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“RANKING” AMBIENTAL PAULISTA – 44 MUNICÍPIOS SÃO CERTIFICADOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2008

Em evento, no Memorial da América Latina, Projeto Município Verde apresenta o resultado das avaliações de 332 cidades do Estado de São Paulo.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA divulgou, em cerimônia no Memorial da América Latina, o "ranking" ambiental dos municípios paulistas. Ao todo, 44 municípios do Estado foram certificados como Município Verde. A premiação levou em conta uma avaliação ambiental, que mensurou, através de notas, o desempenho das cidades em dez diretivas que regeram o Projeto Ambiental Estratégico Município Verde. As localidades foram sabatinadas em setores como: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente.

Lançado em junho de 2007, o projeto Município Verde surgiu como uma proposta de descentralização da agenda ambiental paulista, considerando que a base da sociedade está nas cidades. A princípio, a equipe do projeto esperava a adesão de, no máximo, 200 municípios. No entanto, 613 assinaram o termo de adesão. Desses, 521 indicaram interlocutores – responsáveis por intermediar o diálogo entre Governo do Estado e as Prefeituras –, e 332 entregaram o plano de ação completo, intitulado plano de metas, que permitiu à equipe do Município Verde avaliar o empenho do município através dos progressos ambientais apresentados na localidade.

Cada município, dos 332, foi avaliado com uma nota, que variou de zero a 100. As 44 localidades que obtiveram médias acima de 80 receberam o certificado de Município Verde. Além disso, foram premiados os 24 interlocutores mais participativos e as 16 cidades com o melhor desempenho em sua Bacia Hidrográfica, que foram agraciadas com o prêmio Governador Franco Montoro – homenagem ao político e ex-governador do Estado de São Paulo - que pregava a importância da descentralização como forma de ação política para o fortalecimento dos municípios, já que são neles que a comunidade vive e se identifica. Além disso, os municípios com melhor avaliação terão prioridade na obtenção de recursos junto ao Governo de São Paulo.

Apesar da divulgação das notas e certificação dos 44 municípios o projeto não termina em 2008. Ele é contínuo e, em 2009, uma nova avaliação será feita com os municípios atuais e outros que aderirem ao plano de ação.

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São Paulo divulga primeiro “ranking” ambiental dos municípios paulistas

26/11/2008 - Os estudantes da cidade de Santa Fé do Sul sabem exatamente o que é preservar o meio ambiente, graças ao programa de Educação Ambiental que prefeitura implantou em todas as escolas do município. Em Angatuba, toda a população tem coleta seletiva na porta de casa. Já, no município de Gabriel Monteiro, o tratamento de esgoto e a destinação do lixo são eficientes e exemplares.

Ações como essas fizeram desses três municípios os primeiros colocados no “ranking” ambiental dos municípios paulistas. Nesta quarta-feira, 26.11, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo divulgou, em encontro no Memorial da América Latina, com a presença de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e lideranças locais, as notas dos 332 municípios que participaram efetivamente do Projeto Ambiental Estratégico Município Verde.

Ao todo, 44 municípios conquistaram nota acima de 80 e receberam o certificado de Município Verde. Desses, 16 cidades receberam o Prêmio Franco Montoro por obterem, ainda, a maior nota da Bacia Hidrográfica em que estão inseridos. Entre os demais municípios, 110 obtiveram nota entre 50 e 80 e os outros 178 ficaram com pontuação abaixo de 50. Esgoto, Lixo e Educação Ambiental foram as três diretivas com o maior “peso” na avaliação. Muitos municípios, prejudicados pela precariedade no tratamento de esgoto, por exemplo, já manifestaram no evento as iniciativas que estão tomando para melhorarem suas notas em 2009.

O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, esclareceu que esse é o objetivo do Município Verde. “Queremos saber quais são os problemas ambientais das cidades para podermos ajudá-los. Não adianta investir em arborização urbana em uma localidade que necessita resolver com urgência o seu problema com o lixo”, ressaltou.

Graziano salientou que o projeto Município Verde é como uma escola. “Em 2009 começa tudo novamente”. Os 332 municípios serão reavaliados e os que não preencheram o seu plano de metas neste ano, poderão fazê-los no próximo. O secretário destacou que as novas avaliações e considerações vão surgir. Para Graziano, serão precisos critérios diferenciados para cidades das regiões metropolitanas, por exemplo. Novas premiações vão acontecer para os municípios que se destacarem em projetos de recuperação de córregos urbanos, educação ambiental para crianças do Ensino Fundamental I e construção de ciclovias, para incentivar o transporte alternativo.

Interlocutor

Uma premiação, durante o evento, que motivou os presentes foi para os interlocutores mais participativos do projeto. Ao todo, 24 deles receberam o “Prêmio Interlocutor Município Verde” pela presença em todas as reuniões e seminários do projeto e pelo preenchimento de um Plano de Ação bem elaborado.

Santa Fé do Sul

Com “torcida organizada” a cidade de Santa Fé do Sul, com a maior nota do “ranking” ambiental - 94,96 - vibrou com o desempenho do município. O prefeito Itamar Borges esperava um bom resultado, mas não sabia que a cidade seria a “campeã” ambiental de 2008. A cidade investiu forte em Educação Ambiental e já é possível encontrar, entre os moradores, crianças e jovens falando de meio ambiente com propriedade, cobrando melhorias e sugerindo alternativas para o município. Além disso, a cidade de aproximadamente 30 mil habitantes, localizada no extremo oeste do Estado, investiu forte em tratamento de esgoto, coleta seletiva, arborização urbana e programas de combate ao desperdício da água.

Borges acredita que em 2009 a concorrência será maior. “Os municípios entenderam a mensagem. Tenho certeza que no ano que vem muitas cidades vão se empenhar em entregar um plano de ação bem elaborado e por em prática a sua agenda ambiental”. Mas, o prefeito do município “mais verde” do Estado não tem medo da concorrência. “O que eu desejo é um Estado de São Paulo cada vez mais verde, com ações ambientais mais concretas, e isso faremos todos juntos”, destacou.

Evento

Com a presença de 1.500 pessoas, o encontro no Memorial da América Latina estava em clima de festa. Alguns municípios vibravam pelo bom resultado, outros se comprometiam com melhorias, mas todos estavam unidos na busca por cidades sustentáveis. Com o tema “Pensar Globalmente, Agir Localmente”, o encontro entre os municípios paulistas falou da importância da descentralização para o cumprimento da agenda ambiental que o Estado precisa. “Como eternizou o governador Franco Montoro, as pessoas não vivem em um país ou em um Estado, elas vivem em um município. É lá que elas fixam suas raízes, se identificam e querem ver melhorias na qualidade de vida”, disse Xico Graziano.

Para “inspirar” os participantes, o escritor e jornalista Inácio de Loyolla Brandão explanou para os presentes sobre a importância de se agir localmente para a garantia de um ambiente global mais harmônico. E finalizando o evento, os participantes foram envolvidos por um som que remete as raízes de nosso Estado – um concerto com a orquestra paulista de viola caipira.

Sobre o Município Verde

Lançado em junho de 2007, o projeto Município Verde surgiu como uma proposta de descentralização da agenda ambiental paulista, considerando que a base da sociedade está nas cidades. A princípio, a equipe do projeto esperava a adesão de, no máximo, 200 municípios. No entanto, 613 assinaram o termo de adesão. Desses, 521 indicaram interlocutores – responsáveis por intermediar o diálogo entre Governo do Estado e as Prefeituras –, e 332 entregaram o plano de ação completo, intitulado plano de metas, que permitiu à equipe do Município Verde avaliar o empenho do município através dos progressos ambientais apresentados na localidade.

Acesse os links abaixo:

- Municípios que preecheram o Plano de Ação
www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde

- Municípios certificados
www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde/44_certificados.pdf

- Municípios que aderiram ao Projeto Município Verde
www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde/lista_adesao_municipios.pdf

- Municípios que não aderiram ao Projeto Município Verde
www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde/municipios_nao_aderiram.pdf

- Interlocutores premiados
www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde/interlocutores.pdf

Texto: Evelyn Araripe Fotografia: José Jorge/Pedro Calado

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Estudo aponta áreas prioritárias para conservação no Estado de São Paulo

25/11/2008 - Com dados biológicos consistentes sobre 92.183 fragmentos de vegetação natural remanescente, enfocando as condições da fauna e da flora, pesquisadores de várias instituições apontam áreas em todo o Estado, consideradas prioritárias para ações de criação ou ampliação de unidades de conservação.

As áreas que receberam mais indicações foram as restingas remanescentes em Itanhaém, no Litoral Sul, e Bertioga, na Baixada Santista; a Serra do Japi, em Jundiaí; as áreas adjacentes ao Parque Nacional da Serra da Bocaina; os remanescentes de Mata Mesófila Semidecídua no entorno dos parques estaduais do Rio do Peixe e de Aguapeí; e fragmentos de Cerrado próximos a Bauru, Campos Novos Paulistas, Barretos e Dracena.

Este é um dos resultados do Projeto Biota-FAPESP consubstanciados no livro “Diretrizes para Conservação e Restauração da Biodiversidade no Estado de São Paulo”, lançado na segunda-feira (24/11) pelo Instituto de Botânica, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, e pela FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que financiou o projeto.

Para o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, a publicação ganha relevância por causa da qualidade das informações científicas produzidas por uma equipe de pesquisadores de várias instituições. Os dados sobre os remanescentes vegetais motivaram, entre outras ações, a elaboração de resoluções como a que estabelece o zoneamento agroambiental, organizando a expansão das atividades sucroalcooleiras.

Ricardo Ribeiro Rodrigues, da FAPESP, que coordena o Projeto Biota, lembra que o livro é o resultado de um projeto iniciado em 1999, envolvendo cerca de 160 pesquisadores de várias disciplinas, que resultou num banco de dados com o inventário e caracterização da biodiversidade do Estado de São Paulo, definindo os mecanismos para a sua conservação e restauração. O evento contou ainda com as presenças de Vera Bononi, diretora do Instituto de Botânica, Carlos Brito, diretor científico da FAPESP, e outros.

Com 248 páginas, a publicação traz ainda três mapas-síntese com as diretrizes para a conservação e restauração da biodiversidade no Estado, propondo a criação e ampliação de unidades de conservação, incremento da conectividade entre os fragmentos de áreas florestais remanescentes e desenvolvimento da pesquisa de diversidade biológica.

Os dados biológicos coletados em cada área natural remanescente enfocam oito grupos temáticos: mamíferos, aves, répteis e anfíbios, peixes, invertebrados, espécies vegetais fanerógamas e criptógamas, e paisagem. Com base nessas informações, os especialistas definiram ações de conservação e restauração, além da simples indicação de áreas naturais remanescentes prioritárias para conservação. Os especialistas consideram que todas as áreas ciliares devem ser restauradas, conforme prevê a legislação ambiental, possibilitando a interligação desses fragmentos.

O livro ressalta que São Paulo é o estado com o maior número de espécies ameaçadas no Brasil, com 214 ou 11% do total. Destas, 23 são mamíferos, ou cerca de 10%, dos quais 20 se encontram em área de Mata Atlântica. O morcego “Lasiurus ebenus” e o roedor “Phyllomys thomasi”, por exemplo, ocorrem apenas na Mata Atlântica paulista e encontram-se sob ameaça devido à destruição de seus habitats. Por este motivo, toda a Mata Atlântica foi considerada prioritária para a conservação devido à ocorrência de um grande número de espécies endêmicas e ameaçadas.

Entre outros pontos, destaca que, na região das serras do Mar e da Mantiqueira, a vegetação não protegida entre as unidades de conservação já existentes precisa ser preservada para permitir que essas áreas continuem conectadas e, onde não existe vegetação, devem ser criados corredores para interligar os fragmentos aumentando a área disponível para as comunidades de mamíferos e permitir o fluxo da fauna.
Texto: Newton M. Miura

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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