Entre
os meses de janeiro e novembro deste ano foram recolhidas
no Paraná mais de 4 mil toneladas de embalagens
vazias de agrotóxico – o que o mantém,
mais uma vez, entre os primeiros colocados no ranking
nacional de recolhimento. O expressivo resultado
é fruto de um trabalho integrado entre a
Superintendência de Desenvolvimento de Recursos
Hídricos e Saneamento Ambiental, Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev).
“O Paraná tem um importante
histórico de comprometimento com a produção
agrícola responsável e, com investimentos
constantes em ações de educação
e conscientização ambiental dos agricultores,
o Estado tem mantido em posição de
destaque no Brasil”, afirmou o presidente do Inpev,
João Rando.
Para ele, outro fator que contribui
para resultados tão positivos é o
reconhecido trabalho das unidades de recebimento
paranaenses na realização de recebimentos
itinerantes que facilitam a devolução
por parte dos pequenos produtores rurais.
Segundo o presidente da Suderhsa,
João Lech Samek, neste ano já foi
registrado um aumento de 14,4% no número
de embalagens recolhidas em relação
ao mesmo período do ano passado - quando
foram destinadas 3,5 mil toneladas de embalagens
de defensivos agrícolas. “Apenas no último
mês de novembro recolhemos e encaminhamos
para incineração 330 toneladas de
embalagens”, informou.
Atualmente os melhores índices
de destinação final de defensivos
agrícolas são do interior do estado,
com destaque para os municípios de Palotina
(que destina 46%) e Ponta Grossa (que destina 30%).
PROGRAMA - O programa de recolhimento
é coordenado pela Suderhsa, que faz o controle
da devolução das embalagens, fiscalização
dos agricultores e centrais de recebimento, licenciamento
ambiental das centrais e treinamento dos técnicos
que recebem as embalagens. Já ao InPEV cabe
o transporte e destinação correta
das embalagens vazias, que são coletadas
nos pontos e centrais de recebimento para depois
serem encaminhadas à reciclagem ou incineração.
Uma das ações realizadas
junto aos agricultores do interior do Estado é
um treinamento em que técnicos da Suderhsa
e professores de Agronomia da Universidade Federal
do Paraná (UFPR) dão palestras sobre
danos ambientais causados pelas embalagens e sobre
a forma correta de destinação do material.
“Realizamos bimestralmente este
treinamento e, dessa forma, conseguimos multiplicar
a conscientização dos agricultores.
Hoje todos conhecem os processos da tríplice
lavagem e da perfuração das embalagens,
atitudes que evitam a reutilização
do material”, destacou Jorge Augusto Callado, diretor
de Saneamento Ambiental da Suderhsa.
A estimativa é de que sejam
comercializadas cerca de 14 milhões de embalagens
a cada ano no Paraná. Destas, 96% vem sendo
devolvidas pelos agricultores. No Brasil o índice
de devolução é de 80% das embalagens.
“Esses resultados representam o trabalho integrado
de toda a cadeia, que envolve os produtores, revendedores
e fabricantes”, destacou o técnico da Suderhsa
e coordenador do Programa de Recolhimento de Embalagens
no Paraná, Rui Muller.
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IAP recebe homenagem da Câmara
de Vereadores de Foz do Iguaçu
O escritório regional do
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Foz
do Iguaçu – região Oeste do Estado
– recebeu nesta quarta-feira (10) uma moção
de aplausos da Câmara de Vereadores. Segundo
a Câmara, a homenagem é um reconhecimento
de toda a população que integram os
nove municípios de atuação
da regional pelo zelo e cuidado com os assuntos
relacionados à proteção do
meio ambiente.
Para o chefe do escritório,
Irineu Rodrigues Ribeiro, um dos fatores considerados
pela Câmara foi a forma com que o IAP de Foz
do Iguaçu conduz as questões ambientais,
com rigor e eficiência. “Somos gratos a este
reconhecimento e esta é mais uma forma de
saber que o nosso trabalho tem dado resultados.
Foi um reconhecimento inesquecível”, afirmou.
O escritório regional havia
se comprometido com a população empresarial
local em agilizar o licenciamento ambiental de empresas
da região de Foz do Iguaçu. De acordo
com Irineu, a meta foi superada. “Foram concedidas
em torno de 120 licenças ambientais, 70 a
mais do que o esperado, fato que certamente contribui
para o evento de hoje”, comentou.
Irineu ainda enfatizou que os
programas educação ambiental, desenvolvido
com os moradores, somados às fiscalizações
realizadas nos municípios foram os requisitos
mais citados na solenidade e que mais pesaram para
que o escritório recebesse a moção
de aplausos.
AÇÕES – As últimas
ações promovidas pela regional de
Foz do Iguaçu foram as licenças ambientais
cedidas a empresários e as autuações
às empresas de pneus que faziam o descarte
dos produtos de forma irregular. Além disso,
Irineu destacou que durante as eleições
a cidade de Foz de Iguaçu manteve-se limpa,
graças ao trabalho de fiscalização
prestado pelo IAP, que autuou os candidatos que
poluíram o município com santinhos.
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Conselho Estadual do Meio Ambiente
apresenta seus novos membros
O Conselho Estadual de Meio Ambiente
apresentou seus novos membros para o exercício
de 2009/2010 na terça-feira (09). Passam
a integrar o Conselho a partir do ano que vem nove
instituições: cinco Organizações
Não-Governamentais (Ongs) e quatro instituições
de ensino superior.
Das Ongs indicadas para o novo
biênio apenas uma permaneceu entre os membros
titulares, o Instituto Guardiões da Natureza
(ING). Os outros três integrantes do quadro
de titulares foram renovados - são eles o
Grupo Ambientalista do Rio Iguaçu (Gari),
a Ong Preservação e o Instituto Mater
Natura.
De acordo com Paulo Aparecido
Pizzi, presidente do Instituto Mater Natura, participar
do Conselho é uma forma de contribuir para
as decisões ambientais no Estado. “É
fundamental estar no Conselho para integrar e democratizar
o debate em torno do meio ambiente. O Conselho dá
a oportunidade de participarmos das decisões
e, principalmente, de decidir as políticas
públicas com o governo do Estado”, salientou.
Para o presidente da Ong Preservação,
Alexandre Martinez, a inclusão da entidade
no Conselho é um mérito adquirido
com muito trabalho. “A escolha da nossa Ong representa
o reconhecimento das nossas lutas pelas causas ambientais
no Estado. Para nós é uma satisfação
compor o Conselho e acompanhar suas atividades de
perto”, disse.
A responsabilidade de escolher
as novas representantes da sociedade civil organizada
foram as próprias entidades. Treze Ongs disputavam
o pleito. Além das titulares, mais quatros
entidades completam o quadro como suplentes. São
elas a Ong Idéia Ambiental e o Instituto
Agroecológico (IA), que são novas
no Conselho; além da SOS Bicho e do Centro
de Estudos, Defesa e Educação Ambiental
(Cedea), que já compunham o Conselho.
UNIVERSIDADES – Quatro novas instituições
de ensino superior foram escolhidas para compor
o Conselho. Neste ano, o critério utilizado
para a nomeação foi o envolvimento
das instituições ao Pacto 21 Universitário,
que conta hoje com 16 instituições.
Entre as instituições de ensino privadas
que foram escolhidas pelo Pacto 21 estão
a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), na
qualidade de titular e a Faculdade Evangélica
do Paraná (Fepar), na suplência.
Para a representante da Faculdade
Evangélica, Betânia Cristina Herrmann,
a definição do Pacto 21 Universitário
como quesito de avaliação foi bem-vinda.
“O Conselho acertou ao avaliar as instituições
de acordo com sua participação no
Pacto 21. Nossa participação sempre
foi ativa e demonstra nosso interesse pelas questões
ambientais”, explicou.
Para ela, a participação
da Fepar no Conselho traz muitos benefícios.
“Temos um curso de gestão ambiental na instituição
e, certamente, nosso envolvimento com o Conselho
simbolizará ainda mais o nosso comprometimento
com as decisões ambientais no estado”, completou
Betânia, que também é coordenadora
do curso de Gestão Ambiental na faculdade.
Outras duas instituições
de ensino superior públicas foram apresentadas
na reunião como novas integrantes: a Faculdade
Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de
Paranaguá (Fafipar), como titular, e a Universidade
Estadual de Ponta Grossa (UEPG), como suplente.
CONSELHO – Ao todo participam
do Conselho Estadual do Meio Ambiente 40 membros,
que além das Ongs e Instituições
de Ensino Superior comportam os membros patronais
como a Federação das Indústrias
do Estado do Paraná (Fiep) e a Federação
da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Há também os membros
da categoria trabalhista como a Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná
(Fetaep) e a Federação dos Trabalhadores
na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf).
A coordenação do Conselho é
uma atribuição da Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos.