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CLIMA DE TENSÃO EM RAPOSA SERRA DO SOL É DISCURSO DE ONG, AFIRMA JOBIM

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

12 de Dezembro de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (12) que as comunidades indígenas apóiam a presença do Exército na reserva Raposa Serra do Sol (RO) e atribui às organizações não-governamentais (ONGs) o discurso de que a presença militar na região acirraria ainda mais os ânimos e aumentaria o clima de tensão na região.

“Vamos separar o que é discurso indígena, que é de brasileiros indígenas – porque não existem índios brasileiros existem brasileiros indígenas – e o que é discurso das ONGs. Porque os brasileiros indígenas têm absoluta tranqüilidade com os brasileiros militares por uma razão muito simples: na Amazônia 80% do efetivo do Exército na região são indígenas”, disse.

Na avaliação do ministro da Defesa, o discurso de que a presença das Forças Armadas dentro da reserva poderia agravar o clima de tensão é “um discurso exclusivamente das ONGs e não dos índios.

“Isto eu conheço muito bem, porque em 1975, eu entrei em todas as reservas do país – inclusive trabalhei na demarcação da reserva Raposa Serra do Sol. Então é preciso saber separar o que é discurso indígena do que é discurso das ONGs”, afirmou.

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Em conferência sobre direitos humanos, Cimi vai pedir proteção de índios da Raposa

14 de Dezembro de 2008 - Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pretende aproveitar a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos para pedir que o governo federal garanta proteção aos povos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR).

Na semana passada, oito dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram a favor da demarcação contínua da reserva indígena. Mas a decisão final ficou para 2009, por causa de pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello.

Para o representante do Cimi no Congresso, o advogado Cláudio Luiz Beirão, diante da sinalização do Supremo de que será mantida a demarcação em faixa contínua, alguns arrozeiros que vivem na reserva têm dado a entender que podem resistir e tentar permanecer nas terras.

“O Cimi não só vai pedir, como já vem pedindo ao governo federal que garanta o direito dos povos indígenas”, afirmou o advogado.

Segundo ele, “existem outras terras indígenas em que há a necessidade de concluir a demarcação”, assunto que também deve ser tratado na conferência.

“A participação do Cimi será para contribuir com a questão indígena no Plano Nacional de Direitos Humanos que será reformulado na conferência”, completou Beirão.

O Conselho Indigenista Missionário é um dos 14 componentes da sociedade civil que vão integrar um grupo de trabalho constituído para reformular o plano durante a conferência.

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Funasa não será mais responsável pela saúde indígena, diz Danilo Forte

16 de Dezembro de 2008 - Lisiane Wandscheer - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Danilo Forte, disse hoje (16) que a decisão política de criação de uma Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena está tomada e só falta a sua implementação. A declaração foi feita durante a apresentação de um balanço das ações da Funasa em 2008.

“Minha preocupação é com o vácuo entre a decisão política e a concretização dessa secretaria. O vazio pode ter aspectos danosos para a saúde da comunidade indígena. Pode quebrar a continuidade das ações desenvolvidas”, destacou Forte.

A Funasa foi criada em 1991, a partir da fusão da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) e do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp). O orçamento para 2009 ficará em R$ 5,1 bilhões e deverá ser ajustado em função das mudanças que poderão ocorrer no órgão.

A saúde indígena responde por 8% do orçamento da Funasa (R$ 340 milhões) e possui 4 mil servidores diretos e mais 10 mil conveniados. De acordo com o presidente da fundação, ainda não há definição sobre o realocamento desses servidores na futura secretaria que será criada.

“Existem áreas críticas que precisam ser qualificadas, especialmente a região de fronteiras, as área do Javari, Xingu, Xavante e Ianomanis, mas a experiência positiva precisa ser aproveitada”, afirma Fortes.

No final de novembro, cerca de 200 lideranças indígenas, de vários regiões do país, assinaram um documento em Brasília, exigindo que a saúde indígena deixe se ser responsabilidade da Funasa. O documento foi entregue ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e ao presidente Luíz Inácio Lula da Silva.

O presidente da Funasa disse que a divulgação das ações realizadas pela Funasa é muito importante para reverter as críticas sofridas pelo órgão. “É preciso fortalecer a imagem da Funasa e esclarecer o importante papel desempenhado [pelo órgão]”, explicou Fortes.

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Encontro no Amazonas discute educação escolar indígena

16 de Dezembro de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Cerca de 25 povos indígenas, que vivem nas terras do Alto Rio Negro, no Amazonas, abriram hoje (16), em São Gabriel da Cachoeira (AM), a série de 18 conferências regionais preparatórias à 1ª Conferência Nacional, que ocorrerá de 21 a 25 de setembro de 2009 e terá como tema a Política de Educação Escolar Indígena do Estado Brasileiro.

Segundo o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, essa conferência regional tem por objetivo ouvir as comunidades indígenas e organizar as ações da União, dos estados e municípios para garantir o direito à educação aos índios, conforme prevê a Constituição Brasileira.

“No momento em que festejamos 20 anos da Constituição, a melhor maneira de homenageá-la é cumprir o que ela propõe. E no quesito relativo à educação indígena, ela é muito perspicaz, pois o constituinte garantiu que o saber das comunidades indígenas será transmitido por meio da educação escolar, o que dá para escola indígena uma tarefa dupla e complexa. Por um lado, ser um elemento de transmissão de suas tradições e de seus saberes e, por outro, ser uma fonte de diálogo intercultural com a sociedade envolvente”, explica Lázaro.

De acordo com o secretário, o MEC, os conselhos das Secretarias Estaduais de Educação e as lideranças indígenas propõem que a educação seja organizada em territórios etnoeducacionais. “É preciso estabelecer limites territoriais. A conferência pretende organizar a educação indígena no Brasil [nesses territórios], mobilizando para a garantia de educação, recursos e esforços de capacidade gerencial nos estados”, ressalta Lázaro.

O secretário informou que o MEC elaborou um mapa dos territórios etnoeducacionais para organizar e identificar as instituições que têm tarefas a cumprir nessas regiões. “As universidades federais e o Ministério Público serão convidados a nos ajudar para que a prescrição legal seja cumprida.”
A conferência regional do Alto Rio Negro segue até quinta-feira (18).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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