Luciana
Melo - Brasília (02/12/2008) – Estabelecer
uma rede de monitoramento da biodiversidade, avaliar
a efetividade das unidades de conservação
(UCs) e gerar informações para subsidiar
ações de conservação
e uso sustentável de espécies. Essas
foram algumas das estratégias definidas pela
Diretoria de Conservação da Biodiversidade
(Dibio), do Instituto Chico Mendes (ICMBio), durante
a oficina realizada na semana passada que discutiu
a criação do Programa de Monitoramento
do Meio Ambiente.
Durante o encontro, que contou
com a participação de servidores das
diversas coordenações da diretoria,
foram definidos nove objetivos específicos
para a implantação do programa, ordenados
por ordem de prioridade de execução.
Segundo o moderador da oficina,
Ronaldo Morato, uma das primeiras tarefas é
avaliar a efetividade das UCs na conservação
da biodiversidade. Além disso, é fundamental
gerar informações para subsidiar ações
de conservação e uso sustentável
de espécies. Para tanto será necessário
estabelecer uma rede de monitoramento da biodiversidade.
Outro aspecto importante é
o monitoramento dos impactos de ações
antrópicas sobre a biodiversidade e a adoção
e reforço das ações de prevenção
e mitigação. Outros objetivos definidos
foram o monitoramento da qualidade ambiental para
avaliar a integridade ecossistêmica, o impacto
de espécies invasoras e exóticas sobre
a biodiversidade e a geração de informações
para o aprimoramento continuado da definição
de áreas prioritárias para conservação
e uso sustentável.
Os participantes da oficina decidiram
ainda, como uma das prioridades, monitorar a higidez
das populações silvestres e avaliar
o impacto das mudanças climáticas
sobre a biodiversidade.
Morato disse é importante
salientar que a ordem de importância está
de acordo com a capacidade de execução,
tanto técnica como de infra-estrutura, da
diretoria. Segundo ele, as atividades já
tiveram início e todos os objetivos foram
planejados para serem executados num espaço
de tempo de dez anos, com revisões periódicas.
Ascom/ICMBio
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Instituto promove levantamento socioeconômico
na Terra do Meio
Brasília (03/12/2008) –
O Instituto Chico Mendes (ICMBio), em parceria com
a organização não-governamental
WWF-Br, o Instituto de Pesquisas da Amazônia
(Ipam), a Fundação Viver Produzir
Preservar (FVVP) e o Ibama, está realizando
um levantamento socioeconômico na Terra do
Meio (PA).
A atividade tem o objetivo de
obter informações sobre as populações
que ocupam, atualmente, as Unidades de Conservação
(UC) da Terra do Meio, que incluem a Estação
Ecológica (Esec) Terra do Meio, o Parque
Nacional (Parna) Serra do Pardo e a Reserva Extrativista
(Resex) do Rio Xingu.
Segundo o Analista Ambiental,
Lino de Viveiros, é importante saber as condições
de vida das unidades, como meio de sustentação,
características reprodutivas, níveis
de instrução entre outras informações
pertinentes para a gestão dessas UCs da Terra
do Meio.
Os dados servirão de base
para as futuras medidas que serão tomadas,
como, por exemplo, criação de plano
de utilização e conselhos deliberativo
e consultivo. A partir das informações
obtidas, os gestores poderão iniciar os processos
de cadastramento de moradores.
De acordo com Lino Fernandes,
a primeira etapa de campo se iniciou em abril de
2008 na Expedição Rio Iriri I, abrangendo
a população ribeirinha do Rio Iriri
e seus afluentes na área compreendida da
Esec Terra do Meio. Já a Segunda Etapa se
iniciou no dia 14 deste mês na Resex Rio Xingu
e Parna Serra do Pardo, sobre coordenação
do Ipam e dos Gestores das Unidades.
“ Foi formado uma equipe de entrevistadores
contratados pelo Ipam que aplicaram questionários,
elaborados pela Metodologia desenvolvida pelo Núcleo
de Estudos de População da Universidade
Estadual de Campinas (Nepo/Unicamp) com apoio financeiro
da WWF–Br”, comentou o analista.
O levantamento busca dialogar
com os diferentes públicos das UCs, populações
ribeirinhas, colonos, agricultores familiares, fazendeiros
e a todos os moradores ocupantes dessas unidades
de conservação.
Em virtude da complexidade da
região para coletar informações,
na segunda etapa, foi necessário dividir
em duas equipe, Terrestre, que percorreu o Sul do
Parna Serra do Pardo e utilizou como infra de apoio,
três Motos cedidas pela Gerencia Executiva
do Ibama de Altamira e uma camionete 4X4 cedida
pelo Ipam, além de um barco regional com
sete tripulantes e mais o apoio na segurança
do grupo através de dois componentes do corpo
de bombeiros sob a Coordenação de
Marcos Rocha e da Pesquisadora Darlenys Hernández,
contratada pelo Ipam.
A equipe fluvial, coletou informações
das populações residentes nas margens
do rio Xingu, envolvendo a Resex Rio Xingu e Parana
Serra do Pardo tendo como infra-estrutura duas voadeiras,
a Base Operacional de Proteção e Pesquisa
do Rio Xingu (BOPP Xingu) com apoio de uma cozinheira,
dois pilotos de voadeira e quatro militares do Corpo
de Bombeiros de Altamira (PA) sob a coordenação
de Lino de Viveiros e Walber Feijó.
A previsão para o encerramento
das atividades será para o fim de Novembro.
Os primeiros extrativistas que foram visitados receberam
a equipe responsável por entrevistá-los
de forma bastante acolhedora, contribuindo para
a excelente execução dos trabalhos.
Para o analista ambiental é importante frisar
as parcerias feitas com as instituições
que estão ajudando de forma significativa
na realização dessas atividades, haja
vista, o atual momento financeiro em que as unidades
da Terra do Meio passam por implementação.