Panorama
 
 
 

MINISTRO LANÇA CAMPANHA DE CONSUMO LEGAL DE PESCADOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

Brasília (02/12/2008) - O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lança no próximo dia 04/12 a Campanha de Consumo Legal de Pescados, o primeiro número da série é dedicado ao consumo sustentável de lagostas. A campanha é parte do Plano de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas, que vem sendo implementado desde 2006 pelo Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República – SEAP/PR. O lançamento acontece na Sala Multimídia do MMA, às 10 horas.

A Campanha de Consumo Legal de Pescados, uma série de materiais publicitários e educativos, dedica seu primeiro número às medidas a serem observadas e aos cuidados no consumo sustentável de lagostas, como os tamanhos mínimos para captura, comercialização e consumo e as épocas de defeso para proteção das espécies. O material traz informações sobre as principais espécies de lagostas capturadas no litoral brasileiro e sua área de ocorrência, apresenta os tamanhos legalmente permitidos e época em que não se pode capturar, além de outras informações para que a população possa conhecer melhor esse recurso pesqueiro.

Em versões em português e inglês, a Campanha é constituída por folderes e totens que ficarão em exposição nos principais aeroportos das capitais dos estados costeiros do Brasil, além de Brasília, em uma parceria com a Infraero. Seu objetivo é informar e orientar consumidores e comerciantes em praias, restaurantes, supermercados, hotéis, aeroportos e demais pontos de comércio, consumo ou de transporte de lagostas.

A Campanha é parte do Plano de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas, a mais importante estratégia nacional já desenvolvida para promover a gestão do uso sustentável das lagostas. Elaborado pelo Comitê de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas, sob a coordenação do Ibama e com a participação da sociedade, o Plano de Gestão reflete a preocupação com esse importante recurso natural brasileiro. A pesca de lagostas, realizada no litoral brasileiro do Amapá ao Espírito Santo, é uma atividade de elevada importância social e econômica para o País, pois dela dependem, diretamente, cerca de 15.000 pescadores, gerando divisas com a exportação entre US$ 70 e 80 milhões nos últimos três anos. Mas a busca desenfreada pelo recurso, somada ao descumprimento de medidas de ordenamento e a falta de controle da atividade, fizeram com que a produção, concentrada principalmente sobre as espécies de lagosta vermelha (Panulirus argus) e lagosta verde (Panulirus laevicauda), mostrasse sinais claros de instabilidade e sobrepesca. A produção, que já chegou a 11.059 toneladas em 1991, está hoje em torno 7.000 toneladas. Tal diminuição de produção se deve ao crescente aumento de esforço de pesca, que pode levar ao seu colapso em pouco tempo.

As medidas de ordenamento em vigor, previstas pelo Plano de Gestão e que visam recuperar e dar sustentabilidade a essa tradicional pescaria são: controle do esforço de pesca de acordo com a capacidade de renovação dos estoques de lagostas; redimensionamento e permissionamento da frota lagosteira, reduzindo substancialmente o contingente de barcos que operam na ilegalidade; permissão de pescarias apenas com o uso de armadilhas dos tipos covos ou manzuás e cangalhas, em substituição à rede caçoeira, de uso indiscriminado e ambientalmente impactante; proibição de pescarias a menos de 4 milhas da costa, área de crescimento de juvenis de lagostas; ampliação, de dezembro a maio, do período de defeso (paralisação da pesca) de reprodução; e determinação dos tamanhos mínimos de captura e comercialização de lagostas vermelha e verde em 13 cm e 11 cm de cauda, respectivamente (Instruções Normativas IBAMA n. 138 de 2006, n. 144 e n. 159 de 2007).

Ações de Fiscalização – Há também um esforço de articulação interministerial, coordenado pelo MMA/Ibama e pela SEAP/PR, para otimizar esforços e resultados, especialmente nas ações de fiscalização promovidas pelo Ibama no combate à captura e comercialização ilegais de lagostas, de monitoramento dos desembarques e da produtividade da pesca. Um total de 150 servidores do Ibama, além de parceiros como a Marinha do Brasil, Batalhões de Policiamento Ambiental e Polícias Civis, compõem equipes de fiscalização, que contam ainda com oito lanchas rápidas, mais velozes que as embarcações utilizadas na pesca, para suas ações.

O Plano Nacional de Fiscalização de Pesca da Lagosta – parte do Programa Lagosta Legal - já gera resultados concretos. Até setembro de 2008, os resultados da Operação Impacto Profundo, que contou com a participação do Ministro Carlos Minc em uma de suas ações, foram os seguintes: 2.592 UPP vistoriadas (unidades de produção pesqueira - embarcações, frigoríficos, peixarias etc.), 249 Autos de Infração lavrados, 6 Toneladas de lagostas e 42 km de redes caçoeiras apreendidas (rede de espera de captura de lagosta cujo uso é proibido), além de 49 compressores (equipamento utilizado para mergulho autônomo, também proibido na captura de lagostas). A Operação acontece simultaneamente na Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Oito embarcações do Ibama estão no litoral do Nordeste flagrando pescadores ilegais.

As multas para pesca ilegal de lagosta, cuja atividade destrói corais e causa morte de tartarugas-marinhas, variam de R$ 100 a R$ 300 mil, além de R$ 20 para cada quilo de lagosta apreendido. Iniciada no dia 7 de outubro, o foco da fiscalização é apreender lagostas juvenis (com calda inferior a 13 cm para espécie vermelha e 11 cm do tipo cabo verde) capturadas por rede caçoeira, que causa sérios estragos ao ambiente marinho, ou por compressor de ar, que prejudica a saúde do pescador.
Ascom Ibama

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Fiscalização do Ibama verifica declarações de estoque no defeso do camarão no ES

Vitória (1º /12/2008) Fiscais do Ibama, começam nesta segunda (1º ) mais uma etapa da Operação Impacto Profundo contra a pesca predatória. Peixarias, cooperativas e restaurantes serão vistoriadas nos próximos dias em todo o Espírito Santo.

A Operação começou no município de Vitória e verificou o estoque de seis peixarias no bairro da Enseada do Suá. Os fiscais também aproveitaram para esclarecer as dúvidas dos comerciantes sobre os períodos de defeso que estão em vigor, inclusive o da Lagosta que começa nesta segunda.

Nas peixarias fiscalizadas não houveram multas, porém, foi constatado pelos fiscais que em muitas delas tinham declarado um estoque muito maior do que existia no momento da verificação.

Uma das peixarias tinha declarado 2,5mil quilos de camarão cinza no dia 20 de novembro, mas os fiscais contabilizaram apenas 535 quilos do mesmo pescado. Em cada verificação a declaração do estoque é atualizada para as ações futuras neste período defeso.

Esta primeira etapa do período de defeso do camarão vai até o dia 15 de janeiro de 2009, a segunda fase começa no dia primeiro de abril e termina no final do mês seguinte.

A Operação Impacto profundo segue para os próximos municípios e a partir da semana que vem começa a verificar as declarações de estoque da Lagosta nos demais município do Espírito Santo.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES

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Ibama alerta: não consuma lagosta fresca no período do Defeso que começou ontem

Brasília (02/12/08) – Se você aprecia saborear um delicioso prato feito com lagosta, deve estar atento ao período de defeso da espécie, que começou ontem e se estende até o último dia de maio de 2009, em todo o litoral brasileiro, principalmente na faixa que vai do Amapá ao Espírito Santo, área de maior ocorrência do crustáceo. O Ibama alerta: produtos e subprodutos derivados das lagostas vermelha (Panulirus argus) e cabo verde (Panulirus Laevicauda) só devem ser consumidos se capturados antes do período do Defeso dessas espécies.

Setores envolvidos na captura, conservação, beneficiamento, industrialização e comercialização das lagostas vermelha e verde têm até o próximo domingo, 7, para apresentar relação detalhada de estoque. Na declaração deve constar o local de armazenamento do produto.

Esses é o mais longo período de Defeso da lagosta já definido. A ampliação do Defeso é uma das estratégias do Governo Federal para garantir a sustentabilidade da pesca da lagosta. A expectativa é a recuperação mais rápida dos estoques que foram explorados além do que a natureza consegue suportar. Cálculos do Ibama mostram que a produção, que já chegou a 11.059 toneladas em 1991, está hoje abaixo de 7.000 toneladas. “Estamos no segundo ano de execução do Plano de Gestão para o Uso Sustentável de Lagostas. Vamos precisar de quatro ou cinco anos. Quanto mais respeito houver ao Defeso, aumentam as chances de reversão de tendência de baixa dos estoques devido à pesca sem critérios em anos anteriores”, observa José Dias Neto, coordenador-geral de autorização de uso e gestão de fauna e recursos pesqueiros do Ibama.

O período do defeso deste ano foi estabelecido pela Instrução Normativa Ibama nº 206, de 14 de novembro e objetiva garantir a proteção da lagosta no período de reprodução e, consequentemente, a sobrevivência da espécie e da atividade pesqueira. As espécies vermelha e verde, mais valorizadas comercialmente, são alvos das regras de uso para não entrarem em risco de extinção. A pesca da lagosta é uma atividade de elevada importância social e econômica para o País, pois dela dependem, diretamente, cerca de 15.000 pescadores. Em 2007, o Brasil exportou cerca de 2 mil toneladas de lagostas (cauda, inteiro e viva), num total de US$ 92.111.992,00. De janeiro a setembro de 2008, as exportações foram de 1,9 mil toneladas, num total de US$ 62.302.166,00.

O defeso da lagosta foi determinado na 10ª Reunião do Comitê de Gestão do Uso Sustentável da Lagostas (CGSL), durante reunião realizada em Brasília, DF, em agosto deste ano. Desde que foi criado, em 2004, o Comitê, que conta com a participação do setor produtivo e da sociedade, desenvolveu ações de reordenamento da pesca da lagosta, entre eles o recadastramento da frota pesqueira, a definição dos equipamentos permitidos, capacitação, ampliação do período do Defeso, estabelecimento do tamanho mínimo de captura, recolhimento de equipamentos ilegais e ações de fiscalização.

Fiscalização – O Ibama vai intensificar a fiscalização da pesca da lagosta durante o período do defeso. Segundo o chefe da Divisão Nacional de Fiscalização de Pesca do Ibama, Marcelo Amorim, a fiscalização será permanente. “Os agentes de fiscalização estão preparados para executar vistorias no mar, portos, empresas e restaurantes”. Desrespeitos ao defeso da lagosta serão punidos de acordo com o Decreto nº 6.514/08 e Lei nº 9.605/98. As multas variam de R$ 700 a R$ 100 mil com acréscimo de R$ 20,00 por quilo. Os infratores vão responder na Justiça por crime ambiental com pena de 1 a 3 anos de prisão.

As ações simultâneas de fiscalização da pesca da lagosta realizadas durante o Defeso no início deste ano e no pós-Defeso, a partir de junho, denominadas de Operação Impacto Profundo envolveram 150 servidores do Ibama e parceiros (Marinha do Brasil, Batalhões de Policiamento Ambiental, Polícia Militar e Polícia Civil). Para otimizar as operações, foram disponibilizados 8 lanchas rápidas, mais velozes que as embarcações utilizadas na pesca.

Segundo dados atualizados até setembro de 2008, foram vistoriadas 2.592 unidades de produção pesqueira (embarcações, frigoríficos, peixarias e outros) e lavrados 249 Autos de Infração, no valor total de R$ 1. 090.080,00. Os agentes de fiscalização apreenderam 24.676 quilos de lagostas e 42 quilômetros de redes caçoeira (rede de espera de captura de lagosta cujo uso é proibido), além de 49 compressores (equipamento utilizado para mergulho autônomo, também proibido na captura de lagostas).

Rofran Ribeiro, chefe da fiscalização da Superintendência do Ibama no Ceará, estado que detém a maior frota pesqueira de lagosta – cerca de 1.900 embarcações -, calcula que ontem, primeiro dia do Defeso, 98% dos barcos paralisaram as atividades. “Os pescadores vêm nos contar que, após a ampliação do período do Defeso, notaram que a produção melhorou”, conta Ribeiro. “Por isso, a importância do respeito do Defeso e de uma fiscalização eficaz”, conclui.
FIQUE ATENTO!

Período do Defeso: 1º de dezembro a 31 de maio
Tamanho mínimo: garante que a lagosta é adulta e se reproduziu pelo menos uma vez – para lagosta vermelha – 13 cm de cauda e para lagosta verde – 11 cm de cauda
Kezia Macedo
Ascom Fiscalização Ibama
Fotos: Fiscalização Ibama

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Período de defeso da lagosta começa um mês mais cedo esse ano

Vitória (1º/12/2008) - O Período de Defeso da Lagosta, das espécies verde e vermelha, começa, este ano, um mês mais cedo do que em relação aos anos anteriores. Esta mudança se deve aos novos estudos na área e a constatação de que a reprodução do animal começa antes do que se previa na antiga instrução normativa.

O Período de Defeso da Lagosta começa hoje e termina em 31 de maio. Até o dia 7 de dezembro os comerciantes e pescadores devem declarar seus estoques ao Ibama. A partir do dia 3 de dezembro todos os barcos que pescam lagosta têm que ter voltado à costa e todo o pescado tem de ter sido descarregado.

Segundo os fiscais do Ibama, a Operação Impacto Profundo começa uma nova fase com o início período de defeso da Lagosta, porém afirmam que independente da troca de datas nada muda dentro dos cronogramas das ações que serão realizadas.

Para o coordenador da Operação, este defeso vai dar continuidade ao trabalho que já vem sendo feito ao longo do ano. “Retomamos a fiscalização da Lagosta como já fizemos no início deste ano com a Operação Lagosta Legal”, lembra o fiscal.

No início do ano mais de 3 toneladas de lagosta foram apreendidas. Todo o pescado foi doado para instituições de caridade cadastradas junto ao Ibama. Além da Lagosta, estão no período de defeso o camarão, o caranguejo uçá e goiamum e a pesca em rios e águas interiores por causa da Piracema.

Os pescados podem ser comercializados regularmente desde que o estoque da Peixaria esteja declarado. Pesca predatória é crime ambiental e a multa para o infrator é de acordo com a quantidade do pescado apreendido.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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