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MINISTÉRIO PÚBLICO PAULISTA QUER ANULAR ACORDO COM MONTADORAS SOBRE ENXOFRE NO COMBUSTÍVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

9 de Dezembro de 2008 - Vinicius Konchinski - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) está recorrendo da sentença da Justiça Federal que homologou o acordo firmado entre o Ministério Público Federal (MPF), montadoras de automóveis e outros órgãos governamentais para o adiamento da redução do teor de enxofre no diesel vendido no país.

Em um debate sobre o tema realizado hoje (9) na Universidade de São Paulo (USP), o promotor de Justiça e Meio Ambiente do MP-SP, José Ismael Lutti, afirmou que os termos ratificados pela Justiça Federal, em novembro, não são benéficos à população, pois permitem que um combustível mais poluente continue a ser comercializado no país.

Ainda segundo o promotor, o acordo homologado é irregular, pois, na prática, suspende uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que tem valor de lei federal.

“Apelei à Justiça Federal e pedi a anulação da sentença, uma revisão do acordo. Se não tiver sucesso, ainda posso abrir um novo processo na Justiça Estadual”, disse em entrevista à imprensa..

Antes, em sua participação no debate, Lutti disse que a adaptação de automóveis ao diesel com um nível de enxofre mais baixo é uma das exigências da sexta fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado em 1986.

Nesta fase, que entraria em vigor em janeiro de 2009, o diesel vendido em regiões metropolitanas deixaria de ter 500 pmm - partes por milhão de enxofre - e passaria a ter 50 ppm. Já no interior, a concentração de enxofre baixaria de 2.000 ppm para 500 ppm.

“A legislação estava disponível e as mudanças não foram implementadas por falta de vontade dos agentes envolvidos”, afirmou o promotor, rebatendo argumentos de representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Petrobras, que foram favoráveis ao adiamento e também participaram do debate na USP.

Henry Joseph Junior, presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Anfavea, disse que as montadoras não teriam condições de pôr a venda veículos adaptados ao novo combustível no início de 2009, devido a atrasos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na divulgação das especificações do diesel com menos enxofre.

Frederico Kremer, da diretoria de Abastecimento da Petrobras, também citou os atrasos da ANP como principal problema para as adaptações. Ele afirmou, porém, que a empresa, que também é signatária do acordo homologado pela Justiça, pode fornecer o diesel menos poluente.

A ANP, em nota, disse que tomou todas providências cabíveis para a especificação do diesel em outubro de 2007.

O promotor José Ismael Lutti, disse que aguarda o julgamento de seu recurso pelo Tribunal Regional Federal. De acordo com ele, caso a sentença seja mesmo anulada, empresas que descumprirem a resolução estarão sujeitas à multa que deverá ser estabelecida em juízo.

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Leilão de usinas eólicas vai observar preço, localização e tecnologia oferecida

8 de Dezembro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está concluindo estudo sobre o leilão de energia eólica [vento] para 2009, que será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia. O consenso até agora é que os leilões reúnam as usinas com melhor localização e tecnologia, de modo a garantir tarifas mais baratas para os consumidores.

“A idéia é que só as [usinas] mais eficientes possam participar do leilão”, afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, durante o fórum Perspectivas do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ).

Sobre a data de realização do leilão, Tolmasquim disse que ainda não está definida. Mas revelou que o leilão poderá ser no mesmo modelo dos leilões realizados para a venda de energia gerada a partir da biomassa, o bagaço de cana por exemplo. “A partir daí, vai se trabalhar no edital”, disse.

O presidente da EPE também falou sobre a produção de energia geradas a partir de reatores nucleares. Ele informou que a prioridade é construir a terceira usina do Complexo de Angra dos Reis (RJ), e que outras quatro ou seis novas usinas nucleares deverão ser instaladas no país até 2030.

Segundo Tolmasquim os locais de construção dessas novas usinas ainda são objeto de estudo. “Por enquanto, toda a atenção está na viabilização de Angra 3, que é um 'baita' desafio. Tem que ver toda a questão da licença de instalação, toda a questão de financiamento e contratação. Então, hoje, o foco é a conclusão de Angra 3, além da questão do próprio combustível, no que diz respeito ao enriquecimento de urânio”, disse.

A meta é que, em 2010, o país domine todo ciclo de produção de combustível nuclear para as usinas brasileiras acabando com a importação, informou Tolmasquim.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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