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LULA VAI CONVERSAR COM PREFEITOS DE MUNICÍPIOS CAMPEÕES DE DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

01/12/2008 - Daniela Mendes - O presidente Lula se reunirá com os prefeitos dos 36 municípios da Amazônia Legal que mais desmatam para comprometê-los diretamente com a preservação da floresta. A reunião, segundo informou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, será em março de 2009. "O governo vai fornecer meios para o monitoramento, zoneamento, manejo florestal e vai cobrar das prefeituras medidas de combate ao desmatamento envolvendo a população tanto na denúncia quanto na construção de alternativas sustentáveis", adiantou.

Ele disse que está em negociação com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, um acordo para que a variável climática seja incluída na organização dos mecanismos econômicos e financeiros do estado. "O tema deve estar dentro da programação da economia e não como um fator externo, exógeno e posterior", defendeu o ministro.

Para Minc, não tem sentido o presidente Lula assinar o Plano sobre Mudança do Clima e depois, no dia-a-dia da economia, esse plano não implicar em mudanças em cada uma das áreas. "Cada política do governo, setor por setor, agricultura, indústria, energia, transportes têm que ir incorporando essas diretrizes do plano", disse.

O ministro afirmou que alguns segmentos, como a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e o setor siderúrgico de Minas Gerais têm interesse em se comprometer com metas de redução de emissões. "Esses exemplos nos fazem otimistas de que outros setores industriais possam aderir a metas de redução das emissões, de eficiência energética", disse.

Segundo ele, outro setor essencial nesse pacto é o agronegócio. "Já estamos acordados com vários setores. A meta é recuperar áreas degradadas, aumentar a produção e a produtividade em áreas afetadas para podermos alcançar a meta do desmatamento ilegal zero", afirmou.

A melhor forma de garantir que a produção não vai invadir áreas produtivas dos biomas é recuperar pastagens e terras degradadas, aumentando a produção e a produtividade nas áreas que já foram desmatadas e poupando áreas ainda preservadas, evitando que florestas nativas sejam agredidas pelo avanço da fronteira agrícola, disse Minc.

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Minc anuncia a construção de uma estrada-parque no Rio de Janeiro

07/12/2008 - Em visita às obras de saneamento para implantação de estação de tratamento de esgoto para a despoluição do rio Preto, neste domingo (7), em Visconde de Mauá, distrito do município de Resende (RJ), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou o início da construção de uma estrada-parque (de Penedo ao centro de Mauá), no ano que vem, e tirou dos prefeitos eleitos de três cidades do entorno o compromisso de que façam respeitar o plano diretor, para evitar o crescimento desordenado da região das Agulhas Negras, na Serra da Mantiqueira.

Para o auditório lotado, do Colégio Estadual Antônio Quirino, Minc pediu empenho das autoridades públicas e de moradores da região para a implantação da coleta seletiva de lixo. Os recursos das obras ambientais e de construção da estrada-parque são, respectivamente, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) e do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), do Ministério do Turismo.

Participaram do evento em Mauá lideranças comunitárias, o vice-governador do Rio de Janeiro e secretário estadual de Obras, Luiz Fernanda Pezão, e a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos.

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Conselho discute como cobrar dos grandes consumidores pelo uso da água

08/12/2008 - O Conselho Nacional de Recursos Hídricos se reúne, entre os dias 8 e 9, para debater que critérios podem ser adotados para cobrar dos grandes consumidores do setor produtivo pelo uso da água. A idéia é fazer um diagnóstico do estágio atual e das perspectivas futuras da maneira de cobrar pelos recursos hídricos, além da forma com que governos federal, municipal e estadual administram o dinheiro pago pela utilização da água. O seminário da Câmara Técnica de Cobrança acontece na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

A cobrança pelo uso da água já vigora desde 1934. O que se quer agora é reavaliar seus mecanismos, já que a legislação atual não considera os aspectos ecológicos. Hoje água não é mais vista como um recurso inesgotável. A palavra de ordem na gestão dos recursos hídricos passou a ser, segundo os técnicos do MMA, a sustentabilidade. Eles pretendem abordar o assunto sob a ótica da justiça social, que prevê uma melhor distribuição dos recursos e atendimento de forma diferenciada às populações mais carentes do recurso, sem prejuízo para o equilíbrio do meio ambiente.

O Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul - Ceivap deu início às discussões sobre a cobrança pelo uso da água diretamente com os usuários. Os entendimentos com os grandes usuários, principalmente do segmento industrial, agrícola e de abastecimento de água potável para as cidades vêm avançando, na avaliação de técnicos da Agência Nacional de Águas.

A implantação da cobrança pelo uso da água, prevista pela Lei nº 9.433/97 e defendido pelo setor industrial, prevê a eliminação da peregrinação de recursos intragovernos, onerosa e improdutiva em relação aos fins a que se destinam, a execução descentralizada, em resposta a heterogeneidade econômica e social das regiões brasileiras e o rompimento com a excessiva padronização de soluções, considerado um subproduto da centralização, incompatível com a diversidade dos problemas locais.

Do ponto de vista dos técnicos, a tarefa de definir critérios para a cobrança pelo uso da água é um dos grandes desafios do desenvolvimento contemporâneo. As mudanças que vêm ocorrendo no relacionamento entre as empresas usuárias de recursos hídricos e as comunidades envolvidas no processo apontam para a complexidade da questão. A expectativa é que as empresas passem a investir nos avanços tecnológicos e na produção limpa e sustentável.

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CMN publica preço mínimo para produção extrativa da piaçava

09/12/2008 - Paulenir Constancio - Decisão do Conselho Monetário Nacional, publicada essa semana, estipulou o preço mínimo da piaçava, incluída na política nacional de preços mínimos do Ministério da Fazenda. É o sétimo produto extrativista que passa a ter preço assegurado pelo governo, beneficiando comunidades da Amazônia e da Bahia, que vivem da coleta e processamento da fibra. O CMN resolveu, ainda, que a carnaúba e a borracha natural (seringa) serão incluídas no programa de Aquisições do Governo Federal. A AGF vai assegurar que o governo, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, poderá adquirir a produção.

O mecanismo, que assegura também a estocagem do produto, era destinado apenas a produtos agrícolas não perecíveis. A inclusão do extrativismo na EGF e na AGF representa um reconhecimento do potencial econômico dos produtos da Amazônia. Ela é parte do conjunto de medidas que atinge, direta e indiretamente, 5,2 milhões de pessoas, número estimado da população que vive do extrativismo no País.
Os produtos extrativistas que terão até o final do ano garantia de preços mínimos estão na Medida Provisória 432, assinada pelo presidente Lula dia 27 de maio. A castanha do Brasil, babaçu, andiroba, copaíba, buriti, seringa, piaçava, carnaúba, pequi e açaí vêm tendo seus preços submetidos ao CMN, com estudos da Conab para identificar os custos de produção de cada um deles. A fixação do preço mínimo é a primeira ação deflagrada pelo MMA este ano para ampliar a capacidade produtiva e de auto-sustentação dos povos e comunidades tradicionais, principais beneficiados pelo mercado extrativista.

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MMA cria sistema para saber quanto custa uma unidade de conservação

11/12/2008 - Qual o mínimo necessário para manter um sistema de unidades de conservação? Para auxiliar na busca de respostas para esta pergunta, o Departamento de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente elaborou o Sistema de Projeção de Investimentos Mínimos para Conservação - IMC. O sistema foi apresentado hoje (11) aos participantes do 8° Congresso Internacional de Conservação em Terras Privadas, que acontece no Rio de Janeiro. O novo sistema pode ser usado para estimar investimentos mínimos necessários para unidades de conservação, individualmente ou para um conjunto de UC, sejam elas públicas ou privadas.

O IMC é um dos produtos gerados pelo Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Financeira, criado pelo MMA e coordenado pela organização não-governamental The Nature Conservancy - TNC e pelo Ibama/ICMBio e composto pelo Departamento de Áreas Protegidas - DAP/MMA, pela Conservação Internacional do Brasil e pelo Funbio. O GT procurou responder a perguntas como qual o tamanho do sistema de unidades de conservação, quanto ele gasta, quanto custa e como resolver as lacunas existentes utilizando o Sistema de Projeção de Investimentos Mínimos para a Conservação - IMC como ferramenta para a projeção dos custos do SNUC.

O IMC, parte do estudo Pilares para o Plano de Sustentabilidade Financeira do SNUC publicado pelo DAP/MMA em dezembro de 2007, é um conjunto de planilhas de cálculo criado para estimar investimentos e despesas de custeios mínimos para a gestão de sistemas de unidades de conservação. O IMC é adaptável a realidades locais e foi baseado no módulo financeiro do MICOSYS (Minimum Conservation System), desenvolvido pelo consultor Daan Vreugdenhil. Com funcionamento claro e de fácil compreensão, o IMC permite visualizar todas as fórmulas utilizadas pelo sistema para o cálculo de custos. Para sua operação são necessários apenas conhecimento básicos em planilhas de cálculo e um computador com um programa de planilhas de cálculo, que pode ser adquirido gratuitamente.

O novo sistema servirá, ainda, para estimar as despesas recorrentes para UC, individualmente ou para um conjunto de UC, com base nos investimentos mínimos, estipular os investimentos em infra-estrutura e equipamento nas sedes dos órgãos gestores e escritórios regionais e realizar projeções de cenários futuros.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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