas, entre a foz do Oiapoque, no Amapá,
ao Norte, e à foz do Parnaíba, no
Piauí.
Informações da Assessoria de Comunicação
Piatam Oceano
Agência Museu Goeldi
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Diretor do Insa toma posse na
Comissão Nacional de Combate à Desertificação
Mudanças Climáticas
- 26/11/2008 - 11:31
A Comissão Nacional de Combate à Desertificação
(CNCD) se reúne, pela primeira vez, nesta
quarta-feira, dia 26, em Fortaleza (CE). O ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, dará posse
aos membros e abrirá as discussões
em torno do regimento interno do órgão.
No evento, será apresentado o Programa Nacional
de Combate à Desertificação
e Mitigação dos Efeitos de Seca -
PAN-Brasil.
A CNDC reúne dez ministérios,
dentre os quais o Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), representado pelo diretor do
Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA),
Roberto Germano Costa. Cabe à Comissão
estabelecer estratégias para o combate à
desertificação e diminuição
dos efeitos da seca, bem como medidas necessárias
para erradicar a pobreza no Semi-Árido. Além
disso, ela tem a finalidade de implementar compromissos
assumidos pelo Brasil na Convenção
das Nações Unidas de Combate à
Desertificação e Mitigação
dos Efeitos da Seca.
A idéia é que as
ações propostas sejam capazes de assegurar
a adaptação das populações
do Semi-Árido e seus governos às mudanças
climáticas atuais. Na reunião desta
quarta-feira serão apresentadas propostas
de políticas públicas que serão
debatidas em conjunto, para a formulação
de um plano de desenvolvimento, levando em conta
as novas condições do clima. Espera-se
que os governos federal, estadual e municipal, além
do setor privado, dos movimentos sociais e lideranças
regionais acatem as recomendações
do documento.
Em tempo
A Desertificação
é definida como processo de destruição
do potencial produtivo da terra nas regiões
de clima árido, semi-árido e sub-úmido
seco. Ela se manifesta de maneiras diferentes, abrangendo
níveis de degradação dos solos,
da vegetação, dos recursos hídricos
e intensa degradação dos recursos
da terra.
O processo é pouco perceptível
a curto prazo pelas populações locais,
mas as consequências do fenômeno geram
grandes problemas ambientais, econômicos e
sociais.
Departamento de Comunicação do Insa
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Inpa produz iogurte e bebida láctea
com fruta nativa do Amazonas
Alimento - 25/11/2008 - 10:38
Fruta regional araçá-boi
Uma equipe formada pela pesquisadora Helyde Marinho,
do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCT) e por dois bolsistas da instituição,
Patrick Gomes da Silva, estudante do Programa Institucional
de Bolsas de Iniciação Científica
(Pibic), e Márcia Seixas, bolsista da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam), desenvolveu uma bebida láctea fermentada
e um iogurte com o sabor característico do
araçá-boi (Eugenia stipitata) planta
originária da Amazônia.
Marinho explica que a bebida láctea
fermentada a base do sabor do araça-boi é
um alimento probiótico chamado de Streptococcus
salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii
subsp. Bulgaricus. Esses alimentos na verdade são
organismos vivos que, quando ingeridos em concentrações
adequadas, se incorporam a microflora intestinal
beneficiando a digestão do consumidor.
Iogurte de araçá-boi
O iogurte de araçá-boi
é também um alimento probiótico
que ajuda no funcionamento da microflora intestinal.
A pesquisadora explica que a bebida pode ser consumida
por pessoas alérgicas a lactose do leite,
pois com a fermentação há quebra
da lactose. Dessa forma elas poderão incluir
esse iogurte em sua dieta alimentar.
O processo de produção
da bebida láctea fermentada é similar
ao do iogurte, a diferença é que na
bebida láctea é adicionado o "soro
de leite", destinado à fabricação
de queijo e que geralmente é descartado pelos
fabricantes do produto do município do Careiro
da Várzea. Dessa forma, essa bebida, altamente
rica em proteínas, vitamina C e cálcio,
poderá ser mais acessível economicamente
à população.
A equipe responsável pela
produção das bebidas explica que os
extratos de frutas presentes tanto na bebida láctea
quanto no iogurte são ricos em substâncias
antioxidantes,ou seja, que protegem o organismo
da ação danosa dos radicais livres.
Entre essas substâncias são o ácido
ascórbico (vitamina C), carotenóides
(compostos naturais encontrados nos vegetais), flavonóides
(compostos químicos encontrados naturalmente
em algumas frutas, vegetais, chás, vinhos,
nozes, sementes e raízes) e compostos fenólicos
(substâncias que contribuem para o sabor e
o aroma do produto). As principais fontes de flavonóides,
vitamina C, são as frutas cítricas,
como o araçá-boi.
A biodisponibilidade (o produto
serve tanto como alimento quanto meio preventivo
de doenças degenerativas) dessas substâncias
antioxidantes é fundamental para sua eficiência
como agentes anticancêrigenos e antienvelhecimento.
"O crescente interesse pelos
antioxidantes naturais de extratos de plantas é
devido a sua baixa toxidade em relação
aos sintéticos. Essa fruta apresenta um grande
potencial para ocupar lugar de destaque no mercado
nacional e internacional", diz Marinho.
Janaina Karla - Assessoria de Comunicação
do Inpa
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São Carlos (SP) quer se
tornar referência em energias alternativas
Bioenergia - 24/11/2008 - 10:39
Sergio Rezende e Reinhold Stephanes assinam acordo
que visa a criação da Cidade da Bioenergia
A cidade de São Carlos, no interior paulista,
pode, em dois anos, se transformar num centro de
referência em energia alternativas. Para isso,
os ministros da Ciência e Tecnologia (MCT),
Sergio Rezende, da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, e o
prefeito do município, Newton Lima, assinaram,
na quinta-feira (20), em São Paulo (SP),
um memorando de entendimento que visa a criar a
Cidade da Bioenergia.
O centro ocupará uma área
de aproximadamente de 2.600 hectares e fica pronto
em 2010. A parceria tem também a participação
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa).
“A Embrapa é fundamental
para o sucesso dessa parceria”, destacou Sergio
Rezende, no ato de assinatura do memorando. O projeto
faz parte de um conjunto de medidas que garantiu
a liderança do País no setor agropecuário.
A iniciativa visa a transformar a Cidade da Bioenergia
referência em tecnologia integrada à
cadeia de produção.
“Será a maior concentração
de cientistas que desenvolverão novas formas
de pesquisa, por exemplo, a nanotecnologia aplicada
à área agrícola”, prevê
Reinhold Stephanes.
Laboratório
De acordo com o presidente da Embrapa, Silvio Crestana,
o projeto deve se iniciar em 2009, com inauguração
estimada para o início de 2010. Para completar
o projeto, Crestana acredita que, no início
do próximo ano, será oficialmente
inaugurado o Laboratório Nacional de Nanotecnologia
para o Agronegócio, também instalado
em São Carlos.
Com informações do Mapa
Assessoria de Comunicação do MCT