19 de
Janeiro de 2009 - Urso polar sem-lar dá o
seu recado em Washington D.C., pedindo mais gelo
e menos petróleo. A atividade do Greenpeace,
para lembrar o degelo do Pólo Norte causado
pelo aquecimento global, contou com a participação
do artista Mark Jenkins.
Washington, EUA — Novo presidente americano, em
Washington, pode definir o futuro climático
do planeta.
O destino do clima global começa
a ser desenhado muito antes da próxima reunião
da ONU sobre mudanças climáticas,
marcada para dezembro em Copenhagen. O desafio de
enfrentar o aquecimento global e os seus piores
efeitos sobre o planeta tem início com a
posse de Barack Obama como 44o. presidente dos Estados
Unidos.
"A gestão Obama será
julgada não sobre os fracassos do passado,
mas sobre os desafios do presente e do futuro",
afirma Mike clark, diretor-executivo interino do
Grenpeace Estados Unidos. "A histórica
posse de Obama inicia um momento de grande potencial
para todos nós", diz Clark.
O futuro do clima será
decidido durante o primeiro ano da administração
Obama. Depois dos poucos avanços obtidos
durante a 14ª Conferência da ONU sobre
Clima, realizada em dezembro de 2008 em Poznan,
na Polônia, nos resta recuperar o tempo perdido
para a próxima reunião, de Copenhagen,
e os Estados Unidos têm papel fundamental
no sucesso das negociações que resultarão
na sucessão do Protocolo de Kyoto, a partir
de 2012.
"Ainda temos tempo para escapar
dos piores efeitos do aquecimento global. Temos
a habilidade para tanto. O que não tivemos
até agora foi a vontade política",
avalia Clark.
A expectativa sobre o direcionamento
que o novo presidente americano dará às
políticas de seu governo para enfrentar as
mudanças climáticas é grande
em todo o planeta. Para Marcelo Furtado, diretor-executivo
do Greenpeace Brasil, o mundo está carente
de chefes de estado que demonstrem responsabilidade
e liderança para salvar o planeta "de
um desafio maior e mais longo que a crise econômica".
"Esperamos que o presidente
Obama transforme seu discurso eleitoral em ações
concretas para reduzir as emissões de gases
do efeito estufa nos EUA e apoiar um novo acordo
global em Copenhagen para combater o aquecimento
global", diz Furtado.
Barack Obama se comprometeu, ao
longo da campanha eleitoral americana, em tornar
a ciência a base da política ambiental
de seu país. E o consenso científico
afirma que temos que cortar as emissões dos
gases do efeito estufa em até 40% até
2020 para evitar os piores efeitos das mudanças
climáticas.
"Para isso, temos que promover
o desmatamento zero nas florestas, gerar energia
limpa e empregos verdes, proteger nossos oceanos,
além de eliminar o uso de carvão,
petróleo e outros combustíveis fósseis.
Agora é a hora de Obama provar seu slogan:
'Sim, nós podemos'. É agora ou agora",
afirma Furtado.
+ Mais
Fim de temporada para um dos navios
da frota baleeira japonesa
16 de Janeiro de 2009 - Navio
Yushin Maru II no porto indonésio, onde teve
seu propulsor e sistema de navegação
consertados. Informações obtidas pelo
Greenpeace dão conta de que o navio seguiu
para o Japão, não a Antártica,
depois dos reparos.
Jacarta, Indonesia — Com problemas
no propulsor e sistema de navegação,
Yushin Maru II é forçado a interromper
caça de baleias e deve voltar ao Japão.
O navio Yushin Maru II, integrante
da frota baleeira japonesa, foi forçado a
interromper suas atividades de caça no Santuário
de Baleias na Antártica devido a problemas
em seu propulsor e sistema de navegação.
Ele aportou em Surabaya, na ilha de Java, na Indonésia,
e teve apenas o propulsor consertado, segundo informações
obtidas pelo Greenpeace. Autoridades portuárias
de Surabaya informaram que o navio deixou o porto
rumo ao Japão, não a Antártica.
O Yushin Maru II deixou o porto
na manhã desta sexta-feira, sem ligar seu
Sistema Automático de Identificação.
"Se é verdade que
o navio está voltando ao Japão, será
uma baixa considerável na frota baleeira,
reduzindo o número de baleias mortas na Antártica
nesta temporada", afirmou Sara Holden, coordenadora
da campanha de baleias do Greenpeace Internacional.
"Mas um navio fora de ação
não é suficiente. Uma investigação
sobre as operações baleeiras deveria
se iniciar imediatamente e o governo japonês
tem que se comprometer a não mais tirar dinheiro
dos seus contribuintes para o vergonhoso programa
baleeiro."
O programa baleeiro do governo
japonês está cercado de controvérsia.
Dois ativistas do Greenpeace aguardam julgamento
no Japão por terem revelado um escândalo
de contrabando de carne de baleia da frota baleeira,
seguindo informações de tripulantes
que confirmaram que a carne é rotineiramente
roubada e vendida ilegalmente.