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SELO “MADEIRA LEGAL” VAI IDENTIFICAR AS EMPRESAS IDÔNEAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2008

01/12/2008 - As empresas madeireiras paulistas podem, agora, dispor de um selo emitido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado atestando que se encontram em situação regular perante os órgãos fiscais e sem pendências junto aos órgãos de fiscalização e, principalmente, que só comercializam produtos certificados. Para isso, o empresário deverá se inscrever no Cadastro de Comerciantes de Madeira no Estado de São Paulo – CADMADEIRA para, após submeter-se a uma fiscalização, receber o selo “Madeira Legal”.

Segundo o Decreto Estadual nº 53.047, de 2 de junho de 2008, o selo, lançado hoje 1º/12, pela Secretaria do Meio Ambiente, tem a finalidade de “distinguir, perante os consumidores, as pessoas jurídicas que comercializam produtos e subprodutos florestais de forma responsável”.

O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, disse que “queremos dar às pessoas a opção de poder comprar madeira legal”. O consumidor, verificando que a madeireira possui o selo, terá a garantia de que a empresa encontra-se em situação legal, inclusive em relação ao Cadastro Técnico Federal e ao sistema Documento de Origem Florestal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

Graziano lembrou que, a partir de 1º de junho de 2009, todas as compras da administração direta e indireta do Estado deverão, no processo licitatório, constar a obrigatoriedade do interessado estar cadastrado no CADMADEIRA. Segundo estudos, as compras governamentais, incluindo o Estado e as prefeituras, perfazem cerca de 25% do total de madeira comercializado.

A adesão ao CADMADEIRA é voluntária. A primeira empresa a se cadastrar foi a Madeireira Limoeiro, localizada no bairro de São Miguel Paulista, na Zona Leste da Capital. Segundo o proprietário Osmar Rodrigues Jr., trata-se de uma empresa familiar com dez anos de atividade, comercializando cerca de 100 m3 por mês. “Sempre trabalhamos dentro da lei e, por isso, quando vimos o CADMADEIRA, providenciamos o nosso cadastramento”, disse. O empresário afirmou que “dá para trabalhar de forma séria, com madeira legal”.

Para Helena Carrascosa, que dirige a Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais – CBR, da Secretaria do Meio Ambiente, “o cadastro permite identificar as madeireiras que cumprem a legislação, fazendo com que, tanto o empresário como o consumidor, se comportem de forma responsável”.

O diretor-executivo do Instituto Florestal, Claudio Monteiro, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, ressaltou que, dentro do Projeto São Paulo Amigo da Amazônia, foram feitas, no período de setembro de 2007 a novembro de 2008, apreensões de seis mil toneladas de madeira ilegal provenientes da região Norte do país, em operações nas estradas e nas empresas madeireiras.

Disse que, para o desenvolvimento das ações de fiscalização, já foram investidos R$ 900 mil para a contratação de funcionários e de equipamentos, inclusive para a identificação “on line” de madeira utilizando computadores portáteis e câmeras fotográficas evitando o deslocamento de especialistas, que poderão permanecer nos seus locais de trabalho, participando a distância das “blitze”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, estima-se que cerca de 90% da madeira produzida na Amazônia seja ilegal, destinada principalmente ao mercado de São Paulo, onde entram em média 150 caminhões com produtos de origem florestal por dia. A Amazônia é o segundo maior produtor mundial de madeira tropical, situando-se apenas atrás da Indonésia. O Brasil consome atualmente 24,5 milhões de m3 de madeira em tora, tendo o Pará como principal produtor com 45% do total, seguindo-se o Mato Grosso com 33% e Rondônia com 15%.

De toda a madeira extraída na Amazônia, 36% são destinados à exportação e 64% abastecem o mercado interno. O Estado de São Paulo é o grande consumidor com cerca de 15% da produção, à frente inclusive de países como China (12%) e França (11%).

Câmara de Assuntos Florestais

O evento serviu também para a apresentação da Câmara Técnica de Assuntos Florestais, criada por meio da Resolução 81/08, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que tem a finalidade de promover debates sobre políticas de produção e comercialização de madeira no Estado, envolvendo cinco representantes de órgãos do Estado como o Instituto Florestal, Fundação Florestal, Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais e Polícia Militar Ambiental, e três dos setores privado e acadêmico, além das organizações não-governamentais, com reconhecida atuação na área de florestas.
Texto: Newton Miura Fotografia: Pedro Calado

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Integrantes da “Rede Amigos da Amazônia” conhecem o selo “Madeira Legal”

03/12/2008 - O secretário Estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, apresentou, em 02/12, no salão Nobre da Fundação Getúlio Vargas - FGV, o selo “Madeira Legal”, iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SMA que integra o Projeto “São Paulo Amigo da Amazônia”.

A apresentação ocorreu em evento da Rede Amigos da Amazônia, que atualmente e coordenada pela Fundação Getulio Vargas. Na ocasião cinco prefeituras, das cidades de São Paulo, de Bauru, de Porto Alegre, de Ilhabela e Cachoeirinha do Rio Grande do Sul, reafirmaram o seu compromisso com o projeto que incentiva o consumo de madeira legal. A Rede, atualmente, conta com a adesão de 37 municípios brasileiros e três estados. O Estado de São Paulo é considerado pioneiro, pois apresenta avanços significativos na fiscalização e controle da entrada de madeira ilegal em seu território.

O selo “Madeira Legal”, um dos produtos do projeto São Paulo Amigo da Amazônia, irá identificar as empresas que comercializam madeira de forma correta exigindo um certificado de procedência do produto. Graziano relatou que foram investidos aproximadamente um R$ 1milhão na contratação de especialistas em madeira e na compra de equipamentos que possibilitam identificar a impressão digital da madeira, que é única para cada espécie de árvore. “A polícia ambiental do Estado, de setembro de 2007 até agora, apreendeu um total de 6.000 toneladas de madeira ilegal. Esperávamos uma apreensão maior, esse fato reforça a importância do aprimoramento tecnológico no trabalho de fiscalização”. Outro fato ressaltado pelo secretario foi que na avaliação do Município Verde, 108 cidades se comprometerão a adquirir madeira de origem legal nas suas compras.

O evento contou com as presenças de Mauro Oliveira Pires, diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento, Articulação e Ações para Amazônia; José Fogaça, prefeito reeleito de Porto Alegre; Eduardo Jorge Martins, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo; Rodrigo Agostinho, prefeito eleito de Bauru, Antônio Colucci, prefeito eleito de Ilhabela, José Luiz Stedile, atual prefeito de Cachoeirinha – Rio Grande do Sul, Maria Tereza Fleury, diretora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas; Peter Spink, coordenador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas; Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace do Brasil, entre outros.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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