22 Jan
2009 - As entidades que fazem parte da proposta
do Pacto pela Valorização da Floresta
e Fim dos Desmatamentos na Amazônia - e que
acompanharam duas das três reuniões
do grupo informal para tratar do código florestal
coordenadas pelo Ministro Stephanes - desconhecem
as "propostas polêmicas de ONGs ambientalistas"
que foram repetidamente objeto de matérias
com destaque do Estado de S. Paulo nos últimos
dias, sem sequer ouvir os supostos interessados.
Os 13 pontos citados na mais recente das matérias
integraram proposta apresentada pelo Ministro Minc
durante a segunda reunião do grupo. A proposta
foi acordada pelo Ministro Minc com o representante
do Ministério de Desenvolvimento Agrário
e não continha prisão para pequenos
produtores rurais que mantivessem produção
em APPs, tampouco o cômputo das APPs na reserva
legal.
As entidades ambientalistas já
esclareceram em nota pública em dezembro
as razões pelas quais abandonaram as negociações
e uma das razões, ao contrário do
que diz a matéria mais recente, foi exatamente
a desproporcionalidade do grupo cuja maioria absoluta
era formada por ruralistas.
Eventuais polêmicas entre
ministérios constituem um problema interno
ao governo federal e as evidentes ambigüidade,
falta de firmeza e incoerência com as quais
o tema é tratado pelo governo não
devem ser atribuídas a propostas de ambientalistas
que jamais foram formuladas.
Amigos da Terra - Amazônia
Brasileira
Conservação Internacional
Greenpeace
IMAZON
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto Socioambiental (ISA)
IPAM
TNC Brasil
WWF – Brasil
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Trilhando caminhos da sustentabilidade
18 Jan 2009 - Visitar uma área
protegida – parques, reservas e estações
ecológicas – é uma ótima oportunidade
para conhecer a fauna e a flora em seu ambiente
natural, além de saber mais como a natureza
está sendo protegida para garantir o seu
bem-estar nas cidades.
Para os moradores e visitantes
do Estado de São Paulo ficou mais fácil
aproveitar as férias para conhecer umas dessas
áreas. O Programa Trilhas de São Paulo,
lançado pela Secretaria Estadual do Meio
Ambiente (SMA), apresenta 40 trilhas distribuídas
por 19 unidades de conservação paulistas,
totalizando mais de 200 quilômetros.
A iniciativa tem como objetivo
aproximar a população de áreas
protegidas e da vivência ambiental, além
de criar um conjunto interligando diferentes ecossistemas,
regiões e paisagens do estado. Há
mais de quatro anos, o WWF-Brasil mantém
uma parceria com o Estado de São Paulo a
fim de atingir a consolidação dessas
áreas que têm como objetivo conservar
a biodiversidade e a manutenção dos
serviços ambientais.
“O programa pode proporcionar
uma interessante melhoria para a gestão dessas
unidades de conservação. O uso público
de áreas protegidas é um dos pilares
de estruturação que permitem alcançar
uma maior efetividade de gestão nessas áreas”,
afirma a coordenadora do Programa Mata Atlântica
do WWF-Brasil, Luciana Simões.
Passaporte Aventura
Além de estruturar os trajetos e classificar
as trilhas em diferentes níveis de dificuldade
(baixo, médio e alto), o Programa Trilhas
de São Paulo criou uma espécie de
passaporte para estimular as pessoas a percorrer
cada uma dessas áreas naturais.
O livreto apresenta informações
sobre as unidades de conservação e
seus principais atrativos naturais e históricos.
Também há espaço para carimbar
a trilha percorrida e cada etapa preenchida vale
um brinde.
A Nível Baixo
Trilha das Árvores Gigantes
Parque Estadual de Porto Ferreira
Árvores de grande porte, como o jequitibárosasecular,
são os atrativos dessa trilha de 3,5 quilômetros
(ida e volta), que pode ser percorrida sem dificuldades
em duas horas. Ela é caracterizada pela floresta
estacional semidecidual e áreas de cerrado.
Distância da cidade de São Paulo: 227
quilômetros (Município de Porto Ferreira).
Nível Médio
Trilha Monumentos Históricos - Caminhos do
Mar
Parque Estadual da Serra do Mar Núcleo Itutinga
Pilões
Com 18 quilômetros de extensão (ida
e volta) a trilha de nível médio pode
ser percorrida em seis horas. Além dos atrativos
naturais como a floresta atlântica de encosta,
a trilha conta um pouco da história de São
Paulo, com passagens pela Estrada Velha de Santos
e a Calçada de Lorena (1792).
Distância da cidade de São Paulo: 42
quilômetros (municípios de São
Bernardo do Campo e Cubatão).
Nível Alto
Trilha Divisor das Águas
Parque Estadual Intervales
Quatro grutas, incluindo a da Santa – homenagem
à Nossa Senhora de Lourdes, protetora das
cavernas – são as principais atrações
da trilha de 14 quilômetros (ida e volta),
que pode ser percorrida em nove horas. O parque
também oferece opções de hospedagem
e alimentação.
Distância da cidade de São Paulo: 270
quilômetros (municípios de Guapira,
Ribeirão Grande e Iporanga).
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Verão sem praia?
19 Jan 2009 - “Ficar de frente
para o mar, de costas pro Brasil, não vai
fazer deste lugar um bom país”, Notícias
do Brasil, Milton Nascimento.
Turistas brasileiros e estrangeiros
começam a, cada vez mais, procurar destinos
ambientalmente corretos e a aventura associada à
conservação ambiental. Também
neste quesito o Brasil turístico é
riquíssimo em alternativas e possibilidades,
até, de contribuir para a conservação
ambiental enquanto se curte a estação.
É verão no Brasil
e famílias inteiras debandam do interior
para algum ponto dos oito mil quilômetros
de praias que emolduram a costa do país.
Mas quando fazem isto, deixam de conhecer as delícias
e a beleza existentes no resto dos 8.514.215,3 de
quilômetros quadrados de “Brasis”.
Em cada quadrante, o país
oferece uma infinidade de alternativas de turismo
e lazer que o brasileiro e o estrangeiro, aos poucos,
começam a conhecer. E ao fazer isto, o turista
tem a oportunidade de vivenciar a nossa cultura,
as belezas naturais (matas, cachoeiras, rios, corredeiras,
praias fluviais) e, ao mesmo tempo, contribuir para
a conservação destes recursos naturais.
É o caso de parte das mais
de 700 Reservas Particulares do Patrimônio
Nacional (RPPNs) existentes em todo o país,
que se dedicam ao ecoturismo. Na definição
do Ibama, “a RPPN é uma unidade de conservação
criada em área privada, gravada em caráter
de perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade
biológica”.
“A criação de uma
RPPN é um ato voluntário do proprietário,
que decide constituir sua propriedade, ou parte
dela, em uma RPPN, sem que isto ocasione perda do
direito de propriedade”.
É de atividades ligadas
ao ecoturismo, esportes radicais como o arvorismo
e a canoagem, hotéis fazenda etc., que alguns
proprietários de RPPNs arrecadam os recursos
necessários para proteger o ecossistema,
contribuindo para a conservação da
megabiodiversidade brasileira.
Novos destinos, nova atitude
Ao buscar novos destinos, com viés conservacionista,
o turista estará contribuindo não
somente com a natureza, mas também com toda
a cadeia de serviços envolvida nestas atividades,
como o transporte, alimentação, hospedagem,
entre outros, gerando renda digna para as famílias
envolvidas.
Se você mora ou pretende
visitar o Centro-Oeste, por exemplo, pode optar
por passar férias na Fazenda Aguapé,
no município de Aquidauana ( Mato Grosso
do Sul), parceira do Programa Pantanal para Sempre
do WWF-Brasil.
A área pertencente a uma
mesma família há mais de 150 anos.
Desde 1989 diversificou suas atividades, dando continuidade
à criação de gado, hoje voltado
para a produção orgânica, atuando
no turismo ecológico e pesca e dando apoio
a projetos como Escola Pantaneira, Cavalo Pantaneiro
e Projeto Arara Azul.
A fazenda é formada por
vegetação típica do Pantanal
e cerrado, com baías, vazantes e o rio Aquidauana.
Tanto no período de cheia ou na seca, o visitante
pode ter contato com as belezas do Pantanal. É
também um ótimo lugar para observadores
de aves.
Os turistas são recebidos
pelo proprietário da fazenda João
Ildefonso Pinheiro e sua família. Hábil
contatador de causos, o sr João, como é
conhecido na região, gosta de reforçar
a cultura pantaneira e de contar histórias
aos visitantes. Entre as opções de
passeios oferecidos estão cavalgadas, safári
fotográfico, passeio de barco, focagem noturna
de animais, passeios de charrete.
Mas você mora no Nordeste
e não quer ir tão longe neste verão.
Neste caso, você pode dar um pulinho aí
mesmo, na Bahia, e visitar a Reserva Natural Serra
do Teimoso.
Criada em 1997 e reconhecida como
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN),
a área também ostenta o título
de Posto Avançado da Reserva da Biosfera
da Mata Atlântica. O local, de interesse histórico
e cultural, oferece 40 leitos, em alojamento para
pesquisadores e visitantes com acomodações
simples, energia elétrica, telefone, equipamentos
de informática, um grande casarão
construído na década de 70, barcaças
e secadores para o beneficiamento de cacau.
O casarão desperta a atenção
dos visitantes pelo alto valor histórico,
arquitetura, e pelas relíquias guardadas
em seu interior, como móveis antigos de madeira
de lei, fabricados no início século
XX, fotos e armas antigas, possibilitando entender
como se deu a ocupação do local.
Para os aventureiros, a RPPN possui
três trilhas interpretativas com diferentes
graus de dificuldade, uma plataforma de observação
na copa de um jequitibá, a 32 metros de altura.
Para os mais sossegados, piscina de água
corrente e sauna.
Na região Sudeste, vc pode
seguir as dicas sugeridas pelo Programa Trilhas
de São Paulo, que incentiva prática
de ecoturismo em unidades de conservação
na Mata Atlântica. Lançado pela Secretaria
do Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo
e a Fundação Florestal do Estado de
São Paulo em 2007, o programa apresenta 40
trilhas distribuídas por 19 unidades de conservação
paulistas, totalizando mais de 200 quilômetros.
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Associação Amor-peixe
é destaque no programa do Faustão
21 Jan 2009 - O artesanato com
couro de peixe produzido pela Associação
de mulheres Amor Peixe, de Corumbá (MS),
vem atraindo cada vez mais o interesse da imprensa.
Depois de uma matéria ampla no programa Ação,
de Serginho Grossman, exibido em junho do ano passado,
a associação foi um dos destaques
do programa do Faustão, da mesma emissora,
no último dia 11 de janeiro.
Além de mostrar imagens
com as etapas de produção das peças
pelo grupo de mulheres, o apresentador Faustão
entrevistou a presidente da associação
Joana Ferreira e a associada Maria Roseli.
Desde 2003, o WWF-Brasil apóia
o trabalho da associação, composta
por um grupo de 10 mulheres, que encontraram no
artesanato de peixe uma alternativa sustentável
e de geração de renda. Com criatividade
e determinação, elas transformam o
que antes ia para o lixo em peças bonitas
e atrativas, entre elas, agendas, brincos, sandálias,
bolsas e roupas.
Durante todo o ano de 2008, o
programa Pantanal Para Sempre do WWF-Brasil organizou
oficinas de capacitação para as artesãs.
As oficinas introduziram noções de
mercado, como gerenciamento de negócio, cálculo
de gastos com matéria prima e mão-de-obra
para chegar ao preço final do produto.