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OCEANÓGRAFO ELOGIA DECRETO DE LULA
PARA PRESERVAR BALEIAS E GOLFINHOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2009

11 de Janeiro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - O oceanógrafo e analista ambiental do Centro Mamíferos Aquáticos do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), José Martins da Silva Júnior, disse, em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, que “a legislação de proteção de golfinhos e baleias do Brasil é uma das melhores do mundo". Decreto, assinado em 18 de dezembro de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornou as águas da costa brasileira no santuário de baleias e golfinhos e reforçou a proibição da caça desses mamíferos em águas sob jurisdição do país.

De acordo com José Martins, essa ação veio consolidar a política brasileira de proteção aos golfinhos e baleias, não só nacionalmente como internacionalmente. Com base na Convenção Internacional da Baleia, que é uma organização da ONU, que regula a proibição ou a liberação da caça, os ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores conseguiram definitivamente fazer com que esse tipo de ação fosse extinta no Brasil.

"O Brasil vem tendo posições muito modernas e conservacionistas, e a criação do santuário de baleias e golfinhos no Brasil consolida essa posição e abre caminho para o grande sonho não só do Brasil, mas de todas as nações conservacionistas, a criação do santuário no Atlântico sul”, explicou Martins.

O objetivo da criação desse santuário é preservar todo o território do Oceano Atlântico sul, protegendo contra qualquer tipo de captura ou matança de baleias e golfinhos. A parte sul dos oceanos Índico e Pacífico e a Antártica – onde a caça já é proibida -, já fazem parte do santuário no combate a este tipo de crime ambiental. Essa união permitirá que todo o hemisfério sul fique livre da captura e matança de baleias e golfinhos.

Segundo José Martins, desde 1987 a caça no Brasil era ilegal. Mas era simplesmente uma ação que proibia. Desde essa época vários ambientalistas vêm tentando fazer que o governo definitivamente transformasse essa proibição em lei. "Muitas pessoas têm opiniões diferentes a respeito do assunto. Mas é importante a preservação desses animais", disse o oceanógrafo.

“Nosso objetivo é estender essa ação para todo o Atlântico sul. As baleias brasileiras não migram para o hemisfério norte, e isso é bom, pois as baleias vivas valem muito mais do que as mortas”, disse Martins. Segundo o oceanógrafo não é só pela cadeia ambiental ou pela importância ecológica que elas têm, mas também pelo fator econômico.

“Hoje em dia o turismo, devido à movimentação de baleias no Brasil, trouxe ao país, em 2006, cerca de 225 mil pessoas, onde cerca de 50 mil dólares foram gastos com passeios para ver baleias e golfinhos, um movimento na economia geralmente em localidades pequenas, onde não tem muitos atrativos. Cerca de 70 mil pessoas visitam Fernando de Noronha, durante o ano só para ver os golfinhos”, explicou.

Para José Martins, essa preservação da costa brasileira, foi uma atitude importante do governo brasileiro, que além de preservar vai beneficiar o turismo. “O Brasil irá beneficiar economicamente as pessoas que estão no litoral brasileiro, principalmente pescadores que estão parados e podem encontrar no turismo outra fonte de renda”, ressalta.

Atualmente seis países matam e comercializam estes animais, o que é proibido de acordo com a convenção internacional, que libera a caça só para pesquisas científicas e o aproveitamento turístico ordenado. “O Japão é um dos países que caçam baleias, e às vezes, não conseguem nem vender a carne. Isso é um prejuízo para o meio ambiente”, ponderou José Martins.

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Cobrança pelo uso de recursos hídricos ainda é desafio após 12 anos da Lei de Águas

10 de Janeiro de 2009 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Doze anos após a criação da Lei 9.433, a chamada Lei de Águas, a implantação de mecanismos de cobrança pelo uso dos recursos hídricos e a articulação entre ações federais, estaduais e municipais estão entre os principais desafios da legislação. A avaliação é do diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Bosco Senra.

A lei, que completou 12 anos esta semana, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. “A lei institucionalizou o uso dos recursos hídricos, criou mecanismos importantes como a outorga de águas, os planos de recursos hídricos, tanto o nacional como os estaduais, e também os comitês de bacias”, avaliou Senra.

No entanto, um dos principais instrumentos da legislação, a possibilidade de cobrança pelo uso da água – por indústrias e empreendimentos pesqueiros ou hidrelétricos, por exemplo – ainda tem alcance restrito: só é feita de forma efetiva nas bacias dos Rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí (Minas Gerais e São Paulo) e Paraíba do Sul (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro). “Outros estados estão se preparando para a cobrança. É um processo definido pelos comitês de bacia, uma decisão de baixo para cima”, apontou o coordenador.

De acordo com Senra, de modo geral, a implementação da Lei de Águas avançou mais nas Regiões Sul e Sudeste do país “onde há maior conflito pelo uso dos recursos hídricos”.

Em 12 anos, a maioria dos estados brasileiros formaram conselhos de recursos hídricos e o MMA já contabiliza mais de 160 comitês de bacias. A criação da Agência Nacional de Águas (ANA) também foi resultado direto da lei, segundo Senra.

“Temos muito que se avançar daqui em diante, principalmente em relação ao fortalecimento do sistema e dos órgãos gestores, ao treinamento e capacitação de equipes técnicas e à integração com a sociedade civil”, listou.

Em março, de acordo com o MMA, o Brasil deve apresentar os resultados e as experiências da lei no Fórum Mundial das Águas, em Istambul, na Turquia.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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