Panorama
 
 
 

GOVERNO LANÇA CAMPANHA DE PRESERVAÇÃO DA LAGOSTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

4 de Dezembro de 2008 - Lisiane Wandscheer - Repórter da Agência Brasil - Roosewelt Pinheiro/Abr - Brasília - Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Pesca, Altemir Gregolin, lançam campanha contra a pesca ilegal de lagosta
Brasília - O Brasil é o terceiro maior exportador de lagosta do mundo. Entretanto, entre 1991 e 2006, a produção nacional caiu de 11 mil toneladas para 7 mil toneladas. Para reverter essa situação, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) lançaram hoje (4) uma campanha para o consumo consciente do crustáceo e um plano com medidas para evitar a pesca predatória.

A campanha de consumo legal de pescados voltada à preservação da lagosta consiste na distribuição de materiais informativos, em português e inglês, a turistas brasileiros e estrangeiros, em todos os aeroportos do país. Como o período do defeso ocorre de 1º de dezembro a 31 de maio e coincide com as férias de verão, a idéia é alertar as pessoas que viajam para o Nordeste.

O Brasil possui cinco espécies de lagostas. A lagosta vermelha e a cabo verde são as mais importantes e os principais alvos da pesca predatória. No folder há fotos das lagostas em tamanho real com uma régua mostrando o mínimo que cada lagosta deve medir para ser consumida. A vermelha não pode ter menos de 20,5 centímetros, sendo 13 centímetros de cauda, e a cabo verde tem que ter 17,5, centímetros, sendo 11 centímetros de cauda.

As outras espécies nacionais são: lagostinha, lagosta-sapata e a sapateira que são capturadas em menor escala e por isso não correm risco de extinção. A lagosta coloca cerca de 200 mil ovos, mas apenas 1% desses se desenvolvem. Quando atinge o tamanho adulto, ela já se reproduziu pelo menos uma vez.

“A parceria com o consumidor e com os pescadores e as medidas constantes no plano vão garantir o desenvolvimento sustentável dessa cadeia produtiva, responsável pela manutenção de 150 mil empregos e que gera cerca de US$ 80 milhões por ano”, destaca o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin.

No material consta ainda o número da Linha Verde do Ibama (0800618080) para que qualquer pessoa possa denunciar a venda da lagosta em tamanho irregular. “Consuma lagostas nos tamanhos legalmente permitidos”, orienta o texto.

“A idéia é que o consumidor ajude a fiscalizar. Queremos evitar a pesca predatória, conscientizar o consumidor e aumentar a produção da lagosta no país. A fiscalização também será intensificada pelo Ibama, antes havia seis barcos e agora teremos mais oito, mas só a repressão não funciona”, afirmou o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc.

O Plano de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas no Brasil, também lançado hoje, prevê um conjunto de medidas como o recadastramento das embarcações, capacitação dos pescadores e ações de fiscalização. A rede foi proibida e atualmente só é permitido o uso de covos (espécie de gaiola que coleta apenas as lagostas maiores). O período de defeso foi aumentado de quatro para seis meses, permitindo um tempo maior para a reprodução das espécies.

Gregolin disse que apenas 10% da produção de lagosta é consumida no país e o resto é exportada. “A lagosta capturada no tamanho correto e que chega viva à indústria, tem um valor 30% maior. Hoje 90% da produção nacional é comprada pelos Estados Unidos. Queremos diversificar, mas, para conquistarmos outros mercados, precisamos melhorar a qualidade do nosso produto”, ressalta o ministro.

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Minc defende na Câmara criação de Ministério da Pesca

2 de Dezembro de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje (2), na Câmara dos Deputados, a aprovação do projeto de lei que cria o Ministério da Pesca e da Aqüicultura (MPA).

Segundo ele, a nova pasta estimularia o crescimento da produção de pescado no país de forma sustentável e com respeito às leis ambientais.

Durante reunião da Comissão Especial que discute a criação do MPA, Minc ressaltou que já há entendimento entre as duas áreas para distribuição das atribuições e pediu que os parlamentares não alterem “substancialmente” o projeto enviado pelo Executivo.

“O Brasil tem que ter mais produção de peixe e, sobretudo, peixe cultivado, da piscicultura e da aqüicultura [cultivo de organismos aquáticos, incluindo peixes, moluscos, crustáceos e plantas aquáticas]. Defendemos que a área ambiental continue com papel de fiscalização e também, junto com o Ministério da Pesca, com a atribuição do manejo”, disse ministro.

Após a criação do ministério ter sido proposta em forma de Medida Provisória, o que gerou muitas críticas do Congresso, o governo voltou atrás e decidiu elaborar um projeto de lei para isso.A proposta, que tramita na Câmara, transforma a atual Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca em um ministério com atribuições e orçamento específicos. Atualmente, a secretaria é subordinada à Presidência da República.

Apesar da crise econômica internacional e o apelo para diminuição dos gastos públicos, Carlos Minc acredita que há condições de se criar um novo ministério. “Esse ministério vai gerar recursos para o país. Ele vai significar importar menos, exportar mais. Acho que as pessoas às vezes vêem o pequeno e não o grande”, argumentou Minc.

O secretário Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, afirmou que a criação do novo ministério irá ajudar na consolidação das políticas de estímulo à produção de peixe. Ele também ressaltou que a piscicultura não exige grandes áreas e será uma ferramenta “forte” na geração de empregos.

Se aprovada, a nova pasta iria atuar, segundo Gregolin, no estímulo da ampliação da pesca oceânica, com aumento da produção de atum. Na pesca costeira, a meta seria a recuperação de espécies como a lagosta.

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Congresso faz sessão solene para lembrar Chico Mendes

3 de Dezembro de 2008 - Priscilla Mazenotti - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Congresso Nacional fez hoje uma sessão solene em memória de Chico Mendes, líder seringueiro assassinado há 20 anos em Xapuri, no Acre.

“Ele deu a vida por esse ideal planetário tão bonito”, disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

“Ele foi o símbolo da reconstituição de uma utopia libertária e revolucionária”, lembrou o ministro da Justiça, Tarso Genro.

Chico Mendes foi assassinado por pistoleiros na porta de sua casa. O mandante do crime, o fazendeiro Darly Alves da Silva, chegou a ser condenado a 19 anos de prisão. Cumpriu três anos e fugiu da prisão em Rio Branco em fevereiro de 1993. Em 1996, foi recapturado e cumpriu mais oito anos de prisão. Em 2004, passou a cumprir liberdade condicional.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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