4 de Dezembro
de 2008 - Luana Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - José Cruz/Abr -
Brasília - Ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, durante Seminário Nacional Brasil no
Ano Internacional do Saneamento
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, defendeu hoje (4) mais espaço para
a área ambiental na elaboração
de políticas públicas de saneamento.
Junto com o Ministério das Cidades, a pasta
de Minc será responsável pela elaboração
do Plano Nacional de Saneamento Básico.
“Não tem pé nem
cabeça o Ministério do Meio Ambiente
ficar de fora da discussão do saneamento.
É um problema com consequências ambientais
graves”, apontou Minc, durante o seminário
O Brasil no Ano Internacional do Saneamento.
Na avaliação do
ministro, as políticas de acesso ao saneamento
devem considerar o tratamento do esgoto, e não
só a coleta. O índice médio
de coleta de esgotos no Brasil é de 69%,
mas o tratamento atinge apenas 25%.
“Temos que ter metas de coleta
e de tratamento. Senão o problema só
muda de lugar: é tirar o esgoto da porta
da casa das pessoas e levar para os rios”, comparou.
Durante a apresentação,
Minc adiantou que o governo deve liberar recursos
da taxação do uso da água pelo
setor elétrico – que estão contingenciados
– para aplicação em saneamento.
“Vamos converter o superávit
fiscal em superávit ambiental. Colocar no
mesmo prato da balança a saúde financeira
e a saúde ambiental", disse Minc.
O ministro também defendeu
a cobrança de compensações
para as empresas que recebem a chamada outorga de
águas, documento que autoriza a utilização
de recursos hídricos, expedido pela Agência
Nacional de Águas (ANA).
“Não precisa ser uma taxa,
mas que pelo menos haja recuperação
de matas ciliares nas margens dos rios. Quanto pior
a qualidade da água dos rios, da água
bruta, mais caro é o tratamento [para se
obter água potável]”, disse o ministro
Carlos Minc.
+ Mais
Madeireiros suspeitos de planejar
ataque a prédio do Ibama estão com
prisão decretada
28 de Novembro de 2008 - Marco
Antônio Soalheiro* - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Dois madeireiros do município
de Paragominas, no nordeste do Pará, apontados
pela polícia civil como principais suspeitos
de terem planejado a manifestação
do último domingo que resultou no incêndio
de veículos, documentos e na depredação
do escritório regional do Ibama estão
com prisão preventiva decretada pela Justiça.
Os mandados foram expedidos pelo juiz da comarca,
José Jonas Lacerda de Sousa.
Segundo a assessoria do Ibama
no Pará, os empresários também
teriam praticado diversos crimes ambientais, como
desmatamento sem licença e comércio
de madeira ilegal.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, que esteve ontem (27) em Paragominas, confirmou
hoje (28) em Brasília a interdição
das serrarias dos envolvidos no "episódio
de vandalismo". Os equipamentos utilizados
nas atividades ilegais serão apreendidos.
“Isso não vai ficar impune. Os responsáveis
vão ser punidos”, disse.
O ataque ao escritório
do Ibama ocorreu em represália às
apreensões realizadas pela Operação
Rastro Negro, deflagrada pelo órgão
para combater a produção, o transporte
e o comércio ilegal de carvão vegetal
no Pará.
Desde o fim de outubro foram destruídos
mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos
120 metros cúbicos de carvão vegetal
e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões.
Em Paragominas os fiscais apreenderam cerca de 400
metros cúbicos de madeira carregados em 14
caminhões. Eles acreditam que as toras eram
retiradas de uma reserva indígena na região.