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COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEPENDE DE CONSENSO NO G20

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2008

12/12/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta sexta-feira (12) que é necessário que os países desenvolvidos cheguem a um acordo com os países em desenvolvimento para definir os mecanismos de financiamento internacional de combate ao efeito estufa. Ele falou em sessão promovida pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, durante a 14ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Poznan (Polônia). "Queremos que o G-20, em sua próxima reunião, avance nesses mecanismos de financiamento", salientou.

Minc lembrou que o Brasil marcou importante posição na Conferência da Polônia ao mostrar ao mundo que agora tem um plano sobre mudanças climáticas com metas concretas, como a redução do desmatamento na Amazônia em 70% em 2018 e a criação do Fundo Amazônia para reunir recursos destinados à preservação das florestas. "Esse é o fato: o governo brasileiro mudou de posição, incorporando metas no seu Plano Nacional Sobre Mudança do Clima. Agora o passo seguinte é como transformar essa decisão interna numa alteração de postura externa, fazendo com que os países desenvolvidos avancem com propostas mais radicais de redução de suas emissões".

Um dos grandes ganhos do dia para o Brasil na Conferência de Poznan foi o discurso do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. Ele elogiou o fato de o Brasil ter se comprometido com metas de redução do desmatamento. Ao lado do secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, o ministro do Meio Ambiente elogiou o trabalho da entidade (que reúne governos federal e estaduais, ONGs e universidades) que "com suas críticas construtivas" ajudou o governo brasileiro a avançar, adotando metas em seu Plano Nacional de Mudança do Clima.

Agora, enfatizou Minc, é preciso avançar com o aperfeiçoamento do Plano, adotando-se, por exemplo, metas de redução de desmatamento em outros biomas, como o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica, o que deverá ocorrer no início de 2010.

O ministro esclareceu que ainda não foram adotadas metas de redução de desmatamento de outros biomas, com exceção da Amazônia, por não existir um monitoramento continuado da situação dessas vegetações. Ou seja, sem séries históricas de desmatamento foi impossível até agora adotar metas de redução. O monitoramento desses biomas, que começou pelo Cerrado, tornará possível em breve estabelecer metas específicas.

O ministro disse também que o governo está empenhado em fazer um novo inventário das emissões dos gases de efeito estufa para obter uma nova base de comparação, já que o atual estudo é de 1994. Com seu aperfeiçoamento progressivo, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima incorporará outros setores de atividades econômicas e uma avaliação do seu desempenho na redução das emissões que provocam o aumento do aquecimento global.

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Especialistas defendem criação de estratégia contra desmatamento na fase inicial

18/12/2008 - Carlos Américo - Especialistas em desmatamento de órgãos públicos, instituições de pesquisa e sociedade civil destacaram a necessidade de se criar estratégias para conter o desmatamento na Amazônia ainda no início já que pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é possível identificar áreas no primeiro estágio de degradação progressiva. O assunto foi discutido no VI Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, em Brasília, nesta quinta-feira (18), em Brasília.

O objetivo do debate foi analisar os dados do sistema Prodes, divulgado em novembro, que apontou um crescimento de 3,8% no índice entre os meses de agosto de 2007 e julho de 2008, em relação ao período anterior. Os resultados dos debates serão sistematizados para elaboração de ações de controle e prevenção do desmatamento.

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, apresentou estudo que estima que áreas com degradação progressiva - primeiro de quatro níveis de desmatamento - podem se converter em corte raso. Os dados, segundo o diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, serão analisados para a criação de estratégias a serem efetivadas a partir do ano que vem.

Na abertura do encontro o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que os dados do Inpe são fundamentais para o desenvolvimento de ações preventivas.
Ao participar da mesa-redonda sobre Estratégias do Controle e Prevenção e Dinâmica do Desmatamento da Amazônia Legal, o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, defendeu o maior envolvimento dos estados e municípios no controle do desmatamento.

O diretor do Inpe acredita que entender a dinâmica do desmatamento, assim como avançar na metodologia de monitoramento servem como base para políticas de cooperação interinstitucional para proteção da floresta.
Neste VI Seminário, o Ministério do Meio Ambiente e o Inpe, organizadores do evento, estenderam a discussão às metodologias de monitoramento de desmatamento nos demais biomas brasileiros. O assunto será tema de mesa-redonda nesta sexta-feira, último dia do encontro, que ocorre no Hotel Nacional.

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CPDS deve intervir mais nas políticas de governo

16/12/2008 - Lucia Leão - O ministro Carlos Minc defendeu nesta terça-feira (16), durante sua na fala de abertura da 11ª Reunião da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira (CPDS), o fortalecimento político do colegiado, que pode intervir mais efetivamente nas políticas de governo se apresentar alternativas técnico-científicas para os problemas e exigir a adoção de estratégias de desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentáveis. "A Comissão tem competência e gabarito para exigir mudanças, mas para isso deve se autovalorizar para que o governo e a sociedade reconheçam sua importância política", afirmou o ministro frisando tratar-se, antes de mais nada, de uma autocrítica, já que ele preside a Comissão.

A Comissão, no entendimento de Minc, deve estabelecer prioridades consoantes com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima tema central da 11ª Reunião, apresentado aos conselheiros pela secretária Suzana Khan - onde o país assumiu, pela primeira vez, o compromisso com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Entre as prioridades da Comissão, o ministro sugeriu que estejam o Plano Amazônia Sustentável, que ainda não saiu do papel, os programas do biodiesel e do etanol e a adoção de mecanismos fiscais para estímulo ao desenvolvimento sustentável.

"As primeiras metas que estabelecemos dizem respeito a conter o desmatamento da Amazônia. Mas todos sabemos que só política repressiva não adianta. Se não oferecermos alternativa de desenvolvimento sustentável, que é o foco dessa comissão, não vamos cumprir as metas com que nos comprometemos", alertou Minc.

Criada por decreto presidencial em 2004, a CPDS é um colegiado integrado por representantes dos governos federal, estaduais e municipais, de vários segmentos da sociedade civil, de representantes empresariais e da comunidade científica e acadêmica. Ela atua no âmbito da Câmara de Políticas dos Recursos Naturais do Conselho de Governo e coordena a implementação da Agenda 21 Brasileira inclusive com propostas de mecanismos de financiamento e o acompanhamento e avaliação da implementação do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei do Orçamento Anual.

A 11ª Reunião da CPDS foi coordenada pela secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental Samyra Crespo, que compôs a mesa de abertura do evento que contou com a participação de 27 conselheiros.

Agenda 21 - A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico. O documento é resultado de uma vasta consulta à população brasileira, construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Trata-se, portanto, de um instrumento fundamental para a construção da democracia participativa e da cidadania ativa no País.

A fase de construção da Agenda 21 Brasileira se deu de 1996 a 2002, foi coordenada pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS) e teve o envolvimento de cerca de 40 mil pessoas de todo o Brasil.

A partir de 2003, a Agenda 21 Brasileira não somente entrou na fase de implementação assistida pela CPDS, como também foi elevada à condição de Programa do Plano Plurianual pelo atual governo. Como programa, ela adquire mais força política e institucional, passando a ser instrumento fundamental para a construção do Brasil Sustentável, estando coadunada com as diretrizes da política ambiental do governo, transversalidade, desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sisnama e participação social e adotando referenciais importantes como a Carta da Terra.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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